a) um Leo2A4 ainda é um tanque extremamente actual
É um facto que é um tanque actual, no entanto, tem uma peça que comparativamente com a do A6, lhe dá uma desvantagem clara.
b) ficaria certamente mais barato que um Leo2A6
Também é verdade, mas tanque tecnologicamente atrasado, por tanque tecnologicamente atrasado, o M-60A3, é ainda mais barato.
c) poderia ser no futuro "upgradado" ao padrão A5/A6.
Nesse caso, para que é que vamos gastar dinheiro agora, num carro de combate que só futuramente poderá ser modernizado de maneira a estar actual?
= = =
O problema é o clássico, discutido nos tópicos relativo ao desenho do exército.
Ou seja:
Para que servem as unidades blindadas do exército português?
A Holanda, é naturalmente um país mais rico que Portugal, mas é mais pequeno que o Alentejo, ou seja a Holanda é 1/3 de Portugal. Mesmo assim, a Holanda terá, depois do próximo emagrecimento, duas brigadas mecanizadas. Ou seja, a cobertura mecanizada da Holanda, relativamente ao território é seis vezes maior que a nossa.
Por outras palavras: A Holanda tem seis vezes mais tanques por Km quadrado que Portugal.
É dificil responder à pergunta "Para que servem os tanques da Brigada Mecanizada Independente".
Eu pessoalmente estou cada vez mais convencido de que não servem para nada. Não se encontra, no que diz respeito à defesa do território, uma táctica coerente e minimamente egficaz que se adapte à existência dessa unidade, perante uma ameaça às nossas fronteiras.
Se tivessemos duas Brigadas, nesse caso a coisa seria diferente, porque uma poderia apoiar a outra. Mas com apenas uma brigada mecanizada, a sua utilidade é muito pouca, no cenário de defesa do território.
Logo, não só não sabemos para que serve a BMI, como mesmo que a BMI estivesse equipada com armas mais poderosas, o problema se mantinha. A única possibilidade minimamente lógica, é ter um BMI com carros poderosos e rápidos, de forma a poderem movimentar-se em pequenos grupos, onde a superioridade da peça do Leopard-IIA6 pode ser utilizada.
Portanto, sendo a arma blindada, uma arma muito pouco prioritária, não faz sentido sequer fazer uma modernização, que na prática ía deixar tudo na mesma. A BMI, mesmo com tanques superiores aos M-60, continuará a ser uma unidade de segundo escalão, com carros relativamente ultrapassados e sem protecção anti-aérea moderna.
No entanto, mesmo no exército este tipo de opinião pode mudar. Tudo depende da sentença do momento e do dinheiro disponível.
Cumprimentos