U209PN

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João Oliveira Silva

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« Responder #570 em: Julho 30, 2008, 04:15:59 pm »
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Defesa. Portaria dos ministérios das Finanças, Negócios Estrangeiros e Defesa reduziu significativamente as condições salariais com que militares da Armada iniciaram, em 2004, a prolongada missão de acompanhar e fiscalizar o programa de construção dos dois novos submarinos

Valor do programa é superior a mil milhões de euros

Os militares destacados na Alemanha para acompanhar o programa de construção dos novos submarinos, que já conseguiram poupar "alguns milhões de euros" aos cofres do Estado, acabam de ver o seu estatuto remuneratório alterado a meio da missão.

Fontes militares disseram ao DN que a portaria governamental publicada no passado dia 01 deste mês, produzindo efeitos a partir dessa mesma data, alterou as regras a meio do jogo - os membros da missão passam a receber "ajudas de custo", de valor significativamente inferior ao montante que recebiam, o que está, asseguraram as fontes, a criar um sentimento de injustiça e de falta de reconhecimento em relação ao esforço e aos resultados desse trabalho (por passarem a receber menos que militares destacados em embaixadas no exterior e que fazem trabalhos de secretaria com responsabilidades reduzidas).

A chamada missão de construção dos submarinos (MCSUB) foi criada por portaria em Novembro de 2004, para acompanhar e fiscalizar o Programa Relativo à Aquisição de Submarinos (PRAS) para a Marinha - de valor superior a mil milhões de euros. Os seus membros foram nomeados ao abrigo do regime consagrado para o pessoal das missões militares junto das representações diplomáticas no estrangeiro.

Sendo também uma missão de longo prazo (nalguns casos até seis anos), implicou a ida de familiares para a cidade alemã de Kiel (onde se situam os estaleiros navais da HDW). O problema, segundo as fontes, é que o novo regime remuneratório torna inviável a estabilidade familiar de quem vai chegar ao fim do mês com "saldo negativo" e deverá ter de fazer a família regressar a Portugal.

Uma das fontes frisou que a portaria agora aprovada visou igualar a situação dos quadros da MCSUB aos dos envolvidos noutras missões de acompanhamento recentemente criadas, como a relativa às fragatas holandesas da classe M. E que, no caso dos efectivos destacados na Alemanha, estes até beneficiaram do atraso (ficando subentendido que ele foi propositado) na aplicação do novo regime de abonos. Recorde-se que este está em vigor desde o início deste ano. O facto, segundo outras fontes, é que as regras foram alteradas e podem levar alguns dos militares destacados na Alemanha a pedir o regresso antecipado a Portugal.

Recorde-se que o primeiro dos dois submarinos, o NRP Tridente, foi lançado à água no passado dia 15, em cerimónia a que não assistiu qualquer jornalista português.

Poupanças

Recorrente, nas palavras das fontes, é a preocupação com a alegada afectação na qualidade do trabalho até aqui produzido, devido ao desvio das atenções, do plano profissional para o familiar, por parte dos membros da MCSUB.

A título de exemplo, algumas fontes citaram várias situações em que "a motivação e o empenho" desses quadros permitiu ganhos significativos para o Estado português. Tendo presente que os estaleiros alemães - como qualquer empresa - procuram reduzir custos na construção dos dois submarinos, bem como o que uma fonte qualificou como "as ambiguidades" existentes no contrato de aquisição desses vasos de guerra, o resultado do trabalho dos marinheiros destacados em Kiel é mensurável de várias maneiras, frisaram as fontes.

Uma delas é financeira: os custos da integração dos torpedos foi reduzida em "cerca de nove milhões de euros", o investimento em equipamentos não incluídos no contrato que vão ser instalados nos submarinos, a renegociação das condições de instalação dos militares destacados para acções de formação permitiu poupar mais de cem mil "só este ano".

No plano técnico, a obtenção de documentos técnicos não previstos no contrato e que, entre outros aspectos, reforçam a autonomia da Marinha face aos estaleiros em termos de manutenção dos submarinos.

