Boa noite,
Como já vos tinha dito, os bonecos continuam a romantizar a Embraer.
Os loucos já falam em 12 aviões para instrução e 10 para CAS, sendo a base de operação Monte Real.

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Ora bem, sejam todos muito bem-vindos a mais uma edição da Rumor Zone, a sua rubrica de rumores ocasional.

Num encontro este fim-de-semana de malta ligada aos aviões, falou-se de tudo um pouco, mas principalmente de gajas... e aviões, claro. E nesse encontro informal estiveram presentes muitos figurões da FAP, incluindo pelo menos 2 ex-CEMFA (que me tenha apercebido). E, como não podia deixar de ser, falou-se da FAP, da FAP atual e da FAP do futuro. Fora os problemas já conhecidos de todos e que teimam em se perpetuar (falta de efetivos, contínuo desinvestimento, desencanto crescente pela vida militar, etc), também foram obviamente abordadas as questões de reequipamento do ramo. E assim sendo, e já que estamos na Rumor Zone, aqui fica um resumo do muito que foi falado:
1º - Super Tucano. O ST é uma certeza, não há volta a dar, e tal como apontou o Subsea7, o número a adquirir será muito possivelmente mais perto das 2 dúzias de aparelhos do que apenas uma. 10 a 12 aeronaves destinar-se-iam à Esq. 103 "Caracóis" para instrução avançada sediados em Beja, e outras 10 a 12 para a Esq. 301 "Jaguares" em Monte Real. No Beja Air Show vários foram os militares que indagaram os representantes da Embraer lá presentes a este respeito, e estes últimos foram taxativos ao afirmar que o construtor brasileiro conta vender mais do que 12 unidades à FAP. A confirmar-se, vai ser engraçado ver os Jaguares no Tiger Meet entre F-35, Rafale, Typhoon e Gripen, sem falar nos exercícios internacionais a doer.

2º - F-16. Se a 301 transitar para o Super Tucano, a Esq. 201 "Falcões" ficará encarregue de operar os 19 F-16AM/BM Peace Atlantis I (PA I), sendo os Peace Atlantis II (PA II) - incluindo os 3 monolugares em modernização na OGMA - cedidos à Ucrânia. Os PA I serão alvo de um upgrade nos moldes daquilo a que já aqui temos falado, ou seja, novo radar AESA SABR, armamento mais moderno e com capacidade stand-off, novo pod designador de alvos e talvez novo pod ECM.
3º - F-35A. Caso Portugal ceda os PA II para a Força Aérea Ucraniana, os Estados Unidos estarão dispostos a ceder-nos entre 12 a 16 "low hour" F-35A Block 3i ou Block 3F em segunda-mão, e com um preço mais acessível por força do Acordo das Lajes. A Esquadra deverá ser uma 3xx, e existem dúvidas se ficaria porventura em Monte Real ou seria colocada em Ovar.
4º - P-3C. Como uma certa forma de contrapartida pelo preço mais baixo dos F-35A, Portugal comprometer-se-ia perante os Estados Unidos a sediar em permanência uma Esquadra de Orion na BA4, muito provavelmente os 2 CUP II ex-Marinha Germânica (que deverão ser os últimos a ser entregues no final do ano que vem) para patrulhamento marítimo e busca e salvamento. Deverão também ser esses 2 (nºs de cauda 24812 e 24813) a ser utilizados operacionalmente pela FAP, sendo os restantes utilizados como "vacas" para sustentação da frota até 2040.
5º - Helis. Grande confusão a este respeito, com muitas informações cruzadas. A FAP aparentemente estará a tentar que os helicópteros de evacuação voltem a ficar a seu cargo, e não responsabilidade do Exército, como era a intenção da anterior MDN e até ver do atual. A compra de mais 3 UH-60A para a função de combate a incêndios não é de todo líquida, o que me surpreendeu, e caso tenha de assumir a função de evacuação médica em vez do INEM, a FAP irá exigir mais meios. O plano de modernização da frota EH-101 já se encontra elaborado, porém como o seu custo rondará os 400 a 500M€ (isto porque a FAP alegadamente gostaria também de trocar os motores Turbomeca pelos General Electric CT7), poderá ir para as calendas gregas, ou seja, pura e simplesmente continuar tudo como está hoje.
6º - C-130. Após a receção do 5º KC-390, poderão ser colocados à venda pós-modernização de toda a frota, e a Esq. 501 "Bisontes" ser dotada de 3 A400M excedentários provenientes da encomenda espanhola ou germânica.
7º - Por incrível que pareça, não há planos para comprar mais aeronaves DHC-515, não de imediato pelo menos. Deverão ser 2 e apenas 2 durante uns bons anos, o que já de si é um verdadeiro milagre, mas que por força de acidente, avaria, manutenção ou obrigação de ajuda a outras nações que compõem o mecanismo rescEU da União Europeia, poderão significar 0.
E pronto, para já é tudo. Muito do que aqui está não constitui propriamente novidade visto ter sido adiantado em várias ocasiões pelo Subsea7, no entanto não quis deixar de partilhar o que se ouve agora por aí.
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