Com a vitória de TRUMP, muito certamente ele irá exigir gastar 2% ou 3% do PIB em defesa não em 2030, mas em 2025, para os países se possam manter na NATO.
Neste sentido pergunto, que futuro terá Portugal na NATO, se não a sua expulsão?
Na minha opinião o estado irá manter a sua política de subsídio dependência relativamente a Bruxelas. Logo o melhor será o governo focar-se em converter as forças armadas numa espécie de Irlanda ou entregar partes da defesa a Espanha, para com isto ter alguma proteção da NATO.
Quando a NATO foi criada, considerou-se desde o inicio a adesão de Portugal. Mas havia o problema do regime. A NATO era constituida por democracias e Portugal era a excepção. Claramente um regime autocrático onde o nível de democracia era reduzido.
(Nessa altura o Salazar fez tudo para mostrar uma ideia diferente do país em termos internacionais, vem daí a primeira eleição direta do presidente da república pelo voto popular - com mais de um candidato - com a eleição em que participou o Norton de Matos)
Numa comissão do senado americano, a participação de Portugal foi questionada, sendo um general perguntado sobre a legitimidade da adesão portuguesa, dada a falta de democracia.
O general terá respondido que, não sabia qual era a qualidade da democracia em Portugal, mas que "os portugueses têm os Açores e isso é um argumento definitivo".
O problema do Trump não é expulsar países da aliança, mas sim retirar os Estados Unidos da estrutura militar da NATO.
Há quem tema que o regime oligarquico americano, tente manter-se dentro da NATO apenas para tornar a aliança inutil, deitando areia nas engrenagens, para assim facilicar a vida ao Putin.
Portugal nunca será expulso da NATO, pela mesma razão que levou à sua entrada como estado fundador.
Os Açores são demasiado importantes.
Não já da mesma forma que foram, como uma pista de pouso para aviões de transporte, mas como uma base.
A oligarquia americana pode até nem querer saber da NATO para coisa nenhuma, mas os ingleses, os franceses e os espanhóis sabem perfeitamente o que se pode fazer com bases que funcionam como uma defesa avançada da Europa no mar.
Com o advento dos drones de longo alcance, os Açores assumem uma importância que provavelmente ainda não estamos em condições de entender, porque não sabemos que novas armas autónomas vêm por aí.
E por muito autónomas que as armas sejam, uma base inafundavel no Atlantico oriental, é algo que ninguém deixará de cobiçar.