U209PN

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cromwell

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Re: U209PN
« Responder #1695 em: Abril 09, 2010, 01:15:32 pm »
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sexta-feira, 9 de Abril de 2010 | 07:31  Imprimir  Enviar por Email    

Submarinos: Ministro da Defesa critica Governo PSD/CDS


O ministro da Defesa considera que o Governo de coligação PSD/CDS, que «não acautelou bem todos os interesses do Estado» no negócio dos submarinos. «Há dúvidas legítimas sobre a celebração dos contratos», declarou Augusto Santos Silva.
«Há esclarecimentos de opções políticas e contratuais tomadas pelos Governos que tinham legitimidade para o fazer, e estou a referir-me ao Governo de coligação PSD/CDS, e essas dúvidas pocem ser esclarecidas», afirmou o governante, em entrevista à TSF, referindo-se ao Executivo de Santana Lopes e Paulo Portas.

As dúvidas passam por saber por que não foi assinado um terceiro contrato decidido em Conselho de Ministros na altura de António Guterres e, entre outras, «por que é que o Governo se auto-limitou nas contrapartidas», designa o ministro.

Paulo Portas está fora do País, mas prometeu reagir às críticas de Augusto Santos Silva em comunicado, ainda esta sexta-feira. Entretanto, um colaborador do líder do CDS-PP vai adiantando que as declarações do ministro da Defesa não têm qualquer fundamento.


http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=444503

Os submarinos agora são usados para confrontos políticos. :evil:
"A Patria não caiu, a Pátria não cairá!"- Cromwell, membro do ForumDefesa
 

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Re: U209PN
« Responder #1696 em: Abril 10, 2010, 10:25:14 am »
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Submarinos: Comissão de Contrapartidas diz ser possível renegociar contratos em 2010 - executadas só 37,7%
Lisboa, 10 abr (Lusa)- A Comissão Permanente de Contrapartidas (CPC) diz "poder prever" para 2010 uma renegociação do contrato de contrapartidas dos dois submarinos, que ainda não chegaram aos 40 por cento quando faltam dois anos para terminar o período de execução

 Lusa
8:12 Sábado, 10 de Abril de 2010

Lisboa, 10 abr (Lusa)- A Comissão Permanente de Contrapartidas (CPC) diz "poder prever" para 2010 uma renegociação do contrato de contrapartidas dos dois submarinos, que ainda não chegaram aos 40 por cento quando faltam dois anos para terminar o período de execução.

Segundo o relatório de atividades da CPC em 2009, a que a agência Lusa teve acesso, o programa de contrapartidas dos dois submarinos comprados à Alemanha "pouco ou nada avançou durante o ano de 2009, podendo mesmo ter regredido, pois grande parte das contrapartidas com a ACECIA poderá ter que ser eliminada".

Esta possibilidade deve-se ao facto de sete dos projetos com as empresas do agrupamento ACECIA serem objeto "de um procedimento judicial ainda em curso".

http://aeiou.expresso.pt/submarinos-com ... 77=f575711


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Portugal perde 750 milhões na compra dos submarinos
Relatório acusa alemães de romper projectos unilateralmente. Admitido recurso a tribunal

00h01m
CARLOS VARELA *, * COM ANA PAULA CORREIA

A economia portuguesa perde cerca de 750 milhões de euros no negócio das contrapartidas dos submarinos, segundo o relatório da Comissão Permanente de Contrapartidas, a que o JN teve acesso. Dos 39 projectos, só quatro estão concluídos.

O documento de 106 páginas foi elaborado pelo organismo presidido pelo embaixador Pedro Catarino e aborda, em termos de contrapartidas, todos os negócios em execução no campo das aquisições militares.

A conclusão mais polémica acaba por ser a associada à aquisição de dois submarinos para a Armada, no valor de cerca de um bilião de euros, e que produziu contrapartidas para a economia nacional no valor de 1200,43 mil milhões de euros, das quais apenas 456 milhões foram executadas, admitindo a CPC o recurso ao tribunal. A dificuldade de concretização é de tal ordem que em 2009, por exemplo, os alemães aplicaram apenas cerca de 270 mil euros, um "montante insignificante", quando deviam "apresentar, em média, 150 milhões por ano, durante oito anos".

