Por acaso já foi contemplada no forum, a hipotese de adquirir o famoso LUS - 222 que ai vem para a FAP!? Podia retirar alguma da carga dos C-295 e se calhar poupar algum em tarefas mais rotineiras. Medivac e vigilancia florestal são alguns dos exempos que me lembro assim de repente. Não é preciso estar a usar os P-3 para vigiar fogos. E já agora, alguem faz idea do custo por unidade?
A vigilância florestal pode e deve ser feita com UAVs.
De resto sim, meia dúzia de Lus-222 faziam sentido para complementar os C-295. Digo meia dúzia, porque a falta de pilotos persiste.
Uma hipotética aquisição do 222 para a FAP para missões de transporte, permite depois a libertação dos 5 VIMAR totalmente para patrulha marítima, ISR, etc. Ao modernizar os VIMAR para MPA, e adquirindo 5 módulos MPA e outros 5 módulos ISR, e possibilitando a utilização de armamento, estes serviriam para reforçar a frota P-3.
Agora vou inventar, nos PALOP podia ser um avião interessante.
Tal como houve em tempos um Aviocar em São Tomé e Príncipe muitos anos, podia existir pelo menos um LUS222 em São Tomé e príncipe, e igual em Cabo Verde, mas agora não operada por portugueses, podiam ser militares locais, uma espécie de esquadra PALOP ou CPLP.
O problema da maioria dos PALOP, é não terem dinheiro para pagar estes meios, preferindo cedências. Também teria havido potencial para vender NPOs para lá, mas entre falta de dinheiro deles, e falta de adaptabilidade nossa para mais variantes dos NPOs, não se vendeu nenhum. E desconheço se apresentámos sequer o NPO3S na LAAD deste ano, mas se calhar teria sido inteligente.
O Lus-222 tem potencial de mercado em África, mas também noutros continentes, inclusive para países mais pobres da Europa que não têm capacidade financeira para aeronaves maiores. A Albânia é um exemplo.
Agora era interessante saber que equipamento externo podia ser instalado no avião. Um FLIR, um pod de radar de vigilância marítima, podiam tornar o avião um MPA low cost para países pequenos.
Para escapar às dificuldades financeiras de muitos destes países, é possível que seja necessário "oferecer", e isto teria que ser feito como parte de um plano UE para aumentar a influência em África.
Relativamente a uma esquadra CPLP/PALOP, eu já tinha dado a ideia antes, de se criar uma esquadra de transporte táctico na CPLP, ficando com os nossos C-130 modernizados. Uma esquadra financiada por todos, acessível a todos, e com pessoal de diferentes origens, como parte de uma componente de apoio militar multinacional da CPLP. Esta capacidade podia eventualmente ser expandida com Canadair para combate aos fogos, e eventualmente outros meios aéreos ou navais. A importância da CPLP crescia, e com isto o interesse de novas adesões, tudo com o apoio da UE, permitindo ter mais influência a nível global.