O pessoal é como os peixes dourados de aquário, têm uma memória limitada, por isso cada vez que dão a volta ao aquário descobrem um mundo inteiramente novo. Como é óbvio, do ponto de vista técnico e político, o mais simples seria manter os F-16 a funcionar até caírem, com manutenção mínima. Se eventualmente, os políticos chegarem à conclusão que vão ter que os substituir, e a ser verdade que as células estão demasiado desgastadas para serem modernizadas, nem que seja para um padrão Viper Lite, então provavelmente seria mais barato comprar células usadas em bom estado, por exemplo as da UAE que o dc referiu várias vezes. Agora a parte do peixinho dourado: já foi aqui dito várias vezes por quem está no meio, e é óbvio por tudo o que sai na Comunicação Social, que há uma aposta em eliminar, ou pelo menos reduzir, a dependência dos EUA. Partindo desse pressuposto, o pessoal aqui achar que devíamos era modernizar os F-16 ou substituí-los por células em melhor estado é um non-starter, não sei porque é que continuam a insistir nisso. Há uma DECISÃO POLÍTICA de reduzir a dependência dos EUA, ponto final parágrafo.
Aceitando essa verdade, quer queiram, quer não, resta saber o que fazer para substituir os F-16. A FAP quer, e muito bem, o F-35, porque é o único avião 5G e standard NATO, mas tem dois problemas: é caro de operar e é americano, pelo que estão pensar optar por uma solução meio termo, adquirindo uma esquadra de F-35 para as necessidades operacionais mínimas e outra de eurocanards usados para fazer número, mandar uma mensagem política e, eventualmente, facilitar a entrada num projeto 6G, mesmo que como parceiro menoríssimo. Não será a opção ideal financeira ou tecnicamente falando (isso pode ser discutido), mas politicamente faz sentido, e da última vez que fui verificar, em Democracia (desculpa o uso da palavra D, mayo… sei que não gostas), as Forças Armadas ainda são subordinadas ao poder político.