No documento elaborado pela CPC, ontem entregue no Parlamento, os alemães acordaram "um total de 39 projectos com 16 entidades nacionais", mas destes projectos quatro "podem ser considerados como concluídos, nove encontram-se em curso em diversas fases de progresso, 19 estão inactivos ou cancelados e os restantes sete "foram objecto de procedimento judicial ainda em curso". Em conclusão, o relatório aponta para que, "passados cinco anos de um projecto de oito anos (62,5% do tempo), podem-se considerar como realizadas apenas 456 milhões de euros (37,7%) de contrapartidas, entre creditação já efectuada correctamente ou em fase de aprovação".

As fortes críticas explícitas no relatório revelam que os alemães chegaram a cancelar unilateralmente projectos, como foi o caso da produção de baterias na fábrica da Autosil. Na altura da aquisição dos dois navios, o investimento na Autosil como contrapartida chegou a ser bandeira de oficiais da Armada e do Governo, já que as baterias iriam ser usadas nos submarinos. Mas, diz o documento, os "dois projectos com a Autosil (baterias para camiões e submarinos) foram cancelados unilateralmente pelos estaleiros HDW e pela MAN".

A CPC entrou já na fase de renegociação de contrapartidas, mas face à "baixa taxa de execução" e aos "diferendos existentes nas obrigações contratuais" não exclui o recurso ao tribunal arbitral.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Naciona ... id=1540343
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Mike23

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Re: U209PN
« Responder #1697 em: Abril 13, 2010, 12:24:12 am »
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Documento
Duzentos milhões de euros dividem Portugal e Ferrostaal

O texto que enquadra contrapartidas condiciona aceitação dos montantes dos projectos ao seu valor acrescentado nacional.

O "Enquadramento Contratual das Contrapartidas", assinado em 2000 entre o Estado e os candidatos (alemão e francês) à venda de submarinos, definia que o montante de cada projecto seria con-tabilizado na totalidade desde que o valor acrescentado nacional (VAN) fosse pelo menos de 50%.

Nos projectos em que o contributo da indústria portuguesa fosse inferior a 50%, os seus valores seriam contabilizados como contrapartidas apenas pelos do VAN - situação que está no centro dos diferendos com o consórcio alemão GSC, construtor dos novos submarinos - e tem gerado acusações mútuas entre o actual ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, e o ex-titular da pasta, Paulo Portas.

A título de exemplo, uma das fontes citou um projecto avaliado em 100 milhões de euros: com um VAN igual a 50% ou mais daquele valor, os 100 milhões de euros seriam contabilizados como contrapartidas dadas pelo fabricante do material militar. Caso o VAN fosse inferior, a Comissão Permanente de Contrapartidas (CPC) registaria apenas o montante equivalente a esse valor acrescentado nacional.

No caso específico do GSC, segundo a CPC, "a questão mais aguda refere-se ao cálculo" do VAN nos projectos de pré-contrapartidas - no valor de 145 milhões de euros - aceites pelo Estado aquando da assinatura do contrato de compra dos submarinos.

Como só anos depois, com o fim dos projectos, se verificou que o seu VAN "fora bastante inferior a 50%, a CPC "tem vindo a defender que o valor contabilizado foi superior ao valor contabilizável". A diferença é "de 207 milhões de euros" (incluídos outros programas).

Para resolver o diferendo, o GSC propôs acrescentar 100 milhões de euros às suas obrigações de contrapartidas - mas a CPC recusou, pois "o que era preciso eram novos contratos".

Com bom senso e Sentido de Estado tudo se resolverá pelo melhor.
O Novo Portugal! Mais de 3 Milhões de Quilómetros Quadros!