No dia a dia da sua actividade, os membros da MCSUB chegam a estar durante várias semanas na Noruega para a realização dos testes de mar. Segundo uma das fontes, o novo regime de ajudas de custo não muda com a ida para aquele país escandinavo, onde o custo de vida (leia-se alimentação) é superior ao alemão. Como o valor gasto nas refeições é depois descontado no ordenado, isso contribui para reduzir o valor do salário a receber ao fim do mês, adiantou a referida fonte.


Sinceramente, não estou a perceber isto.
Acho que não sou burro, mas alguém que me explique, isto é, troque por miudos esta coisa.
Não percebo e não gosto de ficar na ignorância.
Obrigado e cumprimentos,
 

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SSK

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« Responder #571 em: Julho 30, 2008, 06:36:05 pm »
O que é que não percebeu?
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo
 

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Luso

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« Responder #572 em: Julho 30, 2008, 06:47:59 pm »
É simples de perceber mais um episódio tipicamente socialista: tira-se o dinheiro a quem trabalha para dar ao parasita.
Também não sei onde está a dúvida.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Daniel

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« Responder #573 em: Julho 30, 2008, 07:22:30 pm »
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Recorde-se que o primeiro dos dois submarinos, o NRP Tridente, foi lançado à água no passado dia 15, em cerimónia a que não assistiu qualquer jornalista português.

Dessa não sabia. :lol:  :lol:  c34x  quem vos  manda poupar :mrgreen:
 

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João Oliveira Silva

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« Responder #574 em: Julho 30, 2008, 07:47:34 pm »
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É simples de perceber mais um episódio tipicamente socialista: tira-se o dinheiro a quem trabalha para dar ao parasita.
Concordo, essa já eu lá tinha chegado.
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O que é que não percebeu?
Em concreto isto:
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a ida de familiares para a cidade alemã de Kiel
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devido ao desvio das atenções, do plano profissional para o familiar, por parte dos membros da MCSUB.
Vamos lá por partes:
- quando um militar vai, por exemplo para o afeganistão ou para a Bósnia, leva algum familiar?
- Neste caso de Kiel quantos familiares lá estão? a mulher, os filhos?
- No tempo em que lá estão o que é que estes familiares estão a fazer?  ( no tempo da guerra em áfrica alguns militares, maioritáriamente oficiais milicianos, levavam as esposas recem-casadas e que grande parte delas ocupavam o tempo a dar aulas aos militares e aos naturais ). Na Alemanha o que se faz?
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"a motivação e o empenho"
Mas a motivação e o empenho não está inerente aquilo que fazemos na vida? Eu não vou dizer ao meu patrão: olhe, este mês, para contar com a minha motivação e para eu me empenhar a sério têm que me dar mais algum...  Se fizesse isso, no dia a seguir estava a arrumar carros no Terreiro do Paço, e a minha entidade patronal é generosa.
Pessoalmente já me tenho deslocado ao estrangeiro por motivos profissionais, nomeadamente em acções de formação,  e não é por isso que o meu recibo de vencimento dispara por aí a cima para pagar a estadia dos familiares. Dá para vir duas vezes por mês passar o fim-de-semana a Portugal.
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que já conseguiram poupar "alguns milhões de euros" aos cofres do Estado
Mas não é isto a que estamos profissionalmente obrigados para com a nossa entidade patronal? se eu vir " afanarem " a minha empresa ou com o meu silência permitir que " afanem " a minha empresa, calo-me a não ser que receba mais algum? Nas Forças Armadas e muito em concreto neste caso não é assim?
Não percebo.

Cumprimentos,
 

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SSK

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« Responder #575 em: Julho 30, 2008, 11:34:24 pm »
O Ultramar já foi há uns tempos, desde aí muita coisa mudou...

Segundo a lei os militares não têm só deveres, também têm direitos!!!

