Preparar as FA para um conflito no curto prazo

  • 508 Respostas
  • 44680 Visualizações
*

dc

  • Investigador
  • *****
  • 9772
  • Recebeu: 4984 vez(es)
  • Enviou: 843 vez(es)
  • +5348/-1040
Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #495 em: Abril 12, 2025, 05:07:40 am »
Isso da UE seria meter os pés pelas mãos, e obrigavaa destruir para reconstruir. O principal é uniformizar ao máximo, por questões logísticas e de economia de escala, de resto, é perfeitamente expectável que cada país mantenha um elevado grau de independência e a sua própria capacidade militar consoante as suas necessidades.

Certas capacidades precisariam de ser conjuntas, como um Estado Maior, uma classe de PAs, uma esquadra de AWACS, uma frota auxiliar (de navios logísticos, navios hospital, etc), satélites, escudo BMD, escola de pilotos, etc.
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Duarte, PTWolf

*

Viajante

  • Investigador
  • *****
  • 4758
  • Recebeu: 2778 vez(es)
  • Enviou: 1557 vez(es)
  • +7904/-5491
Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #496 em: Abril 13, 2025, 12:48:49 am »
Portugal vê proposta de novo mecanismo da UE para defesa como "início de discussão"

Ministros das Finanças da União Europeia discutem hoje o financiamento da aposta comunitária em defesa e a criação de um mecanismo europeu comum.



O Governo português vê a proposta de um novo mecanismo europeu de defesa para aquisições conjuntas e financiamento de projetos de grande escala como "um ponto de partida interessante de discussão", embora admitindo "dúvidas legítimas dos Estados-membros".

Os ministros das Finanças da União Europeia (UE) discutem hoje o financiamento da aposta comunitária em defesa e um relatório do grupo de reflexão económica Bruegel, encomendado pela presidência polaca do Conselho, que propõe a criação de um mecanismo europeu comum, semelhante ao fundo de resgate da zona euro após a anterior crise financeira, mas desta vez focado na segurança.

Falando sobre esta proposta na chegada à reunião informal do Ecofin, em Varsóvia, o ministro português da tutela, Joaquim Miranda Sarmento, apontou à Lusa que "esta proposta do Bruegel é um ponto de partida interessante de discussão".

"A Europa, nas várias crises que teve, tem tido capacidade de combinar instrumentos que já existem com novos instrumentos. [...] Tem vários aspetos em aberto, vários aspetos que geram naturalmente discussão e algum antagonismo entre Estados-membros, mas é um bom ponto de partida e por isso é que a Comissão Europeia marcou esta discussão para hoje", acrescentou.

Realizada em Varsóvia pela presidência do Conselho da UE assumida pela Polónia, a reunião informal do Ecofin -- composto pelos ministros das Finanças da União -- visa discutir como aumentar as oportunidades de investimento e financiar a defesa e segurança da Europa, num contexto de tensões geopolíticas.

Servirá também para a analisar a proposta de um novo Mecanismo Europeu de Defesa, uma instituição intergovernamental semelhante ao Mecanismo Europeu de Estabilidade que foi criado para assistência financeira, mas desta vez para criar um mercado único da indústria, financiar projetos de grande escala e incluir parceiros fora da UE (como Reino Unido).

Para Portugal, entre os pontos positivos estão "a questão do 'procurement' [compras conjuntas], a questão dos projetos de grande escala, a questão da cooperação entre os Estados-membros, a questão do financiamento que depois permitiria ir ao mercado e [...] alavancar esse financiamento em recursos superiores".

"Tem vários aspetos positivos, mas também tem outros, até mais de natureza militar, que geram dúvidas aos Estados-membros e que são dúvidas legítimas", adiantou Joaquim Miranda Sarmento à Lusa.

Vários países, com a Alemanha à cabeça, já rejeitaram esta ideia, nomeadamente por prever a participação de países de fora da UE e assentar em nova emissão de dívida comum, de acordo com fontes comunitárias ouvidas pela Lusa.