 

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Sertorio

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Re: U209PN
« Responder #1698 em: Abril 13, 2010, 11:56:12 pm »
José Pacheco Pereira sobre o negocio dos submarinos
http://abrupto.blogspot.com/2010/04/coi ... ucale.html
 

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Filipe de Chantal

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Re: U209PN
« Responder #1699 em: Abril 14, 2010, 05:15:44 am »
Há uma questão que eu, homem de esquerda,não posso deixar em branco:
 - é que um "aparatchick", como é o ministro Augusto Santos Silva, tem o desplante de lançar suspeições sobre o seu antecessor Paulo Portas, o qual, digam o que disserem, foi um dos  verdadeiros ministros da defesa com competência que Portugal já teve!... A par dele apenas Nuno Severiano Teixeira. Ou não é?...
Não fora Paulo Portas, não haveria o contrato com os ENVC para a construção dos patrulhas nem para os nossos submarinos...
E agora vem um político "nojento", como é o actual MDN, acusar quem esteve na base do programa de reformulação da nossa Marinha de Guerra!
Só mesmo neste País de memórias curtas!...
 

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Daniel

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Re: U209PN
« Responder #1700 em: Abril 14, 2010, 06:59:55 am »
Alemães asseguram que vão cumprir contrato dos submarinos

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O ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, adiantou hoje, terça-feira, que os representantes do consórcio alemão lhe asseguraram "de viva voz" o cumprimento das "obrigações contratuais" no caso dos submarinos, sublinhando que essa intenção foi "reafirmada" na passada sexta feira.

 
"Eu colaborarei com o Parlamento, como é meu dever, na modalidade que o Parlamento decidir, porque o Parlamento é soberano", afirmou Santos Silva aos jornalistas, questionado sobre as duas propostas de comissão de inquérito às contrapartidas e ao processo de aquisição de equipamento militar, do BE e do CDS-PP.

O governante sublinhou, contudo, a presença do presidente da Comissão Permanente de Contrapartidas (CPC), hoje, na comissão de Defesa, lembrando que também voltará ao Parlamento na próxima terça-feira para uma análise ao relatório de execução de 2009.

O responsável pela pasta da Defesa falava no final de uma audição na comissão parlamentar, onde deu conta aos deputados da decisão de enviar um P3 Orion, da Força Aérea, para a operação "Atalanta", aprovada pelo Conselho Superior de Defesa Nacional na última quinta feira.

Questionado sobre a renegociação do contrato de contrapartidas dos submarinos, Santos Silva disse ter a informação de que existe "disponibilidade da outra parte contratual para que as suas obrigações sejam cumpridas". "Essa disponibilidade foi-me manifestada presencialmente, de viva voz, pelo representante da empresa na reunião que houve com a presença do Governo e foi reafirmada na última reunião (sexta-feira), de nível mais técnico, que houve com a CPC", revelou.

"Portanto, não fazendo processos de intenção, a parte portuguesa trabalha neste processo confiante de que haverá um bom desenlace", referiu.

Augusto Santos Silva adiantou ainda não ter recebido resposta do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República, ao qual pediu um parecer sobre o contrato de contrapartidas dos dois submarinos alemães. "Não há prazo, eu fiz o pedido com carácter de urgência, mas reconheço que a complexidade das questões jurídicas envolvidas e o pormenor das questões que coloquei exige que o Conselho Consultivo demore o tempo que julgar necessário para dar uma resposta cabal", sustentou.

O ministro da Defesa considerou também que "há um mundo de diferenças entre a CPC na actual configuração, e sob presidência do embaixador Pedro Catarino, e anteriores comissões" e que a nomeação do vogal não executivo do Ministério da Ciência para a CPC "está em curso".

 

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SSK

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Re: U209PN
« Responder #1701 em: Abril 15, 2010, 10:29:50 pm »
Para as más linguas que diziam que as guarnições estavam mais aptas para conduzirem um submarino da classe Tridente, gostaria de informar que a guarnição de SUBMARINISTAS da VELHA-GUARDA terminou o sea training obtendo o certificado para navegar em segurança. Não esquecer que toda a formação foi efectuada em língua inglesa durante todo o tempo, incluindo o exame final.
Durante todo o tempo a bordo a única língua falada foi o inglês!!!
Cumprimentos
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
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SSK

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Re: U209PN
« Responder #1702 em: Abril 15, 2010, 10:39:05 pm »
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O Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Fernando de Melo Gomes, garante que só receberá os submersíveis quando eles estiverem prontos