Os senhores embaixadores em missão no estrangeiro não levam mulher e filhos? Elas dão aulas aos nativos? Os militares que vão para a Bósnia e afins também não vão a ajudas de custo! Vão a oferir o que está em lei para missões do tipo!
Se o seu patrão deixar de lhe pagar o que contratualizou inicialmente não lhe iria causar alguma desmotivação? Ou ia queixar-se ao sindicato? Militares não tem sindicato nem podem rescindir contratos!
Essas formações são de 8 anos? Viagens mais baratas, não de borla, são de 6 em 6 meses! Tal qual o pessoal que está em embaixadas, que é o que sucede neste caso!

Desde já lhe garanto que não faço parte da MCSUB mas sei o que lá se passa! E tenho muitas dúvidas se muitos empresários e técnicos portugueses com a formação fariam um trabalho da qualidade que estes senhores estão a fazer!!!
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo
 

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de la Perière

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« Responder #576 em: Julho 30, 2008, 11:38:52 pm »
Citação de: "João Oliveira Silva"
Em concreto isto:
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a ida de familiares para a cidade alemã de Kiel
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devido ao desvio das atenções, do plano profissional para o familiar, por parte dos membros da MCSUB.
Vamos lá por partes:
- quando um militar vai, por exemplo para o afeganistão ou para a Bósnia, leva algum familiar?

O pessoal da MCSUB foi para a Alemanha em 2004 e só tem regresso previsto depois de 2011. Não me parece que o pessoal vá tanto tempo para a Bósnia e para o Afeganistão. Por esse motivo levaram as famílias. Além disso as famílias foram porque lhes foram proporcionadas condições financeiras para isso (algumas mulheres desempregaram-se em Portugal para poderem acompanhar os maridos). É muito aborrecido orientar a vida familiar num pressuposto e a meio mudarem as regras do jogo.

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No tempo em que lá estão o que é que estes familiares estão a fazer?  ( no tempo da guerra em áfrica alguns militares, maioritáriamente oficiais milicianos, levavam as esposas recem-casadas e que grande parte delas ocupavam o tempo a dar aulas aos militares e aos naturais ). Na Alemanha o que se faz?

Pois, as esposas do milicianos que iam para Àfrica iam para um território em que se falava português. Cada familiar dos militares da MCSUB é um caso, mas julgo que nem todos sabem falar alemão para conseguirem emprego na Alemanha.

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Mas a motivação e o empenho não está inerente aquilo que fazemos na vida? Eu não vou dizer ao meu patrão: olhe, este mês, para contar com a minha motivação e para eu me empenhar a sério têm que me dar mais algum...
Pois, mas ter que pagar para trabalhar e ficar junto da família é capaz de ser desmotivador. No seu emprego se estiver desmotivado com o nível salarial se calhar vai à procura de outra empresa onde paguem melhor. Se calhar é isso que o pessoal da MCSUB vai fazer (neste caso pode-se compreender como outra empresa regressar a Portugal para outras funções).

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Pessoalmente já me tenho deslocado ao estrangeiro por motivos profissionais, nomeadamente em acções de formação,  e não é por isso que o meu recibo de vencimento dispara por aí a cima para pagar a estadia dos familiares. Dá para vir duas vezes por mês passar o fim-de-semana a Portugal.

Há que perceber os enquadramentos. Durante quanto tempo foram essas estadias? Não se mediram concerteza em anos (o pessoal da MCSUB já está na Alemanha há 4 anos e ainda faltam pelo menos mais 3). Além disso, se o que recebe já lhe dá para vir duas vezes por mês a Portugal já é bastante mais que as ajudas de custo que o Estado português dá aos seus militares no estrangeiro.

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que já conseguiram poupar "alguns milhões de euros" aos cofres do Estado
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Mas não é isto a que estamos profissionalmente obrigados para com a nossa entidade patronal? se eu vir " afanarem " a minha empresa ou com o meu silência permitir que " afanem " a minha empresa, calo-me a não ser que receba mais algum? Nas Forças Armadas e muito em concreto neste caso não é assim?
Não percebo.


A questão aqui em causa é que, apesar de estarem a fazer o melhor possível, e de até estarem a ter resultados positivos (se calhar mais até que o inicialmente expectável), estão a regredir nas condições de remuneração. Ninguém se está a queixar por estar a fazer o que deve, estão a queixar-se por lhes alterarem as condições de vida (nomeadamente as remunerações).