O Bruegel já veio estimar que a UE possa ter de gastar 250 mil milhões de euros por ano, o equivalente a 3,5% do seu Produto Interno Bruto (PIB), para a sua segurança face à guerra da Ucrânia causada pela invasão russa.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/portugal-ve-proposta-de-novo-mecanismo-da-ue-para-defesa-como-inicio-de-discussao-caudio
 

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 21353
  • Recebeu: 6885 vez(es)
  • Enviou: 7915 vez(es)
  • +8067/-12616
Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #497 em: Abril 13, 2025, 09:00:20 am »
Rangel pede acordo de regime para antecipar ainda mais meta de 2% do PIB em Defesa
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/rangel-pede-acordo-de-regime-para-antecipar-ainda-mais-meta-de-2-do-pib-em-defesa/?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques
A pressão cada vez é maior estão a ficar apertados, é óbvio que terá de ser antecipado a meta dos 2% para 2026 e que o mais provável é que terá de ser 2.5% a 3% futuramente, é óbvio que ninguém quer dar o esse passo sem ter concordância total dos principais partidos para que isso não seja usado como arma para perderem votos. Ainda não perceberam que neste momento o investimento na defesa é visto como algo absolutamente necessário pela grande maioria da população e que neste momento isso não acarreta perda de votos, desde a guerra, a chegada de Trump ao poder e o constante alarmismo que vê na TV no que respeita á defesa da Europa mudou completamente a visão da população em relação ao investimento na defesa.

Pela grande maioria da população? Onde?
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Subsea7

*

Fmfg

  • Membro
  • *
  • 112
  • Recebeu: 145 vez(es)
  • Enviou: 191 vez(es)
  • +33/-6
Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #498 em: Abril 13, 2025, 10:22:11 am »
Rangel pede acordo de regime para antecipar ainda mais meta de 2% do PIB em Defesa
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/rangel-pede-acordo-de-regime-para-antecipar-ainda-mais-meta-de-2-do-pib-em-defesa/?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques
A pressão cada vez é maior estão a ficar apertados, é óbvio que terá de ser antecipado a meta dos 2% para 2026 e que o mais provável é que terá de ser 2.5% a 3% futuramente, é óbvio que ninguém quer dar o esse passo sem ter concordância total dos principais partidos para que isso não seja usado como arma para perderem votos. Ainda não perceberam que neste momento o investimento na defesa é visto como algo absolutamente necessário pela grande maioria da população e que neste momento isso não acarreta perda de votos, desde a guerra, a chegada de Trump ao poder e o constante alarmismo que vê na TV no que respeita á defesa da Europa mudou completamente a visão da população em relação ao investimento na defesa.

Pela grande maioria da população? Onde?
Falo com muita gente diariamente e todos ou quase todos são favoráveis ao investimento na Defesa e ainda mais depois do Trump ser eleito.
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Duarte

*

Drecas

  • Investigador
  • *****
  • 2326
  • Recebeu: 979 vez(es)
  • Enviou: 201 vez(es)
  • +552/-221
Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #499 em: Abril 13, 2025, 12:23:25 pm »
Portugal vê proposta de novo mecanismo da UE para defesa como "início de discussão"

Ministros das Finanças da União Europeia discutem hoje o financiamento da aposta comunitária em defesa e a criação de um mecanismo europeu comum.



O Governo português vê a proposta de um novo mecanismo europeu de defesa para aquisições conjuntas e financiamento de projetos de grande escala como "um ponto de partida interessante de discussão", embora admitindo "dúvidas legítimas dos Estados-membros".

Os ministros das Finanças da União Europeia (UE) discutem hoje o financiamento da aposta comunitária em defesa e um relatório do grupo de reflexão económica Bruegel, encomendado pela presidência polaca do Conselho, que propõe a criação de um mecanismo europeu comum, semelhante ao fundo de resgate da zona euro após a anterior crise financeira, mas desta vez focado na segurança.

Falando sobre esta proposta na chegada à reunião informal do Ecofin, em Varsóvia, o ministro português da tutela, Joaquim Miranda Sarmento, apontou à Lusa que "esta proposta do Bruegel é um ponto de partida interessante de discussão".

"A Europa, nas várias crises que teve, tem tido capacidade de combinar instrumentos que já existem com novos instrumentos. [...] Tem vários aspetos em aberto, vários aspetos que geram naturalmente discussão e algum antagonismo entre Estados-membros, mas é um bom ponto de partida e por isso é que a Comissão Europeia marcou esta discussão para hoje", acrescentou.

