LUS-222 na FAP

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Lampuka

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Re: LUS-222 na FAP
« Responder #75 em: Outubro 28, 2025, 07:13:10 pm »
Está visto que o LUS-222 será a nova Bimby para o pessoal arranjar defeitos.
O avião nasceu para ocupar um segmento pouco explorado. Civil e militar.
Até 19 passageiros,  2700kg de carga, 2100km alcance, pistas curtas e não preparadas... simples.
Voar para os Açores ou Madeira? Só para ficar depois lá a operar.  Não tem qualquer interesse uma trotinete destas com 2t de carga a demorar 4h de viagem...
Já para a distribuição de correio e carga interilhas, sobretudo nas mais pequenas.  Excelente.
Evacuações de doentes interilhas? Serve e desocupa os EH's e os CASA.
Transporte de passageiros? Em casos de necessidade.  Exemplo,  reforço de pessoal da protecção civil, bombeiros,  médicos em casos de catástrofe...
Carga? A mesma coisa, algum material das forças de segurança ou militares,  correio, medicamentos.  Exemplo? O Corvo sofre constantemente de falhas de abastecimento devido ao mau tempo. Provavelmente este avião terá muito menores limitações de operação no aeródromo local do que os que lá actualmente operam. Mas não vai substitui-los. São coisas diferentes.
Na Madeira? Não há de ser muito diferente.
No continente?
Evacuações aeromedicas a partir de aerodromos do interior,  órgãos,  transporte de bombeiros e outras forças dentro do território, cargas até determinada dimensão/peso, treino paraquedistas...
Exportação? Paises africanos e sul americanos... encaixa na perfeição em muitos deles.
Complicar com suportes nas asas, FLIR, armas, sondas de reabastecimento... só vão estragar o conceito. Simples e versátil.
Para o resto há outros.
João Pereira
 
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JohnM

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Re: LUS-222 na FAP
« Responder #76 em: Outubro 28, 2025, 07:17:12 pm »
Está visto que o LUS-222 será a nova Bimby para o pessoal arranjar defeitos.
O avião nasceu para ocupar um segmento pouco explorado. Civil e militar.
Até 19 passageiros,  2700kg de carga, 2100km alcance, pistas curtas e não preparadas... simples.
Voar para os Açores ou Madeira? Só para ficar depois lá a operar.  Não tem qualquer interesse uma trotinete destas com 2t de carga a demorar 4h de viagem...
Já para a distribuição de correio e carga interilhas, sobretudo nas mais pequenas.  Excelente.
Evacuações de doentes interilhas? Serve e desocupa os EH's e os CASA.
Transporte de passageiros? Em casos de necessidade.  Exemplo,  reforço de pessoal da protecção civil, bombeiros,  médicos em casos de catástrofe...
Carga? A mesma coisa, algum material das forças de segurança ou militares,  correio, medicamentos.  Exemplo? O Corvo sofre constantemente de falhas de abastecimento devido ao mau tempo. Provavelmente este avião terá muito menores limitações de operação no aeródromo local do que os que lá actualmente operam. Mas não vai substitui-los. São coisas diferentes.
Na Madeira? Não há de ser muito diferente.
No continente?
Evacuações aeromedicas a partir de aerodromos do interior,  órgãos,  transporte de bombeiros e outras forças dentro do território, cargas até determinada dimensão/peso, treino paraquedistas...
Exportação? Paises africanos e sul americanos... encaixa na perfeição em muitos deles.
Complicar com suportes nas asas, FLIR, armas, sondas de reabastecimento... só vão estragar o conceito. Simples e versátil.
Para o resto há outros.

Nem mais... disguem o complicómetro...
 

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Lampuka

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Re: LUS-222 na FAP
« Responder #77 em: Outubro 28, 2025, 07:17:55 pm »
Citar
Além disto, a melhor maneira que temos de fazer soft-power, é através da CPLP. Ou melhor, devia ser.

Dava para ceder os 4 C-130 para a CPLP, criando uma unidade conjunta, financiada por todos, para operar esta aeronave, com formação de pessoal ministrada em Portugal, com a OGMA a criar uma unidade de manutenção em África (selecionar um país) com mão de obra local. Esta iniciativa servia de teste para perceber a exequibilidade deste tipo de ideias, que, se tudo corresse bem, podia ser expandida e/ou replicada.