Espero ter contribuído para o esclarecimento.

Já agora, não faço parte da MCSUB, pelo que estou à vontade para falar. No lugar deles pode ter a certeza que iria ficar desmotivado, e que isso iria ter reflexos no meu desempenho.

Cumprimentos.
Common sense for the world's uncommon nonsense (G.K. Chesterton)
 

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Feinwerkbau

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« Responder #577 em: Agosto 01, 2008, 01:50:11 pm »
apenas uma pergunta...

normalmente não são os estaleiros que assumem as despesas de alojamento e alimentação? E não fornecem carros de serviço?
 

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Lancero

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« Responder #578 em: Agosto 02, 2008, 12:53:54 pm »
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Defesa: Dragagem Base Naval Lisboa e Canal Alfeite em 2009 preparam chegada do novo submarino "Tridente"
02 de Agosto de 2008, 11:00

Lisboa, 02 Ago (Lusa) - A Base Naval de Lisboa e o Canal do Alfeite vão ser dragados no próximo ano, operação imprescindível para permitir o acesso do novo submarino "Tridente" ao Arsenal do Alfeite.

Questionado pela Lusa sobre se a aquisição do novo submarino "Tridente", encomendando em 2004 à Alemanha e que chegará a Portugal em 2010, obriga à limpeza de um 'túnel' do mar até ao Alfeite para que ele possa fazer esse trajecto, o porta-voz do Estado Maior da Armada confirmou a realização de dragagens em 2009.

"Em 2009, serão efectuadas dragagens que se destinarão a repor as cotas de operação dos meios navais", adiantou o porta-voz do Estado Maior da Armada, João Pedro Maurício Barbosa.

Contudo, acrescentou, está apenas prevista a dragagem da Base Naval de Lisboa e do Canal do Alfeite, operação que será efectuada à "cota -8,0 metros ao Zero Hidrográfico".

Os submarinos 209PN, o tipo do submarino "Tridente", "têm um calado médio à superfície de 6,6 metros", referiu ainda João Pedro Maurício Barbosa.

O porta-voz do Estado Maior da Armada sublinhou também que, tendo em conta a taxa de assoreamento existente na zona do Alfeite, as dragagens da Base Naval de Lisboa, do Canal do Alfeite e do Canal de acesso à doca do Arsenal do Alfeite "são operações de execução periódica".

Interrogado igualmente se a chegada do novo submarino irá obrigar a obras de adaptação no Alfeite, João Pedro Maurício Barbosa explicou que essas operações já foram realizadas por conta do Contrato de Contrapartidas.

"As adaptações já efectuadas no Arsenal do Alfeite correram por conta do Contrato de Contrapartidas, tendo sido fornecido equipamento e adaptadas diversas oficinas", disse.

Criado em 1939, o Arsenal do Alfeite, actualmente com 29 áreas tecnológicas, é o estabelecimento fabril da Marinha responsável por reparar e construir navios.

Há cerca de duas semanas, o ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, assistiu em Kiel, na Alemanha, ao baptismo e lançamento à água do submarino "Tridente".

O "Tridente" é o primeiro dos dois novos submarinos encomendados à Alemanha, do tipo U-209/PN e que custarão no total mil milhões de euros.

A entrega do "Tridente" está prevista para 2010, enquanto o segundo deverá chegar a Portugal no ano seguinte.

Os dois novos submarinos "Tridente" e "Arpão" vão substituir os anteriores submersíveis da Armada, da classe Albacora, o "Barracuda" e o "Delfim", em fim de vida.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Lancero

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« Responder #579 em: Agosto 02, 2008, 12:54:25 pm »
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Defesa: Dragagem Base Naval Lisboa e Canal Alfeite em 2009 preparam chegada do novo submarino "Tridente"
02 de Agosto de 2008, 11:00

Lisboa, 02 Ago (Lusa) - A Base Naval de Lisboa e o Canal do Alfeite vão ser dragados no próximo ano, operação imprescindível para permitir o acesso do novo submarino "Tridente" ao Arsenal do Alfeite.

