F-35A Lightning II na FAP

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JohnM

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2805 em: Maio 01, 2025, 06:05:07 pm »
Independente de quando a despesa é realmente feita o certo é que o investimento em 20 F-35A nos próximos 15 anos vai impedir esse valor de ser investido em outros sistemas e/ou treino/actividade operacional; se aos F-35A juntarmos outro modelo (que não o F-16MLU PA i => F-16"V") pior... por isso venham 14 F-35A "para inglês ver" - estou a exagerar, vai ser útil para nos mantermos a par com as outras forças NATO, destacamentos NATO e o "orgulho" da FrAPt  ;) - arranjem forma de manter os F-16 e os recursos poupados serão investidos em outras coisas.
Então o cenário preferencial é que não se gaste dinheiro em substituição da aviação de caça? Porque qualquer avião novo vai custar um balúrdio… É preciso mesmo apontar o quão ridícula essa opção seria? É com mentalidades dessas que nunca se vai a lado nenhum… parabéns
 

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LM

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2806 em: Maio 01, 2025, 06:10:10 pm »
Friamente? Como não acredito em milagres orçamentais até os ver, a minha prioridade seriam 3 fragatas e 1 submarino para a Marinha; para a nossa aviação de caça seria os F-16 para V; tendo que vir "já" os F-35A (pelos vistos a única hipótese e, pior, acompanhados por outro modelo 4.5+) seria um numero mínimo para uma esquadrilha (julgo que li aqui 12, logo 14 para ter "reserva").
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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JohnM

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2807 em: Maio 01, 2025, 06:16:05 pm »
Friamente? Como não acredito em milagres orçamentais até os ver, a minha prioridade seriam 3 fragatas e 1 submarino para a Marinha; para a nossa aviação de caça seria os F-16 para V; tendo que vir "já" os F-35A (pelos vistos a única hipótese e, pior, acompanhados por outro modelo 4.5+) seria um numero mínimo para uma esquadrilha (julgo que li aqui 12, logo 14 para ter "reserva").
As principais prioridades de de equipamento das FA portuguesas, até pela nossa posição geográfica e o nosso papel no seio da NATO são:

1. Renovação da frota de combate de superfície e reforço da submarina.

2. Substituição da aviação de caça.

3. Patrulha marítima.

A patrulha marítima está mais ou menos garantida até 2040 por via dos NPO3S e do reforço do número e atualização dos P-3… as outras duas ou estão obsoletas, ou para lá caminham. Os primeiro 10 Bi que apareçam deviam ser para isto, esqueçam o resto todo, incluindo Exército e defesa AA do continente. Todas estas capacidades são são importantes, mas secundarias relativamente a estas três prioridades absolutas. Não substituir a capacidade de combate aéreo atual por uma atual seria um remendo erro… manter uma frota de 4a geração ou transitar para uma de apenas 4.5a geração são erros terríveis. Não devia ser nem motivo de discussão.
« Última modificação: Maio 01, 2025, 06:23:39 pm por JohnM »
 
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LightningBolt

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2808 em: Maio 01, 2025, 06:53:01 pm »
Fala-se em Alfragide que a Lockheed Martin irá apresentar uma proposta formal assim que o próximo Governo esteja em plenitude de funções, e que deverá/poderá contemplar entre "14 a 20 F-35A Block 4".

Confirmo, tendencialmente 20 F-35A Lightning II, Block4, adicionando ao pacote, AIM-120, AIM-9X, SDB II, SB, GBU-39, EGBU-12, GBU-54 e JASSM.
Cps

Subsea talk to me  :mrgreen: explica aqui ao teu colega de fórum, é bom pacote? a ser uma realidade ficamos bem apetrechados por assim dizer? E outra questão... a ser adquiridos serão novinhos em folha? e última pergunta que pode parecer meio saída da caixa... a pintura do F-35A que está interligada à capacidade Stealth do avião e que é específica e que deverá ser por camadas, isso implica que todos terão a mesma cor independentemente da nação que os adquira, ou poderá ter a nossa cor padrão FAP, aquele cinza. Obrigado. Se puderes responder às 3 perguntas seria excelente. Ab
 

