Caríssimos, junto-me agora ao forum após certamente mais de 10 anos como observador curioso, também para ler alguma noticia sobre a FA que me possa ter escapado.
Relativamente ao F-35 eu irei formular a minha opinião não pelo lado pratico e lógico mas sim de acordo com a cultura e profile do decisor típico tuga.

OK aqui vai:
Muito provavelmente não iremos ter F-35A de fábrica. Serão usados e noutra versão, mais em conta e já com algum desgaste claro está. E vocês perguntam "
mas quem possivelmente nos poderia fornecer unidades usadas e em conta?"
A resposta é: há um operador que não o quer, e terá um substituto dentro de 20 anos o que é certamente compatível com o tempo de decisão típico do tuga.

E esse operator é a US navy que foi obrigada a "papar" o F-35C à força, tanto é assim que está em desenvolvimento uma versão NGAD para a marinha. Essa será a nossa oportunidade francamente mais realista. Ficariam felicíssimos se se livrarem de alguns F-35's.
Já existe um precedente: o A-7P corsair. Também na altura tínhamos saído de 2 resgates do IMF e faltava dinheiro. É um paralelo perfeito para os dias de hoje e nas próximas décadas.
Até lá muito provavelmente continuaremos a tirar F-16's do AMARG para vender atualizados ao padrão Viper, e usar o dinheiro para incorporar alguns viper 1/2 na FAP. não estou a ver os outros potenciais serem viáveis:
- Gripen, em certos aspectos seria um downgrade, mais valia atualizar o F-16 para o mesmo nível tecnológico já que há no mercado kits. O brasil não têm mais influencia para fazer este negócio de que os Americanos têm para nos impingir F-35's.
- nem o F-15EX (muito menos), para mim é um avião belíssimo, mas para ricos que já usam outros tipos de aeronaves. Não acredito que a FAP acartasse os custos de operação, afinal de contas só nos motores F100 seria o dobro.
- nem o BAE tempest ou o da AIRBUS Ambos bi motor, pertencente a uma classe acima, tanto em dimensões, peso e preço. O material europeu é bom mas tem tradição de falhar nos custos manutenção e logística de peças.
Os F-16 seriam substituídos por apenas 1 esquadra de F-35C. Portugal não tem possibilidades de obter uma frota suficientemente grande de F-35's para os empregar da mesma forma que outros países fazem. Quaisquer perdas teriam logo impacto catastrófico na capacidade total de combate. Eventualmente teremos drones de vários tipos para complementar os ativos de ataque ao solo, esses seriam o cavalo de batalha. Os F-35 serão sobretudo para nos manter relevantes junto do aliados.
Para ajudar ainda mais o argumento dos caças usados está o facto que Portugal tem outros investimentos em meios tradicionais (i.e. não drones) que não pode mesmo evitar que sejam novos: fragatas, e os 2ª lote de SSK's.