Questionado pela Lusa sobre se a aquisição do novo submarino "Tridente", encomendando em 2004 à Alemanha e que chegará a Portugal em 2010, obriga à limpeza de um 'túnel' do mar até ao Alfeite para que ele possa fazer esse trajecto, o porta-voz do Estado Maior da Armada confirmou a realização de dragagens em 2009.

"Em 2009, serão efectuadas dragagens que se destinarão a repor as cotas de operação dos meios navais", adiantou o porta-voz do Estado Maior da Armada, João Pedro Maurício Barbosa.

Contudo, acrescentou, está apenas prevista a dragagem da Base Naval de Lisboa e do Canal do Alfeite, operação que será efectuada à "cota -8,0 metros ao Zero Hidrográfico".

Os submarinos 209PN, o tipo do submarino "Tridente", "têm um calado médio à superfície de 6,6 metros", referiu ainda João Pedro Maurício Barbosa.

O porta-voz do Estado Maior da Armada sublinhou também que, tendo em conta a taxa de assoreamento existente na zona do Alfeite, as dragagens da Base Naval de Lisboa, do Canal do Alfeite e do Canal de acesso à doca do Arsenal do Alfeite "são operações de execução periódica".

Interrogado igualmente se a chegada do novo submarino irá obrigar a obras de adaptação no Alfeite, João Pedro Maurício Barbosa explicou que essas operações já foram realizadas por conta do Contrato de Contrapartidas.

"As adaptações já efectuadas no Arsenal do Alfeite correram por conta do Contrato de Contrapartidas, tendo sido fornecido equipamento e adaptadas diversas oficinas", disse.

Criado em 1939, o Arsenal do Alfeite, actualmente com 29 áreas tecnológicas, é o estabelecimento fabril da Marinha responsável por reparar e construir navios.

Há cerca de duas semanas, o ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, assistiu em Kiel, na Alemanha, ao baptismo e lançamento à água do submarino "Tridente".

O "Tridente" é o primeiro dos dois novos submarinos encomendados à Alemanha, do tipo U-209/PN e que custarão no total mil milhões de euros.

A entrega do "Tridente" está prevista para 2010, enquanto o segundo deverá chegar a Portugal no ano seguinte.

Os dois novos submarinos "Tridente" e "Arpão" vão substituir os anteriores submersíveis da Armada, da classe Albacora, o "Barracuda" e o "Delfim", em fim de vida.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Get_It

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« Responder #580 em: Agosto 02, 2008, 03:39:38 pm »
Ah, NRP "Tridente" :shock: ...ainda não recuperei dos nomes dados aos submarinos.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Supremo Chanceler

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« Responder #581 em: Agosto 02, 2008, 04:07:28 pm »
Espero não estar a repetir nenhum post anterior, mas já se tem conhecimento da heráldica dos 2 novos submarinos?
 

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P44

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« Responder #582 em: Agosto 06, 2008, 06:26:09 pm »
:arrow:

