Nova Guerra Hamas-Israel

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Re: Nova Guerra Hamas-Israel
« Responder #600 em: Dezembro 09, 2023, 02:42:34 pm »
Quem fica mal, é a ONU. Uma organização que demorou quase 2 meses a reconhecer os ataques terroristas, uma organização que subsidia indirectamente (ou se calhar directamente) um grupo radical islâmico através da "ajuda humanitária", uma organização que podia ter tentado arranjar uma solução para o problema, mas preferiu abster-se (e ralhar com Israel cada vez que fazem alguma coisa), uma organização que permite que representantes russos, iranianos e outros venham opinar sobre direitos humanos...

Se calhar além dos direitos humanos, devia-se falar nos "deveres humanos". É que toda a gente quer direitos, mas deveres está quieto.
 
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Subsea7

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Re: Nova Guerra Hamas-Israel
« Responder #601 em: Dezembro 09, 2023, 02:44:26 pm »
O Guterres que se pinha fino, pois um dia destes alguem do Kidon aparece de surpresa....
 

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CruzSilva

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Re: Nova Guerra Hamas-Israel
« Responder #602 em: Dezembro 09, 2023, 02:54:42 pm »
O Guterres que se pinha fino, pois um dia destes alguem do Kidon aparece de surpresa....
Mesmo!  :mrgreen:
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speedy

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Re: Nova Guerra Hamas-Israel
« Responder #603 em: Dezembro 09, 2023, 08:04:58 pm »
Quem fica mal, é a ONU. Uma organização que demorou quase 2 meses a reconhecer os ataques terroristas, uma organização que subsidia indirectamente (ou se calhar directamente) um grupo radical islâmico através da "ajuda humanitária", uma organização que podia ter tentado arranjar uma solução para o problema, mas preferiu abster-se (e ralhar com Israel cada vez que fazem alguma coisa), uma organização que permite que representantes russos, iranianos e outros venham opinar sobre direitos humanos...

Se calhar além dos direitos humanos, devia-se falar nos "deveres humanos". É que toda a gente quer direitos, mas deveres está quieto.

Não concordo com esse ponto de vista. 

A UN não é suposto ser um instrumento de propaganda de ninguém ou colocar-se do lado de X ou Y. É uma organização que funciona de forma bastante democrática até.  Emite resoluções votadas e, nesse aspecto, Israel tem sido um vergonha nas última décadas.

Mas lá está: este conflito só começou  7 de outubro ,parece .

 

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dc

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Re: Nova Guerra Hamas-Israel
« Responder #604 em: Dezembro 09, 2023, 11:29:06 pm »
O conflito começou... dependendo de quão atrás queiram ir. Normalmente a conveniência faz com que se olhe apenas para os séculos XX e XXI, e até nisso, turvam a realidade do que foi o historial de conflitos na região, além de ignorarem a forma como tanto os palestinos como a maioria dos países vizinhos, apregoam o extermínio de Israel.

Resoluções da ONU que exijam a Israel que seja submisso perante uma ameaça clara, são absurdas e incomportáveis. Resoluções que exijam uma desmilitarização de Gaza, para evitar os ataques sucessivos a Israel, nem vê-las. Medidas para reduzir a taxa de natalidade excessiva do território (local alvo de "genocídio" há décadas, onde a população cresce 2 ou 3% ao ano), nadinha. Uma resolução para ter uma força de segurança/manutenção de paz da ONU em Gaza e na Cisjordânia, nicles.

Também já vimos Gaza e Cisjordânia sob controlo do Egipto e Jordânia respectivamente... e já nessa altura esses países atacaram Israel. Já vimos Israel a controlar os dois territórios, e era um problema, se não controla, é um problema. Se mete uma vedação à volta para evitar ataques, é um problema. Se fornece bens essenciais a Gaza para tentar manter a paz entre os dois lados, é um problema.

Se calhar faz sentido porque é que ainda hoje Egipto e Jordânia não querem controlar outra vez os dois territórios palestinos... se calhar porque sabem que os maluquinhos lá iam atacar Israel novamente, e eram aqueles dois países a levar por tabela.

Mas lá está, a ONU não é um instrumento de propaganda, portanto recusa-se a considerar um grupo terrorista... como terrorista, mesmo depois de ter feito um grande ataque... terrorista. E a ONU também tem sido extremamente imparcial neste conflito, tanto que exige a Israel que cesse hostilidades, mas ao Hamas deixa estar.
 

