O trabalho do Sol não oferece qualquer credibilidade. Primeiro, não cita quaisquer fontes para o alegado interesse venezuelano e contactos entre os governos de ambos os países. Segundo, ignora que a Venezuela tem vindo a mostrar interesse na aquisição de submarinos russos. Terceiro, ignora que a frota portuguesa (2 U-209PN) é reduzida face às necessidades de Caracas. Quarto e não menos importante, os equipamentos instalados a bordo constituíriam um obstáculo à aquisição, como no caso dos C-295M.
Depois, o artigo parece basear-se estritamente na ideia que Chaves se rearma e que as boas relações com Portugal permitiriam um acordo. Ora, então, havendo boas relações na esfera militar, porque não vimos contactos no sentido de um acordo de cooperação técnico-militar ou de venda de sistema de comunicações (PRC-525) ou outros equipamentos (Pandur II)? Face às necessidades do país, penso, teria muito mais sentido que os contactos se fizessem nesse sentido.
De resto, o texto serve de pretexto para abordar a origem da compra (governos PSD/CDS) e os problemas nos submarinos gregos... Esperava um trabalho mais completo e consistente de uma jornalista com alguma experiência na área...
Cumprimentos,
Pedro Monteiro