'When the debate is lost, slander becomes the tool of the loser.'
Concordo, daí alguns membros sentirem a necessidade de fazer falsas generalizações, e mandar boquinhas em inúmeros tópicos, demonstrando um claro propósito não de debater ou partilhar ideias, mas de criar instabilidade.
Enganei-me queria dizer Beyond Vision em vez Tekever.
Em relação a Embraer (ou qualquer outra empresa, ou qualquer outro negócios de defesa mundial) o que sabemos nós do negocio para dizer seja o que for? Sabemos o valor total, sabemos o numero de aviões, que há 1 simulador e que acho (não tenho a certeza) está incluída a manutenção por 10/12 anos. Não sabemos mais detalhes do negocio, não sei se existe alguém aqui no forum que já tenha vendido ou negociado um contrato deste tipo mas mesmo que exista com a escassa informação que existe é difícil saber com exatidão se o preço é barato ou não, tudo o que dizemos é especulação e perceção pessoal que pode estar próxima da realidade como muito longe da mesma.
Em relação aos negócios com Embraer, essa conversa já existiu com a Leonardo na compra do Koalas, provavelmente vai haver alguém a reclamar sobre a Damen (quando ganharem provavelmente também o concurso do NPC),... novamente sabemos muito pouco do negocio do ST e estamos a especular muito novamente, ninguém ainda sabe os valores do negocio nem os moldes, não se sabe quantos aviões nem se sabe ainda se vai haver concurso ou ajuste direto, mas todos já tem opinião formada (boa ou má)
O que acho mais estranho é andarem a adjetivar certas pessoas aqui do fórum que tem opiniões diferentes (erradas ou certas) insinuando que essas pessoas andam aqui no Fórum para vender os produtos da Embraer (ou outra qualquer empresa) como se o Fórum fosse algum centro de decisão com peso na escolha dos programas militares da FAs e como tal precisa de ser convencido/amaciado.
É igual, Beyond Vision, Tekever, ou o que seja. Mas essas críticas só acontecem, se algo de estranho se passar. A diferença é entre tentar generalizar como foi feito, outra é apontar que alguém específico.
No caso do KC, tudo muito bem, até à Embraer elevar o preço pela calada.
https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/industria/detalhe/estado-portugues-admite-abandonar-projeto-dos-kc-390-caso-embraer-nao-baixe-o-preco--a Embraer "está a pedir muito mais do que razoavelmente se esperaria".
No fim, o contrato original, contemplava aeronaves cerca de 30% mais baratas, e mais não sei quantos anos de manutenção (não me recordo se eram 15 ou 20), que foram reduzidos, para compensar o aumento de preço dos KC-390. Num país normal, ou num negócio com qualquer outra empresa, teria sido cancelado o negócio, ou reduzia-se a encomenda.
Nós sabemos os valores do contrato, que contemplam as 5 aeronaves + 1 simulador, por 606M. Esta verba nem sequer conta com sistemas de protecção da aeronave, contabilizados à parte. Não é difícil fazer as contas, se 1 simulador custasse o mesmo que 1 avião, cada aeronave custaria 101M de euros (algo acima dos estimados 80-90M), mas como o simulador é forçosamente mais barato, mesmo que custe uns exagerados 56M, isto deixa-nos as 5 aeronaves com custos unitários na ordem dos 110M.
Qual a razão da aeronave ter um preço 20-30M (ou mais) acima do espectável? Nunca se soube. Qual seria o preço que a Embraer, amiga dos portugueses, estava a pedir pelas aeronaves antes das negociações? Se calhar é melhor nem perguntar.
O facto de a aeronave ter ficado consideravelmente mais cara, e ainda se equacionar comprar uma 6ª unidade, mais absurdo e questionável se torna.
Já os ST, é mais que óbvio que não vai haver concurso. Um concurso implicava esperar X tempo para receber propostas, e depois mais Y tempo para avaliar (e testar) os produtos apresentados. No entanto o próprio MDN já mencionou que está a ser tratada a assinatura, e especificou o ST.
Não se sabe o valor exacto (surgindo vários números aqui e ali), mas sabe-se que serão caros, basta ver os preços aplicados pela Embraer aos outros clientes do ST, sendo que os nossos, com uma versão adaptada NATO e com a possível abertura de uma linha de montagem, serão forçosamente ainda mais caros. Sendo um ajuste directo, a Embraer faz o preço que lhe apetece, como aconteceu com o KC-390.
Fora todos os riscos já mencionados da compra deste tipo de aeronave para FAP, e para funções de combate.
Gostava mesmo de saber como funciona o lucro de uma empresa como a Embraer quando tem de suportar coisas obscuras com dois governos, e tem de pagar aos dois, ou íamos rapidamente ouvir falar no caso.
Em Beja disseram- me que o KC-390 tinha 2/3 de participação Portuguesa no desenho ( achei demais), a ser verdade é relevante para o nosso país. Se houver igual participação no desenvolvimento do N, é uma mais valia para a ciência e engenharia portuguesa. Digo eu.
O problema é achar que para corromper algum político ou militar português, é preciso largar milhões. Com 100k e já dá. Nem precisa de haver corrupção directamente, se a Embraer fizer uma de "ou compram STs, ou fechamos a fábrica do KC", e lá vamos nós ser forçados a comprar o dito meio.
Obviamente que os 2/3 é estupidamente exagerado. Muitos brasileiros dizem abertamente (e inclusive aqui no FD) que não precisavam de Portugal para nada para desenvolver o avião.
A participação no suposto A-29N será minúscula, até porque o avião já existe, e voa há muito tempo, e no máximo será com integração de alguns sistemas nacionais, de resto será a integração de sistemas NATO. O nível de participação será no máximo de 5%, ou menos, pois não temos assim tanta coisa para espetar numa aeronave a hélice, pequena e monomotor, que é suposto ser simples e compacta.
Isto torna-se ainda mais questionável, quando comparamos com outros programas aeronáuticos que poderiam avançar ao invés do ST, e que teriam mais mercado, e uma participação portuguesa muito maior, como o caso de um UCAV pequeno/médio.
Obviamente que não seria de todo interessante, ou relevante, ter uma joint-venture de várias empresas portuguesas (inclusive a Tekever, UAVision e BeyondVision, mas não só), para desenvolver um UCAV na classe do Bayraktar TB2, ou na classe acima. É preferível o Portugal dos pequeninos ficar contente com alguma integração de sistemas no ST.