O Lus-222, podia entrar aqui, seja em negócios estado a estado, seja para a CPLP. Mas primeiro é preciso saber o preço do avião e que variantes terá. 

Nem mais...

A CPLP é algo totalmente desaproveitado por Portugal.

290M de pessoas.

Um crime o comportamento das nossas entidades relativamente a essa realidade.
 
Sempre "agarrados" ao politicamente correto e a questões de pormenor. Outros aproveitam...
« Última modificação: Outubro 28, 2025, 11:08:49 pm por Lampuka »
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Re: LUS-222 na FAP
« Responder #78 em: Outubro 28, 2025, 11:25:14 pm »
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Além disto, a melhor maneira que temos de fazer soft-power, é através da CPLP. Ou melhor, devia ser.

Dava para ceder os 4 C-130 para a CPLP, criando uma unidade conjunta, financiada por todos, para operar esta aeronave, com formação de pessoal ministrada em Portugal, com a OGMA a criar uma unidade de manutenção em África (selecionar um país) com mão de obra local. Esta iniciativa servia de teste para perceber a exequibilidade deste tipo de ideias, que, se tudo corresse bem, podia ser expandida e/ou replicada.

O Lus-222, podia entrar aqui, seja em negócios estado a estado, seja para a CPLP. Mas primeiro é preciso saber o preço do avião e que variantes terá. 

Nem mais...

A CPLP é algo totalmente desaproveitado por Portugal.

290M de pessoas.

Um crime o comportamento das nossas entidades relativamente a essa realidade.
 
Sempre "agarrados" ao politicamente correto e a questões de pormenor. Outros aproveitam...

Isso do politicamente correcto e de outros se aproveitarem fez lembrar-me desta história, quando os primeiros batalhões do exército chegaram à Bósnia, faziam segurança às localidades que lhes estavam atribuídas, as infraestruturas desses sítios estavam todas destruídas, e as autarquias locais, com o fim da guerra civil e a presença das forças NATO sentiram que a situação já estava mais tranquila e já podiam avançar para a reconstrução (talvez com fundos da UE, ONU, etc), mas não havia empresas locais, tinha tudo sido destruído, mais que uma vez os presidentes da câmara das zonas onde era Portugal a fazer segurança pediaram ajuda aos comandantes portugueses, queriam que Portugal enviasse empresas de construção para os ajudar a reconstruir escolas, pontes, etc, e das duas uma, ou os comandantes militares não queriam saber desse assunto, a missão deles era garantir a paz, o resto não era com eles, ou mesmo algum comandante que via um bocadinho mais longe e até tentava chamar a atenção dos seus superiores da situação, na tentativa que isto chegasse ao poder político, alguém lá dizia ao militar para não se meter, e fazer só o trabalho que lhe competia. Claro que passado pouco tempo lá apareceram empresas de construção civil, alemãs... holandesas... etc.

Não tínhamos visão nenhuma para o negócio e deixamos passar a oportunidade, como estávamos como forças de manutenção de paz, devíamos achar que as nossas empresas irem para lá ganhar dinheiro de um país devastado pela guerra seria talvez algo imoral, deve ser a nossa veia católica, mas pronto, foram para lá outros ganhar dinheiro, os europeus mais do norte.

Actualmente já estamos melhor, ainda me lembro de no início da guerra da Ucrânia, numa visita do António Costa como PM dizer que Portugal queria ajudar a Ucrânia na reconstrução das suas escolas.
« Última modificação: Outubro 28, 2025, 11:43:47 pm por Lightning »
 