Realizada em Varsóvia pela presidência do Conselho da UE assumida pela Polónia, a reunião informal do Ecofin -- composto pelos ministros das Finanças da União -- visa discutir como aumentar as oportunidades de investimento e financiar a defesa e segurança da Europa, num contexto de tensões geopolíticas.

Servirá também para a analisar a proposta de um novo Mecanismo Europeu de Defesa, uma instituição intergovernamental semelhante ao Mecanismo Europeu de Estabilidade que foi criado para assistência financeira, mas desta vez para criar um mercado único da indústria, financiar projetos de grande escala e incluir parceiros fora da UE (como Reino Unido).

Para Portugal, entre os pontos positivos estão "a questão do 'procurement' [compras conjuntas], a questão dos projetos de grande escala, a questão da cooperação entre os Estados-membros, a questão do financiamento que depois permitiria ir ao mercado e [...] alavancar esse financiamento em recursos superiores".

"Tem vários aspetos positivos, mas também tem outros, até mais de natureza militar, que geram dúvidas aos Estados-membros e que são dúvidas legítimas", adiantou Joaquim Miranda Sarmento à Lusa.

Vários países, com a Alemanha à cabeça, já rejeitaram esta ideia, nomeadamente por prever a participação de países de fora da UE e assentar em nova emissão de dívida comum, de acordo com fontes comunitárias ouvidas pela Lusa.

O Bruegel já veio estimar que a UE possa ter de gastar 250 mil milhões de euros por ano, o equivalente a 3,5% do seu Produto Interno Bruto (PIB), para a sua segurança face à guerra da Ucrânia causada pela invasão russa.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/portugal-ve-proposta-de-novo-mecanismo-da-ue-para-defesa-como-inicio-de-discussao-caudio


HAHAHAHAHAHAH

Somos um bando de incompetentes

Então todos os países conseguem fazer compras conjuntas há décadas mas nós precisamos da UE para isto........

Já se sabe que isto não vai mudar nada na Defesa, mas prontos o qje importa agora é "lutar" por fundos europeus para Defesa, mudar a nossa mentalidade dentro da Defesa, a forma como fazemos as coisas etc etc isso é que nem pensar
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: P44, Charlie Jaguar

*

dc

  • Investigador
  • *****
  • 9772
  • Recebeu: 4984 vez(es)
  • Enviou: 843 vez(es)
  • +5348/-1040
Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #500 em: Abril 13, 2025, 03:13:26 pm »
Nós até já participámos em programas conjuntos, e saltámos fora assim que vimos os custos.

Eu também acho que os governos que vamos tendo, vão fazer de tudo para não investir na Defesa. Mesmo que a UE e a NATO pressionem, vão arranjar forma de ir empurrando com a barriga, fazendo tudo muito devagar, na esperança que a guerra acabe e que possam voltar a imaginar o mundo das papoilas saltitantes.

Até agora, nem sequer foram capazes de elaborar um plano que defina as prioridades. Continuam com fantochadas de NAVPOLs, avionetas COIN, SMOs para ter mão de obra barata para cortar relva, e por aí em diante.
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: P44, Charlie Jaguar

*

Malagueta

  • Analista
  • ***
  • 801
  • Recebeu: 260 vez(es)
  • Enviou: 314 vez(es)
  • +165/-127
Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #501 em: Abril 15, 2025, 10:02:34 am »
https://eco.sapo.pt/2025/04/15/portugal-ataca-economia-da-defesa-com-drones-avioes-e-veiculos-anti-motim/

Portugal ataca economia da defesa com drones, aviões e veículos anti-motim

Portugal vai investir 5 mil milhões de euros na defesa e várias empresas nacionais estão a investir neste segmento. Não restam dúvidas que é "uma oportunidade" que o país não pode desperdiçar.

Num mundo conturbado, a defesa assume um papel principal e várias empresas portuguesas estão a olhar para o setor como uma “oportunidade” de negócio, sejam drones, aviões militares, veículos anti-motim, placas de proteção balística e até intercomunicadores de última geração. A Tekever, EID, Beyond Composite, Jacinto e a idD Portugal Defence não têm dúvidas que todos podem sair a ganhar numa altura que Portugal vai investir cinco mil milhões de euros na defesa até 2029.