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CruzSilva

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Re: Nova Guerra Hamas-Israel
« Responder #605 em: Dezembro 11, 2023, 03:11:32 pm »
Citação de: Wall Street Journal
THE HAMAS LEADER WHO STUDIED ISRAEL'S PSYCHE AND IS BETTING HIS LIFE ON WHAT HE LEARNED

Yahya Sinwar drove a strategy to exploit Israel’s willingness to trade Palestinian prisoners for hostages; Gaza leader spent two decades in prison in Israel.

When Hamas leader Yahya Sinwar was imprisoned in Israel more than a decade ago, he explained to an Israeli official a theory now central to the war in Gaza.

Sinwar said that what Israel considers its strength—that most Israelis serve in the army and soldiers hold a special status in society—is a weakness that can be exploited, said Yuval Bitton, who spent time with Sinwar as the former head of the Israel Prison Service’s intelligence division.

Sinwar “thought that the attack would start a regional war involving Iran and Hezbollah, and that Israel wouldn’t invade Gaza to kill the Hamas leadership.”


Fonte: Wall Street Journal

Mais um burro que decidiu inventar e vai acabar numa cova não vai demorar muito tempo.
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Re: Nova Guerra Hamas-Israel
« Responder #606 em: Dezembro 11, 2023, 04:41:45 pm »
 

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Re: Nova Guerra Hamas-Israel
« Responder #607 em: Dezembro 13, 2023, 12:06:27 am »
O ataque actual à ONU é uma mistura de hipocrisia com ingenuidade.
Quando a resolução 181 legitimou a criação do estado de Israel, mesmo contra a posição de todos os paises da região e com a garantia de guerra no dia seguinte, tudo perfeito. Quando aprova resoluções contra o estabelecimento de colonatos ilegais em toda a linha do direito internacional, já é uma organização antissemita.
Pelo meio vamos ignorar uma serie de resoluções menos positivas, Kosovo, Iraque 2002 e afins, e outras tantas falhas por inacção em casos como o da Arménia-Azerbaijão, Síria,  etc..

Também vamos fazer de conta que a ONU é uma entidade independente,  e nao esta sujeita as flutuacoes de interesses dos seus membros, em particular os que detem assento permanente no conselho de segurança.

Desde que nao se tenha espinha dorsal, está sempre tudo bem..
 
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Re: Nova Guerra Hamas-Israel
« Responder #608 em: Dezembro 13, 2023, 01:29:19 am »
Ainda não conseguiste responder porque é que a ONU não conseguiu "largar" uma resolução para retirar todas as crianças de Gaza enquanto o conflito ocorre, e portanto evitar baixas civis e limitar a crise humanitária. A incapacidade e falta de agilidade para procurar soluções intermédias, é gritante. Ou isso, ou se calhar não convinha criar uma resolução dessas, porque dá jeito usar das crianças como arma de arremesso (ou melhor dizendo, como escudo moral).

Ambos sabemos que, qualquer proposta para atingir paz, seria recusada pela liderança de Gaza. Ambos sabemos que qualquer proposta para desmilitarizar os palestinos e assim evitar confrontos, seria prontamente recusada. Uma reorganização das fronteiras seria negada. Uma união de todo o território para tornar num país só multicultural e multi-religião (e com paz e amor entre todos), seria igualmente recusada. Uma resolução para ter uma força da ONU a policiar e controlar os territórios palestinos, também não. O Egipto a controlar Gaza, nem os próprios querem. Jordânia a controlar a Cisjordânia idem. Todos sabemos onde reside o problema, mas poucos querem admitir, porque, lá está, não convém.

Convém é permitir que os grupos terroristas façam o que bem lhes dá na cabeça, e depois apontar o dedo a qualquer resposta dada por Israel. Se bombardeiam é mau, se entram pelo território para caçar os terroristas é mau, se fecham a "torneira" é mau, se fazem uma vedação à volta é mau. Bom, era deixarem-se atacar por terroristas, não é? E falam em falta de espinha dorsal?

