Friamente? Como não acredito em milagres orçamentais até os ver, a minha prioridade seriam 3 fragatas e 1 submarino para a Marinha; para a nossa aviação de caça seria os F-16 para V; tendo que vir "já" os F-35A (pelos vistos a única hipótese e, pior, acompanhados por outro modelo 4.5+) seria um numero mínimo para uma esquadrilha (julgo que li aqui 12, logo 14 para ter "reserva").
As principais prioridades de de equipamento das FA portuguesas, até pela nossa posição geográfica e o nosso papel no seio da NATO são:
1. Renovação da frota de combate de superfície e reforço da submarina.
2. Substituição da aviação de caça.
3. Patrulha marítima.
A patrulha marítima está mais ou menos garantida até 2040 por via dos NPO3S e do reforço do número e atualização dos P-3… as outras duas ou estão obsoletas, ou para lá caminham. Os primeiro 10 Bi que apareçam deviam ser para isto, esqueçam o resto todo, incluindo Exército e defesa AA do continente. Todas estas capacidades são são importantes, mas secundarias relativamente a estas três prioridades absolutas. Não substituir a capacidade de combate aéreo atual por uma atual seria um remendo erro… manter uma frota de 4a geração ou transitar para uma de apenas 4.5a geração são erros terríveis. Não devia ser nem motivo de discussão.
Atenção que uma modernização de parte da frota F-16, ou em última instância a totalidade desta, é uma solução barata que permite adiar a decisão da compra de um novo caça, abrindo caminho para que se invista também no resto.
Não existe nem de perto nem de longe tanta urgência em substituir os F-16 como existe em resolver outros problemas. Não é benéfico para a discussão nem para a tomada de decisão, fingir que F-16V com o devido armamento valem zero.
A haver verba para comprar um lote de F-35 mais um conjunto de armamento, sem penalizar outros programas, porreiro. Se esta compra impedir por exemplo a compra de defesas aéreas, já é de torcer o nariz.
De notar que, essas 3 prioridades mencionadas, têm um gigantesco ponto fraco, em que um ataque com mísseis de cruzeiro, balisticos e/ou drones kamikaze (principalmente se se concentrar em Beja, Alfeite e Monte Real), pode anular por completo todo este investimento. No mínimo dos mínimos, é preciso ter baterias MRAD e sistemas VSHORAD/C-UAS modernos para lidar com mísseis de cruzeiro e drones.
A questão que tem que ser colocada, remete-se à maneira como se pode planear e calendarizar as diversas necessidades de aquisição, sem prejudicar nenhum programa essencial.
É possível fazer isso? É, mas é preciso não ter a tusa do mijo.
Relativamente a um lote de eurocanards, essa ideia devia ser prontamente encostada. Uma coisa é adquirir 20 F-35, outra é adquirí-los e em cima deles comprar outro lote de outro caça caro só para tentar agradar a todos.