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Lampuka

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Re: LUS-222 na FAP
« Responder #79 em: Outubro 29, 2025, 08:57:02 am »
Está na história a constatação desse facto. Somos os "heróis das causas" e não passamos disso.
Não se vê nada da parte dos diplomatas portugueses na tentativa de facilitar ou apoiar negócios lá fora. Sobretudo em África.  Antes pelo contrário.
Vão para lá viver, organizam uns concertos e jantares temáticos, a visita (muito pontual) de algum navio ou entidade...
Tratar de um simples documento, apoio judicial, potenciar negócios... zero.
Vivi num em que a língua principal é o espanhol, mas o português também é oficial. Não vamos discutir se deveria ou não,  porque mais não seja pela história,  deve ser.
Certo é que nunca vi a embaixada a organizar um simples curso de língua portuguesa e, acreditem, não faltam interessados.
Não há uma escola em português,  penso que nem a língua faz parte dos planos curriculares.  Mas faz o espanhol,  o francês,  o inglês,  o turco, o árabe...
A nossa "embaixada" não emite um visto, um passaporte,  um cartão de cidadão... às vezes nem tem embaixador.
Se quiserem viajar em negócios ou qualquer outra coisa para a Europa entregam o pedido e este é direcionado e tratado pela embaixada de Espanha.
Depois viajam via Espanha,  França,  Alemanha,  Marrocos,  Etiópia... que têm lá aviões todos os dias. Já nós...
Produzem petróleo,  têm grandes reservas e Portugal não toca em nada. Ainda por cima não têm refinarias.  E nós tínhamos duas...
Ah e tal,  tem uma ditadura, comem criancinhas, são maus...
Os americanos,  os franceses,  os chineses,  os turcos, os libaneses e os espanhóis, entre outros, agradecem.
No fim, somos clientes da Nigéria, mesmo ali ao lado, esse modelo de democracia...
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mafets

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Re: LUS-222 na FAP
« Responder #80 em: Outubro 29, 2025, 10:06:02 am »
"Base aeronaval" pode ter sido um exagero... apesar de "controlarmos" a "Marinha" de STeP, termos um conhecimento profundo - e excelente relações - com as infraestruturas aéreas, portuárias e as forças de defesa e segurança de lá (e de CV); e se a UE quiser uma presença mais forte será através de nós - e isso é "softpower" para um país pequeno e qb pobre.

Não esquecer os meios navais em S. Tome. São 2 mais existem.  ;)





Saudações

P.S. A questão não é o Lus 222 e o que pode fazer no apoio inter-ilhas. Foi o facto do Aviocar ter sido desactivado e agora ao que parece, até dava jeito. Afinal o 295 não faz tudo.

« Última modificação: Outubro 29, 2025, 10:07:50 am por mafets »
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 
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Lightning

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Re: LUS-222 na FAP
« Responder #81 em: Outubro 29, 2025, 10:56:54 am »
Também existiam (se a memória não me falha) 24 Aviocar que foram substituídos por 12 C295. E se em capacidades estes 12 superam os 24 Aviocar, continuam a ser apenas 12 e não 24, isto é, não podem estar em tantos sítios em simultâneo como os 24 Aviocar.
« Última modificação: Outubro 29, 2025, 10:57:30 am por Lightning »
 
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Charlie Jaguar

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Re: LUS-222 na FAP
« Responder #82 em: Outubro 29, 2025, 11:04:57 am »
P.S. A questão não é o Lus 222 e o que pode fazer no apoio inter-ilhas. Foi o facto do Aviocar ter sido desactivado e agora ao que parece, até dava jeito. Afinal o 295 não faz tudo.

Fazer até faz. Só que para certos casos, certas missões mais simples e corriqueiras, é simplesmente um meio pesado demais, e por conseguinte mais caro de operar. Isto sem mencionar o seu complicado histórico de disponibilidade.

A retórica vigente anteriormente tem vindo a adaptar-se; antigamente dizia-se que o C-295M vinha substituir na totalidade as missões executadas pelo C-212 Aviocar. Assim não foi, e é por isso que agora se diz que o Lus-222 irá "complementar" os C-295. O mesmo se passou com o KC-390 e C-130: o Millennium vinha substituir o Hércules, agora irá complementá-lo, e não necessariamente devido à intenção de usar os C-130H no combate direto aos FF. Fora da época de incêndios, para além do treino, os Hércules muito provavelmente deverão continuar a assegurar algumas missões de transporte aéreo geral e tático.
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
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dc

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Re: LUS-222 na FAP
« Responder #83 em: Outubro 29, 2025, 02:13:31 pm »
Está visto que o LUS-222 será a nova Bimby para o pessoal arranjar defeitos.
O avião nasceu para ocupar um segmento pouco explorado. Civil e militar.
Até 19 passageiros,  2700kg de carga, 2100km alcance, pistas curtas e não preparadas... simples.
Voar para os Açores ou Madeira? Só para ficar depois lá a operar.  Não tem qualquer interesse uma trotinete destas com 2t de carga a demorar 4h de viagem...
Já para a distribuição de correio e carga interilhas, sobretudo nas mais pequenas.  Excelente.
Evacuações de doentes interilhas? Serve e desocupa os EH's e os CASA.
Transporte de passageiros? Em casos de necessidade.  Exemplo,  reforço de pessoal da protecção civil, bombeiros,  médicos em casos de catástrofe...
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Na Madeira? Não há de ser muito diferente.
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Evacuações aeromedicas a partir de aerodromos do interior,  órgãos,  transporte de bombeiros e outras forças dentro do território, cargas até determinada dimensão/peso, treino paraquedistas...
Exportação? Paises africanos e sul americanos... encaixa na perfeição em muitos deles.
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Para o resto há outros.

