Para um pais como Portugal que pretende controlar uma tao grande ZEE é essencial a arma submarina, e nao adianto argumentos em favor desta ideia porque ja foram aqui todos citados. Nao percebo é porque razao tantos foristas vêm logo para aqui agitar o espantalho da "ameaça espanhola" quando na realidade é uma outra potência (os EUA) que assentou arraiais no coraçao mesmo do nosso triangulo estratégico : as Lajes.
Senhor legionário, pela enésima vez, ninguém levantou espantalho nenhum. É a História que afirma e confirma tudo o que eu disse.
Ninguém levanta espantalho nenhum. O único espantalho levantado é o espantalho do «medo de que os espanhóis se zanguem connosco».
Contráriamente ao que você diz, nós não temos nenhum problema com os Estados Unidos, pelo contrário.
Nos Estados Unidos, não se ensina nos bancos de escola, que depois de ter feito parte da gloriosa América, Portugal se separou.
Não me lembro de haver manifestações em Washington ou Nova Yorque, a pedir a reincorporação de Portugal, como parte separada da grande nação americana, que deveria voltar ao seio da pátria.
FALAMOS DE SOBERANIA NACIONAL, E A NOSSA SOBERANIA NACIONAL ESTÁ SEMPRE EM CAUSA, PORQUE HÁ UM PAÍS VIZINHO ONDE AS ELITES GOVERNANTES NÃO A ACEITAM E TÊM UM BLOQUEIO MENTAL QUE NÃO ACEITA A REALIDADE !!!!!!!
Os EUA sao a unica potencia que algum dia poderao ameaçar a nossa ZEE... como outrora a GBR ameaçou a nossa presença em Africa.
Pare de sonher legionário. O poder incomensurável da frota americana, permite-lhe ameaçar 100% de todos os países que têm costa marítima. Mesmo que não estivessemos no Atlântico, mesmo assim, os americanos poderiam ser uma ameaça. Nenhum país tem qualquer capacidade para enfrentar os americanos no mar.
A presença dos americanos nos Açores, é, para lá dos compromissos NATO, acima de tudo uma forma de garantir a nossa existência como potência com um mínimo de capacidade de negociação e presuasão.
Ao ser o governo de Lisboa a negociar a presença americana nas Lages, ganha algum poder de manobra e de negociação com os americanos. Caso contrário meu caro, os americanos negociariam com Madrid.
-A nossa ZEE é vizinha dos yankees e esta inserida na sua zona atlantica,
Por acaso não é exactamente verdade. E não é na sua zona atlântica, mas sim no que os americanos consideram como uma espécie de limite exterior da sua defesa continental.
- A nossa ZEE dispoe de recursos que tarde ou cedo chamarao a atençao da insaciavel cobiça dos grande grupos industriais e financeiros americanos.
Os americanos nunca obtêm nada por via violenta, se for mais facil e mais barato negociar.
O que nós garantimos é que quando os americanos negociarem, será em Lisboa e não em Madrid, que há anos tenta convencer os americanos de que não há qualquer interesse em continuar a considerar Portugal como parceiro válido.
Quantas vezes os comandos da NATO em Portugal não estiveram em causa por causa da pressão de Madrid ?Ou será que é tudo mentira e que os espanhóis não os tentaram transferir para Espanha ?
- Os EUA nao respeitarao um aliado como Portugal se este nao tiver os meios para proteger uma regiao ( a nossa ZEE) que lhes é fronteira. Por outras palavras, os EUA poderao controlar a nossa ZEE se entenderem que esta é permeavel a ameaças ao seu proprio territorio devido às graves deficiencias dos nossos sistemas de segurança.
Quando os americanos considerarem isso, não serão eles que vão tomar o controlo do Açores meu caro. Não se vão dar a esse trabalho !
O que aconteceu durante os anos 60, quando se tornou evidente que Portugal se estava a afundar numa guerra em África que não teria fim, foi que os apadrinharam a marinha espanhola e construiram-na completamente desde a raiz.
Fragatas, patrulhas, porta-aviões, aeronaves, tudo os americanos forneceram aos espanhóis para controlar o mar (o deles e o nosso).
Para proteger na continuidade a nossa ZEE é indispensavel que Portugal se aproxime da Espanha e do Brasil, (... e de Cabo Verde), potencias amigas e com as quais podemos fazer uma multitude de acordos visando garantir os direitos de cada pais nas respetivas ZEE's.
Nenhum pais que tem um problema de identidade nacional com o outro se pode aproximar deste para resolver problemas de soberania.
A Holanda fez acordos militares com a Bélgica, mas nunca os faria com a Alemanha.
Da mesma maneira que a Bélgica limita as suas relações militares com a França
Não coloque o Brasil e a Espanha no mesmo saco. São realidades absolutamente distintas. O Brasil é importante para Portugal do ponto de vista económico, dos negócios e das questões culturais relacionadas com a língua, mas nada tem a ver com Portugal do ponto de vista militar e geoestratégico.
A Portugal, SÓ OS ESTADOS UNIDOS interessam como parceiro. Interessam-nos os Estados Unidos como nos interessou a Inglaterra. Evidentemente que pagámos e pagamos por essa protecção, mas tem sido o «jogo» entre esses polos que nos tem garantido a existência como estado independente.