Correio da Manhã - Numa época de grande crise, Portugal tem dinheiro para comprar e manter dois submarinos? Trata-se de um investimento de quase mil milhões de euros.
Fernando de Melo Gomes - É um investimento que tem de ser visto face ao retorno que os submarinos nos darão. Segundo estudos actuais, 17% dos impostos provêm do mar; 11% do emprego; 12% do PIB; 90% das receitas de turismo. O hipercluster do mar [a economia do mar] daqui a 15 anos significará cerca de 20 a 25 mil milhões de euros. O que daria para comprar 40 submarinos. O mar é o nosso factor físico, com maior potencial de desenvolvimento. Sem os submarinos, corremos o risco de nos tornarmos um País exíguo.

- Primeiro foram encomendados três submarinos, depois só dois. Um não chegava? Não faria mais sentido aplicar o resto do dinheiro noutros meios?
- Para termos permanentemente um submarino no mar deveríamos adquirir pelo menos três. Não ignorando as dificuldades financeiras que atravessamos, reduzimos o número. Mas, é uma solução de contingência. Temos um carácter marítimo, não apenas por estarmos ligados às ilhas. É certo que perdemos a competitividade no mar ao longo de muitos anos, mas despertámos em relação a isso.

- De que forma?
- Há uns anos, éramos a costa negra da Europa porque não tínhamos controlo sobre o que se passava superfície do mar. Não tínhamos radares instalados, designadamente para o socorro e o salvamento marítimo. No ano passado, finalizámos esse investimento, estratégico, em cooperação com o Ministério dos Transportes. Temos portos competitivos, designadamente a plataforma portuária mais desenvolvida da Península Ibérica, só comparável à de Barcelona. Precisamos de muito planeamento, trabalho persistente e organização.

- Mas pode dar-nos uma data sobre a chegada dos submarinos? Fala-se de problemas técnicos sem solução à vista.
- Como comandante da Marinha tenho de assegurar que estarão cumpridos todos os requisitos técnicos, operacionais e logísticos do contrato. Para isso, tenho uma guarnição e urna missão de acompanhamento e de fiscalização desde 2004, em Kiel (Alemanha). Os equipamentos dos submarinos passarão por testes de fábrica, depois na sua integração por testes a cais e de mar.

- Mas os testes já feitos revelam algumas falhas graves?
- Não são falhas. Só receberei os submarinos quando houver uma correspondência absoluta entre as especificações do contrato e o desempenho dos sistemas.

- Mas os testes estão demorados?
- Decorrem corno previsto. Os sistemas têm tecnologias absolutamente inovadoras, como a propulsão e os sistemas de combate.

- O preço disparou bastante em relação ao preço inicial?
- A Marinha definiu os requisitos operacionais e técnicos. Não conheço nem tenho de conhecer os detalhes financeiros dos contratos celebrados.

- Foram feitos pelo poder político sem o conhecimento da Marinha?
- Não os conhecemos e não quero pronunciar-me sobre isso. Há etapas que têm de ser cumpridas com reflexos nos preços e, certamente, nas penalidades, que o estaleiro terá de pagar, se não cumprir determinados requisitos.

- Mas fala-se, por exemplo, de problemas de 'estanquicidade'...
- Os submarinos já mergulharam. Isso presta-se a todas as especulações possíveis.

- Quando eles chegarem, a dragagem da base naval do Alfeite estará concluída?
- Este programa arrasta-se desde 2004. Mas a reestruturação da base está adiantada. Isso implica ter prontas as pontes-cais, o edifício da esquadrilha de submarinos, a escola, os simuladores e toda a preparação para os sistemas de armas. É um projecto complexo, não se esgota apenas nos submarinos. Inclui a dragagem da base naval para receber também outros navios. Os trabalhos de assoreamento começarão para a semana.

- Então ainda há muitas lacunas no programa?
- Há um ruído à volta dos submarinos que me parece excessivo...

- Porquê?
- Na física, o ruído gera calor e o calor desperdiça energia. O problema que temos de resolver é como é que tratamos este programa, de maneira a que ele sirva os interesses dos portugueses no mar.