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dc

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2809 em: Maio 01, 2025, 11:37:14 pm »
Friamente? Como não acredito em milagres orçamentais até os ver, a minha prioridade seriam 3 fragatas e 1 submarino para a Marinha; para a nossa aviação de caça seria os F-16 para V; tendo que vir "já" os F-35A (pelos vistos a única hipótese e, pior, acompanhados por outro modelo 4.5+) seria um numero mínimo para uma esquadrilha (julgo que li aqui 12, logo 14 para ter "reserva").
As principais prioridades de de equipamento das FA portuguesas, até pela nossa posição geográfica e o nosso papel no seio da NATO são:

1. Renovação da frota de combate de superfície e reforço da submarina.

2. Substituição da aviação de caça.

3. Patrulha marítima.

A patrulha marítima está mais ou menos garantida até 2040 por via dos NPO3S e do reforço do número e atualização dos P-3… as outras duas ou estão obsoletas, ou para lá caminham. Os primeiro 10 Bi que apareçam deviam ser para isto, esqueçam o resto todo, incluindo Exército e defesa AA do continente. Todas estas capacidades são são importantes, mas secundarias relativamente a estas três prioridades absolutas. Não substituir a capacidade de combate aéreo atual por uma atual seria um remendo erro… manter uma frota de 4a geração ou transitar para uma de apenas 4.5a geração são erros terríveis. Não devia ser nem motivo de discussão.

Atenção que uma modernização de parte da frota F-16, ou em última instância a totalidade desta, é uma solução barata que permite adiar a decisão da compra de um novo caça, abrindo caminho para que se invista também no resto.

Não existe nem de perto nem de longe tanta urgência em substituir os F-16 como existe em resolver outros problemas. Não é benéfico para a discussão nem para a tomada de decisão, fingir que F-16V com o devido armamento valem zero.

A haver verba para comprar um lote de F-35 mais um conjunto de armamento, sem penalizar outros programas, porreiro. Se esta compra impedir por exemplo a compra de defesas aéreas, já é de torcer o nariz.

De notar que, essas 3 prioridades mencionadas, têm um gigantesco ponto fraco, em que um ataque com mísseis de cruzeiro, balisticos e/ou drones kamikaze (principalmente se se concentrar em Beja, Alfeite e Monte Real), pode anular por completo todo este investimento. No mínimo dos mínimos, é preciso ter baterias MRAD e sistemas VSHORAD/C-UAS modernos para lidar com mísseis de cruzeiro e drones.

A questão que tem que ser colocada, remete-se à maneira como se pode planear e calendarizar as diversas necessidades de aquisição, sem prejudicar nenhum programa essencial.

É possível fazer isso? É, mas é preciso não ter a tusa do mijo.

Relativamente a um lote de eurocanards, essa ideia devia ser prontamente encostada. Uma coisa é adquirir 20 F-35, outra é adquirí-los e em cima deles comprar outro lote de outro caça caro só para tentar agradar a todos.
 
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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2810 em: Maio 01, 2025, 11:51:41 pm »
Friamente? Como não acredito em milagres orçamentais até os ver, a minha prioridade seriam 3 fragatas e 1 submarino para a Marinha; para a nossa aviação de caça seria os F-16 para V; tendo que vir "já" os F-35A (pelos vistos a única hipótese e, pior, acompanhados por outro modelo 4.5+) seria um numero mínimo para uma esquadrilha (julgo que li aqui 12, logo 14 para ter "reserva").
As principais prioridades de de equipamento das FA portuguesas, até pela nossa posição geográfica e o nosso papel no seio da NATO são:

1. Renovação da frota de combate de superfície e reforço da submarina.

2. Substituição da aviação de caça.

3. Patrulha marítima.

A patrulha marítima está mais ou menos garantida até 2040 por via dos NPO3S e do reforço do número e atualização dos P-3… as outras duas ou estão obsoletas, ou para lá caminham. Os primeiro 10 Bi que apareçam deviam ser para isto, esqueçam o resto todo, incluindo Exército e defesa AA do continente. Todas estas capacidades são são importantes, mas secundarias relativamente a estas três prioridades absolutas. Não substituir a capacidade de combate aéreo atual por uma atual seria um remendo erro… manter uma frota de 4a geração ou transitar para uma de apenas 4.5a geração são erros terríveis. Não devia ser nem motivo de discussão.