“O setor da defesa apresenta oportunidades significativas para Portugal e para as empresas portuguesas“, assegura ao ECO, Ricardo Mendes, CEO da Tekever, referência europeia no segmento dos drones de reconhecimento. A Tekever é um exemplo de uma empresa portuguesa que desenvolveu sistemas e tecnologias avançadas de defesa, atualmente utilizados por organizações, governos e agências de segurança em todo o mundo.

O líder da empresa das Caldas da Rainha que ficou conhecida pelo seus drones serem utilizados pela força britânica na Ucrânia, assegura que “reforçar as capacidades de defesa da Europa não passa apenas por aumentar o investimento — é essencial investir com inteligência e transformar o ecossistema industrial”.

Ricardo Mendes conta que, em 2019, abraçaram os primeiros grandes projetos de vigilância à escala europeia ao começarem a operar para a Agência Europeia da Segurança Marítima (EMSA), e para o governo britânico na vigilância do Canal da Mancha. “São os dois maiores projetos de drones da Europa”, assegura.

Atualmente os drones da Tekever, que podem voar até 20 horas consecutivas, monitorizam oleodutos em África “prevenindo danos causados por terrorismo, roubo e refinarias ilegais — protegendo infraestruturas energéticas críticas”.

Munida com um novo financiamento de 70 milhões de euros angariados em novembro do ano passado, a Tekever emprega mais de 800 pessoas espalhadas entre os escritórios em Portugal, Reino Unido (onde inclusive já fabrica), França e EUA.

Dos aviões aos veículos anti-motim
Portugal apresentou o primeiro avião civil-militar numa feira no Brasil, a primeira aeronave projetada e fabricada em Portugal, que deverá realizar o primeiro voo em 2028. Batizada de LUS-222 é um bimotor de asa alta com porta de carga traseira projetado pelo Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiiA), a Força Aérea Portuguesa e a empresa Geosat.

O avião terá a capacidade de transportar 19 passageiros ou até duas toneladas de carga, podendo atuar em missões militares, missões de busca e salvamento e também na aviação comercial regional. A aeronave terá um alcance de até 2.100 quilómetros e poderá atingir velocidade de até 370 quilómetros por hora.

Localizada na Charneca da Caparica, a EID voou também até ao Brasil para apresentar na LAAD 2025, a maior feira de Defesa e Segurança da América Latina, um sistema de intercomunicadores de última geração desenvolvido a 100% in-house.

A empresa vende sistemas integrados de comunicação para o setor da defesa em países europeus e da NATO, bem como nações da América Latina, Médio Oriente, Sudeste Asiático e Austrália.

“O reforço da capacidade militar na Europa, impulsionado pelo atual contexto internacional, traduz-se numa oportunidade significativa para a empresa expandir a sua presença e estabelecer novas parcerias estratégicas”, diz ao ECO Gregory Flippes, diretor comercial da EID.

Com sede em Canelas, Vila Nova de Gaia, a Beyond Composite desenvolve produtos para o setor da defesa, nomeadamente placas de proteção balística para serem inseridos em coletes balísticos, capacetes e escudos com proteção balística para os soldados.

A empresa, que foi fundada por investigadores da Universidade do Minho e recentemente adquirida pela Sonae Capital Industrials, continua empenhada no negócio da defesa. Fernando Cunha, CEO da Beyond Composite, conta ao ECO que estão a “desenvolver e implementar uma estratégia de investigação e desenvolvimento a curto, médio e longo prazo que passará por desenvolver produtos mais leves, com melhor performance e com novas funcionalidades, tais como monitorização do impacto balístico e proteção eletromagnética”.

O líder da empresa considera que as oportunidades estão “sobretudo na Europa, mas também na América Latina”, e que surgem “através de concursos Internacionais para aquisição destes equipamento de proteção pessoal, mas também através do desenvolvimento de parcerias locais e estratégicas”.

Fundada há 71 anos pelo bombeiro voluntário Jacinto Marques de Oliveira, a Jacinto começou a produzir, na década de 80, em parceria com a Salvador Caetano, veículos de combate a incêndio, até que no final de 2016 começaram a olhar para a defesa com outros olhos. Iniciaram o percurso na defesa com a produção de um veículo anti-motim para a GNR, um contentor para o exército português e no final do ano passado cinco veículos anti-motim para a República Dominicana.