- Acha que os submarinos têm servido como arma de arremesso político?
- Não comento. Há órgãos de soberania próprios para fazer essa avaliação. Não me pronuncio sobre as questões judiciais. Garanto é que a Marinha estará sempre, por obrigação e por convicção, disponível para esclarecer tudo.

- O facto de um almirante estar envolvido na negociação das contrapartidas colocou a Marinha numa posição difícil?
- O almirante Oliveira está na reforma há 20 anos. Na reserva e na reforma, as pessoas são livres de tomarem as suas opções de trabalho. Em Portugal é que parece que isso é uma coisa estranha. Ele é inocente até ser considerado culpado e a sua sentença transitar em julgado. Esclareça-se que ele trabalhou externamente Marinha e de urna forma aberta.

- Se por qualquer razão os submarinos não vierem que repercussões é que isso terá?
- Se não vierem estes terão de vir outros. As opções estratégicas são de fundo, não têm que ver com esta ou aquela opção, mas com a capacidade submarina no seu todo. Às vezes, não temos ideia de que os submarinos são uma arma muito importante para os países com responsabilidades e que querem ter influência nos seus destinos no mar. Há 42 nações no Mundo, algumas delas de dimensão marítima inferior à nossa, que têm submarinos.


"A nossa taxa de sucesso é das melhores do Mundo"

- Têm ocorrido tantos acidentes no mar. A Marinha está com falta de meios para prestar socorro aos pescadores?
Fernando de Melo Gomes - As coisas têm a amplificação que têm. A nossa taxa de sucesso, quanto a busca e salvamento marítimos, é das melhores do Mundo. Em 2009, rondou os 96% e a da Guarda Costeira dos EUA os 92 por cento. Mas, ninguém como eu, que sou um homem do mar, e passei 25 anos da minha vida no mar, lamenta mais esses acidentes. Ainda há um longo caminho a percorrer.

- Mas não existe um número excessivo de entidades com responsabilidades no mar?
- Essa é uma norma de todos os países democráticos. Mas foi dado outro passo muito importante, com o decreto-lei 86 de 2007, que instituiu o Centro Nacional Coordenador Marítimo, junto ao nosso Comando Naval. Procura -se conjugar os esforços de todas as entidades com responsabilidades no mar. Há alguns anos, pensou-se em criar um Ministério do Mar, que nunca funcionou. É preciso planear a acção, coordenar e rentabilizar os meios.

- Que conselhos dá aos homens do mar para evitar estes acidentes?
- Faremos uma campanha com o Ministério da Agricultura e Pescas e com os pescadores tal como fazemos para as praias. Sensibilizaremos os pescadores e as outras entidades para a necessidade da segurança. Editaremos um folheto, com a participação de todos, sobre a forma de minimizar os riscos. Andar no mar é uma profissão perigosa. O mar é um elemento estranho às pessoas. E não perdoa.

- Partilha da ideia do ministro da Agricultura de que os nossos pescadores não têm formação adequada?
- Não quero comentar. Admiro profundamente as pessoas que andam no mar, conheço o ambiente. Deixo isso para as associações.

“O mar tem um enorme potencial por explorar”

CM - A nossa plataforma continental pode chegar às 350 milhas. A Marinha está preparada para os desafios que isso implica?
Fernando de Melo Gomes - A Marinha tem contribuído com conhecimento, com técnicos do Instituto Hidrográfico, com os navios hidrográficos, empenhados em cerca de mil dias, equipados com o que existe de mais moderno em termos de material - o D. Carlos e o Gago Coutinho.

- Compensa fazer um esforço desta natureza?
- Segundo algumas estimativas, a área que vamos acrescentar situar-se-á em cerca de 40 vezes o nosso território nacional. E aí existe todo um potencial que ainda carece de análise e exploração. Mas, o mar não paga dividendos imediatos. Tem d se investir. Analisamos também as repercussões quanto a equipamento e meios de fiscalização que teremos de dispor para assumir essa responsabilidade.

- É por isso que defende a opção marítima para o País?
- Não basta termos recursos se não os podemos utilizar. As pessoas não têm a ideia sobre a nossa dependência do mar. Pensemos só na energia: 100 por cento do petróleo que nos chega vem por via marítima. Sou um grande entusiasta do retorno ao mar, não como um slogan político, mas como uma possibilidade de desenvolvimento do nosso país.