A Espanha tem um problema com a existência de Portugal. Só quem for muito cego não entende isso.
Quando Durão Barroso foi eleito presidente da Comissão Europeia, a primeira coisa que o Zapatero fez, foi fazer telefonemas a dizer que isso não poderia afectar a posição de Javier Solana.
Para Zapatero, afinal um político do século XXI, continua a ser evidente a visão castelhanocentrica das elites espanholas. Eles não fazem de propósito, é uma característica que lhes está gravada genéticamente. Eles não são capazes de ver a peninsula de outra maneira. Só ofarão quando um dia a actual Espanha acabar. De outra forma não é possível mudar.
Para Zapatero, como para Aznar, como para Franco, como para Afonso XIII como para Filipe II, a independência de Portugal é apenas um fait-divers. Para eles nós não deveriamos existir, porque afinal para a visão deles, nós não temos esse direito porque fazemos parte daquilo a que eles chamam Espanha.
Não há volta a dar à questão, porque para onde quer que olhemos vemos os mesmos sinais de sempre.Para ajudar a pagar os submarinos, proponho que se comece a cobrar um aluguer aos EUA pela utilizaçao das Lajes. A preços de mercado, as Lajes valem bem 100 milhoes de euros por ano. Se nao quiserem pagar, aluguemo-la aos russos ou aos chineses ( para os açoreanos nao perderem os "turistas" ) .
Para garantir alguma segurança relativamente aos russos, que por razões religiosas têm um ódio visceral dos polacos (que é correspondido na mesma medida) os polacos e os checos aceitaram a instalação de sistemas de defesa de mísseis em território polaco ! ! !
Isto é um facto !
Acha que eles o fizeram por causa das contrapartidas economicas ?
Acha que eles pediram a presença de americanos no território deles para ganharem mais uns pataquitos ?
Não meu caro. Eles fizeram-no porque sabem que ninguém se arriscaria a atacar território de um país onde os americanos têm bases.
A presença americana nas Lages, também é um problema para Madrid, porque implica a existência de uma relação atlântica entre Lisboa e Washington, que acima de tudo Madrid odeia com todas as suas forças.
Enquanto essa relação entre Lisboa e Washington existir, Madrid não poderá agir da forma mais adequada.
Infelizmente a relação que existia no passado esfuma-se. A diplomacia portuguesa agiu sempre mais junto do Pentagono, enquanto que os espanhóis se voltaram para o Departamento de Estado. As relações e as influências jogaram-se nesse plano durante anos.
Foi por isso que em 1974 / 1975 O departamento de estado (Kissinger) dizia que Portugal deveria cair nas mãos dos comunistas, o Pentagono e a CIA, que tinham melhores contactos em Portugal, afirmavam o contrário.
Quando os Espanhóis propuseram a invasão de Portugal, a quem é que eles enviaram cartas ?
Quer fazer o favor de pesquisar... ?
Foi também por causa da relação que se criou entre Portugal e os EUA, e que começou (a contra-gosto de Salazar) ainda durante a II Guerra, que Francisco Franco abriu completamente as pernas a Einsenhower e se prostituiu como a putéfia barata (que aliás nunca deixou de ser) no final dos anos 50.
Prostituiu toda a Espanha, com o objectivo de atrair o investimento americano, quebrar o isolamento e desvanecer a aura de país nazi apoiante de Hitler que acompanhou a Espanha durante o final dos anos 40 e anos 50.
Não entender o problema que existe na peninsula ibérica, recusar os ensinamentos da História, não entender como pensam as elites de Madrid, é o primeiro passo no caminho do cadafalso. Achar que podemos falar de questões estratégicas (e é aqui que entram os submarinos) sem considerar a nossa eterna «maldição» não é de gente séria nem de gente responsável.
Infelizmente, parece que há em Portugal muita gente que alegremente quer colocar a corda da forca ao pescoço, iludida, e acreditando ingénuamente que é uma coroa de flores cheirosas enviada desde Madrid...
Desde Madrid nunca nos enviaram nada que nos beneficiasse. De lá só pode vir o que sempre veio: Ódio, Terror, Morte, Destruição, Traição, Fome e Miséria. E sempre que nos enviaram todas essas maldições quase Bíblicas, lembre-se: FORAM SEMPRE MASCARADAS DE AJUDA E DE COOPERAÇÃO BEM INTENCIONADA. Eles mataram portugueses, assassinaram portugueses no passado, mas sempre para nosso bem, claro.
Sempre que nos enviaram mentirosos e diplomatas que tentaram corromper os portugueses, e houve sempre autênticos canalhas que se venderam, que se prostituíram e que se comportaram como put@as baratas sempre dispostas a ficar de joelhos e a fazer o servicinho aos espanhóis por um precinho camarada...
Mas hoje, como no passado, há sempre aqueles que ainda tentam ver um pouco para lá do horizonte, em vez de se limitarem a olhar para o umbigo...
Talvez seja melhor voltar ao tema dos submarinos...
Cumprimentos