A empresa de Esmoriz, que emprega 170 pessoas e fatura 50 milhões de euros, quer estar na linha da frente da defesa e lançou oficialmente esta semana uma linha de produtos direcionados à defesa e segurança nas áreas militares e polícia

“Esperamos que esta aposta possa alavancar a entrada de uma empresa portuguesa na produção de veículos de defesa militar que muito elevaria esta indústria em Portugal”, diz ao ECO o diretor-geral, Jacinto Reis, que pertence à quarta geração da família.

A Jacinto está neste momento a disputar um concurso de 200 milhões para produzir 800 veículos para o exército argentino.

Portugal vai investir cinco mil milhões na defesa
Na abertura do Land Defence Industry Day, que decorreu esta semana no Quartel da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, o primeiro-ministro insistiu no investimento em defesa, classificando-a como uma “prioridade”, numa altura que Portugal é o quinto país da UE que menos gasta do PIB para defesa. Consciente desta lacuna, Luís Montenegro, anunciou na quinta-feira que o Governo vai “antecipar a meta de 2% do PIB de investimento em Defesa que estava previsto até 2029″, através de um “amplo consenso político”, e “sem por em causa o Estado social e estabilidade das contas públicas”.

Sem se comprometer com prazos, o chefe do Executivo afirmou apenas que o objetivo é contribuir “para o dinamismo da indústria nacional, potenciando a capacidade exportadora”, “investir em “drones de última geração” e nos setores aeronáutico e marítimo.

Ricardo Pinheiro Alves, presidente da idD Portugal Defence, antecipa que “considerando os 2%, Portugal vai investir na defesa cinco mil milhões de euros, entre 2025 e 2029, em equipamentos e outros investimentos”, diz o líder idD Portugal Defence. “É uma oportunidade ótima para as empresas portuguesas e mesmas as próprias organizações, como a NATO ou a UE, vão investir mais”, afiança Ricardo Pinheiro Alves.

Do calçado à mecânica de precisão todos podem sair a ganhar
Luís Montenegro considera que a “indústria portuguesa pode reconfigurar-se para produzir equipamentos de defesa”, destacando que “Portugal tem excelentes condições para albergar investimentos na área da defesa”. O presidente da idD Portugal Defence corrobora a ideia do primeiro-ministro em gestão e destaca que “Portugal está bem posicionado para aproveitar as oportunidades na defesa” e que “há todas as razões para as perspetivas serem otimistas”.

O porta-voz da idD Portugal Defence não tem dúvidas que a defesa poderá ser uma oportunidade para setores como o “agroalimentar, que pode fornecer rações de combate, ou o têxtil e calçado, sem esquecer a mecânica de precisão, que podem fornecer peças únicas de engenharia”. “São áreas em que Portugal é muito forte, como os materiais compósitos, coletes de proteção, IA nos drones aéreos ou navais, entre outros”, salienta Pinheiro Alves, que nota que “há mais empresas com interesse no setor e a recolher informação”.

“Temos vindo a visitar empresas que não trabalham com a defesa, como as empresas que fornecem o setor automóvel e têm capacidade para fornecer o exército com blindados — Tudo que é a parte mecânica os portugueses conseguem fazer”, conclui o líder da entidade promotora de políticas públicas para a Economia da Defesa.

“A indústria da defesa passou a ser uma prioridade“, conclui o presidente da idD Portugal Defence,
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: PTWolf

*

Anthropos

  • Perito
  • **
  • 371
  • Recebeu: 585 vez(es)
  • Enviou: 127 vez(es)
  • +216/-21
Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #502 em: Abril 15, 2025, 03:19:19 pm »
Só um à parte - esse "contentor" que foi fornecido ao Exército, e que não foi só um, bem que devia ter ido para trás pela quantidade de defeitos, anomalias e detalhes que não cumpriam o caderno de encargos.

Mas, naturalmente, à boa maneira da tropa, foi "impingido" pelo CmdLog ao utilizador, que não o queria receber (e com razão). No entanto, com as palavras "ou recebem isto, ou não recebem nada", resolveu-se  ::)
 

*

dc

  • Investigador
  • *****
  • 9772
  • Recebeu: 4984 vez(es)
  • Enviou: 843 vez(es)
  • +5348/-1040
Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #503 em: Abril 15, 2025, 05:59:14 pm »
O contentor refere-se ao quê concretamente?  É um contentor de missão específico?