http://lmcshipsandthesea.blogspot.com/2 ... naval.html



Citar
Vale a pena ler este artigo do Sr. Almirante Vieira Matias (fazer click sobre o texto ao lado para ampliar e ler) acerca de declarações infelizes do actual Ministro da Economia sobre a compra de submarinos por Portugal.
Sem querer repetir os argumentos do Sr. Almirante que merecem total concordância, gostava de acrescentar alguns aspectos, na qualidade de cidadão indignado com o actual estado de coisas a que chegaram os assuntos do Mar em Portugal.
Para começar parece-me óbvio que o Sr. Ministro Pinho não reune condições para o desempenho do cargo que vem ocupando. O Mar tem obrigatoriamente que ser visto como prioridade em qualquer política de desenvolvimento da economia e não é aceitável de um alto responsável com uma pasta chave um nível de ignorância tão elevado e atrevido desconhecimento.
O longo processo de substituição dos submarinos da Quarta Esquadrilha, que se arrasta há anos demasiados é por si ofensivo da dignidade da Marinha, dos cidadãos interessados nos Assuntos do Mar e da eficiência que se exige à Governação. Precisamos de submarinos urgentemente e dois não são suficientes. O mínimo são três unidades, para que haja sempre uma no activo.
Neste momento temos um, o NRP BARRACUDA, que serve o País há 40 anos, e que vai ser abatido em 2009, havendo um lapso de tempo, até 2010 em que a Marinha Portuguesa não terá quaisquer submarinos em serviço. Não deveriamos nunca ter reduzido a esquadrilha das quatro unidades originais para as três que duraram mais que quaisquer submarinos congéneres nas Marinhas Europeias. Queremos mais submarinos, e também navios de superfície modernos e adequados às necessidades do País. Urgentemente. É uma vergonha obrigar as guarnições de navios como os da classe CACINE, por exemplo, ao cumprimento de missões de interesse público, quando estas unidades, de que restam 4 no activo, foram concebidas nos anos sessenta para operar no Ultramar, em África. Muitos outros exemplos se podiam referir...
Mas o Mar tem muitas outras vertentes fundamentais para além da Defesa: é urgente fomentar a Marinha de Comércio, hoje quase desaparecida. É fundamental relançar estas actividades associadas ao crescimento da Indústria Naval, pondo os estaleiros a funcionar de forma mais competitiva, com uma maior carteira de encomendas para o mercado interno. Somos totalmente dependentes do estrangeiro em termos de transportes marítimos, repetindo erros do passado que custaram muito caro ao País.
O Sr. Ministro Pinho não é obrigado a gostar de Navios e ou do Mar. Mas tem obrigação de servir o desenvolvimento e os interesses do País. E tudo isso passa pelo Mar para lá das praias, albufeiras e peixinhos. A realidade é ainda mais grave, pois o Ministro da Economia transmite uma visão de ignorância alargada da sociedade portuguesa actual face ao Mar. Há que alterar este estado de coisas a bem de todos.
E aqui para nós, para além do que acima ficou exposto, os submarinistas portugueses são uma élite merecedora do maior respeito e consideração. Não merecem tanto analfabetismo marítimo-governamental...
O assunto está aberto a comentários abaixo... Luís Miguel Correia

Texto do Sr. Almirante Nuno Vieira Matias publicado no Diário de Notícias de 2008-08-02 / Comentários indignados de L.M.Correia, cidadão independente, sem qualquer ligação formal à Marinha para além de gostar de Navios e do Mar
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Falcão

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« Responder #583 em: Agosto 07, 2008, 12:36:06 pm »
Citação de: "P44"
:idea:  :arrow:

http://lmcshipsandthesea.blogspot.com/2 ... naval.html



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Vale a pena ler este artigo do Sr. Almirante Vieira Matias (fazer click sobre o texto ao lado para ampliar e ler) acerca de declarações infelizes do actual Ministro da Economia sobre a compra de submarinos por Portugal.
Sem querer repetir os argumentos do Sr. Almirante que merecem total concordância, gostava de acrescentar alguns aspectos, na qualidade de cidadão indignado com o actual estado de coisas a que chegaram os assuntos do Mar em Portugal.
Para começar parece-me óbvio que o Sr. Ministro Pinho não reune condições para o desempenho do cargo que vem ocupando. O Mar tem obrigatoriamente que ser visto como prioridade em qualquer política de desenvolvimento da economia e não é aceitável de um alto responsável com uma pasta chave um nível de ignorância tão elevado e atrevido desconhecimento.
O longo processo de substituição dos submarinos da Quarta Esquadrilha, que se arrasta há anos demasiados é por si ofensivo da dignidade da Marinha, dos cidadãos interessados nos Assuntos do Mar e da eficiência que se exige à Governação. Precisamos de submarinos urgentemente e dois não são suficientes. O mínimo são três unidades, para que haja sempre uma no activo.
Neste momento temos um, o NRP BARRACUDA, que serve o País há 40 anos, e que vai ser abatido em 2009, havendo um lapso de tempo, até 2010 em que a Marinha Portuguesa não terá quaisquer submarinos em serviço. Não deveriamos nunca ter reduzido a esquadrilha das quatro unidades originais para as três que duraram mais que quaisquer submarinos congéneres nas Marinhas Europeias. Queremos mais submarinos, e também navios de superfície modernos e adequados às necessidades do País. Urgentemente. É uma vergonha obrigar as guarnições de navios como os da classe CACINE, por exemplo, ao cumprimento de missões de interesse público, quando estas unidades, de que restam 4 no activo, foram concebidas nos anos sessenta para operar no Ultramar, em África. Muitos outros exemplos se podiam referir...
Mas o Mar tem muitas outras vertentes fundamentais para além da Defesa: é urgente fomentar a Marinha de Comércio, hoje quase desaparecida. É fundamental relançar estas actividades associadas ao crescimento da Indústria Naval, pondo os estaleiros a funcionar de forma mais competitiva, com uma maior carteira de encomendas para o mercado interno. Somos totalmente dependentes do estrangeiro em termos de transportes marítimos, repetindo erros do passado que custaram muito caro ao País.
O Sr. Ministro Pinho não é obrigado a gostar de Navios e ou do Mar. Mas tem obrigação de servir o desenvolvimento e os interesses do País. E tudo isso passa pelo Mar para lá das praias, albufeiras e peixinhos. A realidade é ainda mais grave, pois o Ministro da Economia transmite uma visão de ignorância alargada da sociedade portuguesa actual face ao Mar. Há que alterar este estado de coisas a bem de todos.
E aqui para nós, para além do que acima ficou exposto, os submarinistas portugueses são uma élite merecedora do maior respeito e consideração. Não merecem tanto analfabetismo marítimo-governamental...
O assunto está aberto a comentários abaixo... Luís Miguel Correia

Texto do Sr. Almirante Nuno Vieira Matias publicado no Diário de Notícias de 2008-08-02 / Comentários indignados de L.M.Correia, cidadão independente, sem qualquer ligação formal à Marinha para além de gostar de Navios e do Mar


Parece piada mas não é. Estes são os indivíduos que governam (?) este país. Indivíduos que dificilmente conseguiriam gerir um talho ou um café, estão à frente dos destinos de um país pela simples razão de pertencerem a uma máquina partidária.

Sinto vergonha destas personagens. Mas, o pior de tudo, é que não são casos (tristes) isolados.

Lembram-se do Mário Lino e as suas declarações de um iberista convicto?

E as do Ministro das Finanças a referir-se também aos submarinos?

E as do Primeiro-ministro em relação à Olivença?

Neste leque de “Grandes Portugueses” e “Defensores dos Interesses da Pátria” não podia faltar o Manuel Pinho, um dos mais incompetentes ministros deste triste governo.


Perante isto o que pensará o Sr. Presidente da República? Por questões de menor importância já vi ministros demitidos e Governos a cair!

Pena também é que a revolta e a indignação só venha da mão de militares reformados ou na reserva…

Deveria sim, partir de todos nós.
« Última modificação: Agosto 07, 2008, 12:39:25 pm por Falcão »
Cumprimentos
 

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jmg

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« Responder #584 em: Agosto 08, 2008, 06:01:16 pm »
Os governantes devem de perceber que para um país como Portugal, sem capacidade de dissuasão nuclear, sem poderio económico/político/estratégico, a única maneira de ser tomado a sério pelo mundo é ter capacidade submarina.
Essa capacidade transforma-se na única força dissuasora ao dispor da politica (externa) portuguesa.
Sou militar e contra mim falo.
Hoje em dia só somos (os portugueses) reconhecidos internacionalmente pelas nossas capacidades técnicas e humanas. Acho que já é tempo de completar esse reconhecimento com equipamento capaz para que o nosso país seja encarado com seriedade e não como um anão na Europa dos grandes.....
Não te fies de mim, se te faltar valentia.
(Inscrição gravada num antigo punhal.Autor desconhecido)

ΜΟΛΩΝ ΛΑΒΕ