Paula Serra, Miguel Alexandre Ganhão e João Miguel Rodrigues
 
in  Correio da Manhã
15 de Abril de 2010

Problemas de estanqueidade, o que se inventa!!!
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Re: U209PN
« Responder #1703 em: Abril 15, 2010, 11:50:04 pm »
Intelectuais subaquáticos
António Borges de Carvalho


A história dos fumos de corrupção a propósito da compra dos submarinos tem tido, como resultado imediato, o surgimento de novos e insuspeitos estrategos, que muito enriquecem o pensamento pátrio nestas matérias. Prenhes de mais rebuscada ignorância, figuras como o storyteller Tavares (Sousa) e como a grande referência do socialismo vale-tudo Almeida Santos expelem acrobáticas opiniões tendentes a cavalgar a onda poluída que por aí espuma destinada a pôr em causa o que governos de várias cores decidiram e tornaram a decidir ao longo dos anos, o que vários parlamentos de várias cores foram, repetidamente, aprovando: a aquisição de dois submarinos para a Armada. Parece, imagine-se, que até o General Valença Pinto (um erro de casting de ciclópicas consequências) foi, coitadinho, assaltado por dúvidas metafísicas acerca do assunto!

Poderá compreender-se que se pense que a despesa que os submarinos envolvem não é, na situação actual, coisa bem-vinda. O que não tem a ver com a compra em si, efectuada no tempo em que o socialismo ainda não tinha chegado onde chegou na sua ruinosa obra, nem com a necessidade de dar crédito às pretensões marítimo-territoriais da Nação. Se houvesse, hoje, que decidir, talvez fosse de pensar duas vezes. Mas, quando os submarinos estão prontos, quando o Estado tomou os compromissos que tomou, “borregar” não seria muito pior para todos nós? Que credibilidade internacional traria ao país uma atitude dessas? E como se esgrimiriam argumentos, na ONU, sobre a soberania portuguesa na plataforma continental? No entanto, o governo que temos pede “pareceres” sobre a “legitimidade” de anular a aquisição!

Assiste o governo, angelical, à polémica das contrapartidas, como se não tivesse toda e exclusiva responsabilidade em tal matéria. Há anos e anos que uma distinta comissão, chefiada por um embaixador (Pedro Catarino, na reforma, simpatizante do PS) tido por alta figura da nossa diplomacia, anda a tratar do assunto sob o patrocínio e a tutela dos ministros da defesa e da economia.

Compete aos alemães velar pelas contrapartidas, ou ao governo e à sua ilustre comissão? Algo me diz que a tal comissão, para além de cobrar umas senhas, não fez a ponta de um chanfalho nos últimos seis anos! Se fez, fez mal. Isto é, pelo menos, flagrante. O que é flagrante não precisa de inquéritos, precisa de acção, de decisão. Precisa que a comissão seja, imediatamente, posta no caixote do lixo e que o governo faça alguma coisa com cabeça tronco e membros em vez de andar a sacudir a água do capote.

Nada disto foi feito. O governo anda calado como um rato, a pedir pareceres sobre a nobre decisão de faltar a um compromisso assumido e reiterado há anos e anos, compromisso que já produziu os seus efeitos finais, mesmo que, demonstrando ao mundo a mais radical desonestidade, se queira, hoje, virar o bico ao prego.

O que ao governo e ao PS interessa é que alguém da oposição seja envolvido na eventual corrupção. O resto é conversa. O governo sabe que não tratou das contrapartidas, o governo sabe que não há volta a dar à compra firmada, o governo manda altas figuras do PS pôr em causa legítimas e fundamentadas decisões, o governo anda a ver se se safa de mais uma em vez assegurar os créditos de seriedade que o país merece. Ainda por cima, fá-lo agitando culpas de terceiros em matérias, talvez graves, mas que nada têm a ver com a substância do que, em termos nacionais, está em causa.