Atenção que uma modernização de parte da frota F-16, ou em última instância a totalidade desta, é uma solução barata que permite adiar a decisão da compra de um novo caça, abrindo caminho para que se invista também no resto.

Não existe nem de perto nem de longe tanta urgência em substituir os F-16 como existe em resolver outros problemas. Não é benéfico para a discussão nem para a tomada de decisão, fingir que F-16V com o devido armamento valem zero.

A haver verba para comprar um lote de F-35 mais um conjunto de armamento, sem penalizar outros programas, porreiro. Se esta compra impedir por exemplo a compra de defesas aéreas, já é de torcer o nariz.

De notar que, essas 3 prioridades mencionadas, têm um gigantesco ponto fraco, em que um ataque com mísseis de cruzeiro, balisticos e/ou drones kamikaze (principalmente se se concentrar em Beja, Alfeite e Monte Real), pode anular por completo todo este investimento. No mínimo dos mínimos, é preciso ter baterias MRAD e sistemas VSHORAD/C-UAS modernos para lidar com mísseis de cruzeiro e drones.

A questão que tem que ser colocada, remete-se à maneira como se pode planear e calendarizar as diversas necessidades de aquisição, sem prejudicar nenhum programa essencial.

É possível fazer isso? É, mas é preciso não ter a tusa do mijo.

Relativamente a um lote de eurocanards, essa ideia devia ser prontamente encostada. Uma coisa é adquirir 20 F-35, outra é adquirí-los e em cima deles comprar outro lote de outro caça caro só para tentar agradar a todos.
Concordo, mas do meu ponto de vista essas defesas aéreas fazem parte da proteção da capacidade estratégica portuguesa, i.e., frotas naval e de caça… já se me começarem a falar em Patriots, Arrow 3 e outros sistemas que Gaia, lamento, mas não concordo…
 

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Drecas

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2811 em: Hoje às 12:06:00 am »
Arrow 3 seria uma compra pior que uma fábrica de Gripen E em Monte-Real  :mrgreen:
 

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dc

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2812 em: Hoje às 02:32:04 pm »
Concordo, mas do meu ponto de vista essas defesas aéreas fazem parte da proteção da capacidade estratégica portuguesa, i.e., frotas naval e de caça… já se me começarem a falar em Patriots, Arrow 3 e outros sistemas que Gaia, lamento, mas não concordo…

A questão é que mesmo que só invistas em C-UAS, VSHORAD e MRAD, a verba necessária continua a ser bastante elevada, para mais um programa prioritário.

Tudo bem que Patriot ou SAMP/T e Arrow 3 são irrealistas, a não ser que o consórcio ESSI permita descontos enormes. Mas pelo menos 3 baterias IRIS-T SLM (idealmente 5 ou 6) precisas, além de que precisas de investir na capacidade VSHORAD das 3 brigadas, se a intenção for manter a actual organização do EP. Uma brigada que fique sem VSHORAD, tem praticamente zero valor militar, tornando-se um desperdício de recursos manter activa. Por isso é preciso um planeamento como deve ser.

Eu até dou de barato que a capacidade AA de longo alcance e BMD, pudesse ficar a cargo das futuras fragatas. E que o dinheiro que poupasses ao não adquirir baterias AA de longo alcance, fosse alocado para um par de MRTT e/ou 3 AWACS.

Mas isto tem que estar sempre incluído num plano, não é para decidir em cima do joelho.