Começaste bem e acabaste mal.
Se tu queres que o avião seja exportado, tens que oferecer algo que a concorrência não oferece.

Não digo armamento nas asas, mas ter capacidade de receber outro equipamento, nomeadamente sistemas FLIR, faria dele uma opção viável e barata para países pequenos que precisam de uma aeronave de vigilância marítima e SAR.

Não acautelar isto, é um erro de amador e, mais uma vez, uma tremenda falta de visão.


Relativamente aos (eventualmente) nossos, temos que nos lembrar que o número de missões que podem fazer, vai depender do número de aeronaves a adquirir, e do número de tripulações disponíveis.

A falta de pessoal na FAP continua a ser uma realidade. E eu não estou a ver termos Lus-222 e pilotos suficientes (além do pessoal de terra) para tanta missão em 3 áreas distintas (continente e arquipélagos).

É que neste momento, serão 4 C-130, 6 KC-390, 12 C-295, e um número incerto de Lus-222, aos quais se somam os Canadair (em quantidade que toda a gente concorda devia ser superior ao planeado), além da intenção de ter mais P-3 operacionais.

Portanto, mais do dobro das aeronaves plurimotor, sem que entretanto tenhas duplicado o pessoal na FAP. FAP esta que até há bem pouco tempo só tinha 2 ou 3 tripulações completas de P-3!

Alguma coisa vai ter que ceder, ou então terá que ocorrer um milagre, ao se inverter a falta de pessoal no ramo, havendo gente suficiente para pilotar tanto avião.
 

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Lampuka

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Re: LUS-222 na FAP
« Responder #84 em: Outubro 29, 2025, 02:32:01 pm »
Dc, lá fora é para fazer o mesmo que cá.  Não falta mercado. Não precisa complicar.
Vigilância e outras missões há diferentes opções e certamente mais eficazes.
Já quanto aos pilotos,  ou há falta deles, tudo muito bem.
E para as dezenas de caças que todos pedem, como vai ser?
Por isso já repito há anos, antes de determinados "voos" é preciso criar as condições.  Desde logo com pessoal.
Não temos nem conseguimos criar essas condições em 10/15 anos. No mínimo 20 ou 25.
Daí a história do saltar (se necessário) uma geração, independentemente de podermos ou não ficar ligeiramente atrás tecnologicamente (mas muito à frente em relação ao panorama actual). Falando dos caças.
No fundo, por falta dessas condições,  provavelmente não conseguiremos aproveitar essas supostas vantagens.
Mesmo com valores de investimento similares,  é preciso avaliar bem a melhor opção/negócio.
João Pereira
 

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dc

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Re: LUS-222 na FAP
« Responder #85 em: Outubro 29, 2025, 04:13:20 pm »
Simples, muitas vezes tende a ser inimigo do versátil. Quanto mais variantes e mais opções de equipamento tiveres para o Lus-222, mais versátil se torna, e consequentemente mais potenciais clientes podem surgir.

Muitos dos potenciais clientes do Lus, serão países pobres. Muitos destes países não têm capacidade financeira para comprar Lus-222 e em simultâneo comprar uma aeronave dedicada a vigilância marítima/SAR. Se o Lus-222 conseguir suprimir as 2 necessidades, tem muito mais chances não só de ser escolhido, como de ser encomendado em maiores quantidades.


A questão dos pilotos nada tem a ver com salto geracional dos caças. 25 F-35 requerem o mesmo número de pilotos que 25 F-16. Neste contexto é uma não-questão.

Por outro lado, aumentar de 25 F-16, para 32 F-35, requer um aumento de 7 pilotos, um aumento muito mais reduzido do que se sentiria com o aumento do número de aeronaves de transporte em mais 10-12.


Para conseguirmos mais margem de manobra, de forma a reforçar os meios de patrulha marítima, transporte ou caças, a solução lógica teria sido cortar no treino avançado, enviando pilotos para uma escola internacional, e aí sim, podia haver alguma margem para expandir as outras capacidades.