Jornal Defesa
 

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Upham

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Re: U209PN
« Responder #1704 em: Abril 16, 2010, 03:47:01 pm »
Citação de: "SSK"
Para as más linguas que diziam que as guarnições estavam mais aptas para conduzirem um submarino da classe Tridente, gostaria de informar que a guarnição de SUBMARINISTAS da VELHA-GUARDA terminou o sea training obtendo o certificado para navegar em segurança. Não esquecer que toda a formação foi efectuada em língua inglesa durante todo o tempo, incluindo o exame final.
Durante todo o tempo a bordo a única língua falada foi o inglês!!!
Cumprimentos

Boa tarde!

Os meus parabens á Marinha e á guarnição pela missão de treino levada a bom termo.

Cumprimentos
"Nos confins da Ibéria, vive um povo que não se governa, nem se deixa governar."

Frase atribuida a Caio Julio César.
 

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antoninho

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Re: U209PN
« Responder #1705 em: Abril 16, 2010, 08:40:01 pm »
Estou preocupado e muito com esta entrevista, vejam lá.......

Citação......

- Mas os testes estão demorados?
- Decorrem corno previsto.

Esclareça-se que ele trabalhou externamente Marinha e de urna forma aberta.
 

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ShadIntel

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Re: U209PN
« Responder #1706 em: Abril 16, 2010, 09:15:10 pm »
Citação de: "antoninho"
Estou preocupado e muito com esta entrevista, vejam lá.......

Citação......

- Mas os testes estão demorados?
- Decorrem corno previsto.

Esclareça-se que ele trabalhou externamente Marinha e de urna forma aberta.
Vemos muitos disparates nos jornais, mas aqui não percebo: o artigo não contem esses erros.

 :arrow: http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx? ... 0000000181
 

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antoninho

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Re: U209PN
« Responder #1707 em: Abril 16, 2010, 10:42:08 pm »
Problemas na cópia do texto,.....
 

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Re: U209PN
« Responder #1708 em: Abril 22, 2010, 02:55:07 pm »
entretanto em países do 1º Mundo...

Citar
DCNS and the Royal Malaysian Navy Sign a Contract for a Simulator and its Associated Services
   
   
(Source: DCNS; issued April 21, 2010)
 
 
   
   DCNS signed yesterday a contract with the Royal Malaysian Navy (RMN) for the supply of a simulator and services allowing extensive training around navigation safety, combat system, including sensors, and periscope operations for Scorpene submarines.

This contract, worth around Malaysian Ringgit 128 Million (approx. 27 million euros), underlines the continuous collaboration of the Royal Malaysian Navy with DCNS on the Scorpene submarines programme.

In 2002, Malaysia ordered two Scorpene Submarines. The first Malaysian Scorpene submarine, KD Tunku Abdul Rahman, sail home on the 3rd of September 2009 and is now undergoing tropical water and weapons trial off the waters of Sabah. The second Scorpene submarine, KD Tun Razak, is expected to arrive home by July this year.

-ends-

http://www.defense-aerospace.com/articl ... vices.html
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Re: U209PN
« Responder #1709 em: Abril 22, 2010, 07:28:58 pm »
Citação de: "P44"
entretanto em países do 1º Mundo...

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DCNS and the Royal Malaysian Navy Sign a Contract for a Simulator and its Associated Services
   
   
(Source: DCNS; issued April 21, 2010)
 
 
   
   DCNS signed yesterday a contract with the Royal Malaysian Navy (RMN) for the supply of a simulator and services allowing extensive training around navigation safety, combat system, including sensors, and periscope operations for Scorpene submarines.

This contract, worth around Malaysian Ringgit 128 Million (approx. 27 million euros), underlines the continuous collaboration of the Royal Malaysian Navy with DCNS on the Scorpene submarines programme.

In 2002, Malaysia ordered two Scorpene Submarines. The first Malaysian Scorpene submarine, KD Tunku Abdul Rahman, sail home on the 3rd of September 2009 and is now undergoing tropical water and weapons trial off the waters of Sabah. The second Scorpene submarine, KD Tun Razak, is expected to arrive home by July this year.

-ends-

http://www.defense-aerospace.com/articl ... vices.html

 :evil: Nós também somos do primeiro mundo!
"A Patria não caiu, a Pátria não cairá!"- Cromwell, membro do ForumDefesa