Aquilo que estou a ver com base no artigo, é que se está a criar uma narrativa/expectativa de que Portugal pode gastar 5000M em reequipamento até 2029, e que este dinheiro será totalmente ou em grande parte gasto com produtos nacionais.

As prioridades de aquisições das FA centram-se em equipamentos que não são produzidos em Portugal, como armamento para caças e navios, defesas aéreas das várias camadas, etc, mas já estou a ver que o que vai acontecer é o país gastar quase todo aquele dinheiro em produtos "nacionais" sem qualquer critério, e no fim as FA continuam com as lacunas graves que hoje conhecemos.

Vai ser preciso seriedade na tomada de decisão, adquirindo os produtos nacionais que fazem falta para as FA, e produtos estrangeiros que são realmente necessários, tentando aí sim trazer para Portugal alguma coisa associada aos produtos escolhidos, como a construção de fragatas, produção de determinadas munições, fabrico do blindado escolhido para a BrigMec, etc.
 

*

Duarte

  • Investigador
  • *****
  • 3260
  • Recebeu: 432 vez(es)
  • Enviou: 1633 vez(es)
  • +2497/-1065
Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #504 em: Abril 15, 2025, 09:34:44 pm »
O contentor refere-se ao quê concretamente?  É um contentor de missão específico?

https://jacintodefense.com/pt/
слава Україна!
“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"
The Only Good Fascist Is a Dead Fascist
Trump é o novo Neville Chamberlain, mas com o intelecto de quem não conseguiu completar a 4a classe.
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: dc

*

Drecas

  • Investigador
  • *****
  • 2326
  • Recebeu: 979 vez(es)
  • Enviou: 201 vez(es)
  • +552/-221
Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #505 em: Abril 15, 2025, 10:31:26 pm »
O AI slop como imagem do Tudor.....epa, não dá grande presságio

Vamos ver quão longe conseguem ir
 

*

dc

  • Investigador
  • *****
  • 9772
  • Recebeu: 4984 vez(es)
  • Enviou: 843 vez(es)
  • +5348/-1040
Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #506 em: Abril 16, 2025, 12:55:44 am »
Também reparei nessa imagem.  :mrgreen:

O desafio vai ser as coisas passarem de marketing, para produtos realmente de qualidade para ter encomendas internas e externas.
 

*

Charlie Jaguar

  • Investigador
  • *****
  • 6738
  • Recebeu: 7393 vez(es)
  • Enviou: 5014 vez(es)
  • +10179/-2917
Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #507 em: Abril 24, 2025, 09:35:40 am »
Citar
“Escândalo” ou “entendimento”? Isenção para investir em defesa divide partidos

Governo e PS acordaram pedir à Comissão Europeia um escape para poder aumentar despesas em Defesa. E apesar de se falar numa “solução”, PCP, BE e PAN criticam a medida.

Rui Miguel Godinho
Publicado a: 23 Abr 2025, 23:21

https://www.dn.pt/pol%C3%ADtica/esc%C3%A2ndalo-ou-entendimento-isen%C3%A7%C3%A3o-para-investir-em-defesa-divide-partidos
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

*

Charlie Jaguar

  • Investigador
  • *****
  • 6738
  • Recebeu: 7393 vez(es)
  • Enviou: 5014 vez(es)
  • +10179/-2917
Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #508 em: Abril 29, 2025, 03:37:56 pm »
Citar
Portugal já sinalizou que vai activar a cláusula de escape nacional para gastar mais na defesa

Para já, ainda só a Alemanha formalizou o pedido para utilizar este mecanismo excepcional para aumentar a despesa militar até 1,5% do PIB. Prazo termina no fim do mês.

O Governo já formalizou junto do comité Económico e Financeiro do Conselho da União Europeia a intenção de activar a cláusula de escape nacional para aumentar o investimento no sector da defesa até 1,5% do produto interno bruto (PIB) sem comprometer o cumprimento das regras de disciplina orçamental do Pacto de Estabilidade e Crescimento, conforme pediu o executivo comunitário.

https://www.publico.pt/2025/04/29/economia/noticia/portugal-ja-sinalizou-vai-activar-clausula-escape-nacional-gastar-defesa-2131207
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)