Pois, realmente o problema foi a ONU definir que o Estado de Israel, devia ser criado no território do antigo Reino de Israel... onde é que eles tinham a cabeça?
Já os outros países, é de estranhar que tenham sequer voto na matéria (nós sabemos porque é que têm, mas vamos ignorar para já). Não protestaram quando a Jordânia foi criada com territórios do Mandato Britânico da Palestina (que ocupa cerca de 70/80% do território original). Mas claro, o problema são os restantes 20-30% serem para os judeus! Ai a espinha dorsal!!!!!

Entretanto, colocar na boca dos outros palavras que por eles não foram proferidas, fica mal. Tanto que ainda não vi ninguém a dizer que resoluções contra colonatos ilegais, ou qualquer outra situação ilegal, são antissemitas.

Antissemita, é berrar pelo extermínio dos judeus (algo que até os "civis inocentes" gritam).
Antissemita é pegar num vídeo em que um militar israelita é atacado à faca por uma mulher palestina, e editá-lo para só mostrar a parte em que quem foi atacado se defende, e assim virar a narrativa.
Antissemita é vir mentir que Israel nada tem feito para mitigar baixas civis, mesmo perante provas concretas.
Antissemita é assobiar para o lado quando se vê o Hamas a roubar ajuda humanitária para seu próprio proveito, mas criticar quando Israel cortou o abastecimento de determinados bens para Gaza.
Antissemita é criticar sempre os judeus (umas vezes com razão, outras nem tanto), e ser incapaz de olhar para os problemas que os próprios palestinos trazem para si mesmos.
Antissemita, é vir apregoar por "proporcionalidade no uso de força" por parte de Israel, mas quando Israel é proporcional, ficarem chocados, e em simultâneo serem incapazes de apontar o dedo às "tácticas" empregues pelo Hamas.

Antissemita, é dizer que a operação realizada por Israel para acabar com um grupo terrorista é "genocídio", mas que as intenções de muitos palestinos, e muçulmanos em geral, de chegar "do rio ao mar" e exterminar tudo o que é judeu, não o é. Hipócrita, ou ingénuo, é achar que se os palestinos tivessem o poder militar que Israel possui, estes hesitavam sequer em exterminar os judeus.
 
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Re: Nova Guerra Hamas-Israel
« Responder #609 em: Dezembro 13, 2023, 10:22:28 am »
Ainda não conseguiste responder porque é que a ONU não conseguiu "largar" uma resolução para retirar todas as crianças de Gaza enquanto o conflito ocorre, e portanto evitar baixas civis e limitar a crise humanitária. A incapacidade e falta de agilidade para procurar soluções intermédias, é gritante. Ou isso, ou se calhar não convinha criar uma resolução dessas, porque dá jeito usar das crianças como arma de arremesso (ou melhor dizendo, como escudo moral).

Ambos sabemos que, qualquer proposta para atingir paz, seria recusada pela liderança de Gaza. Ambos sabemos que qualquer proposta para desmilitarizar os palestinos e assim evitar confrontos, seria prontamente recusada. Uma reorganização das fronteiras seria negada. Uma união de todo o território para tornar num país só multicultural e multi-religião (e com paz e amor entre todos), seria igualmente recusada. Uma resolução para ter uma força da ONU a policiar e controlar os territórios palestinos, também não. O Egipto a controlar Gaza, nem os próprios querem. Jordânia a controlar a Cisjordânia idem. Todos sabemos onde reside o problema, mas poucos querem admitir, porque, lá está, não convém.

Então mas as resoluções da ONU são para ser acatadas, ou não? Por acaso, Israel tem seguido alguma indicação da ONU nos últimos anos?
Ninguém ali quer paz, nem o Hamas nem o governo israelita. Se fores perguntar aos cidadãos dos dois lados, talvez a resposta seja diferente. Mas neste momento em que o conflito está nos píncaros, até disso tenho dúvidas.

Convém é permitir que os grupos terroristas façam o que bem lhes dá na cabeça, e depois apontar o dedo a qualquer resposta dada por Israel. Se bombardeiam é mau, se entram pelo território para caçar os terroristas é mau, se fecham a "torneira" é mau, se fazem uma vedação à volta é mau. Bom, era deixarem-se atacar por terroristas, não é? E falam em falta de espinha dorsal?

Mas quem é que permitiu um ataque em larga escala? Mesmo apesar das vedações ultra sofisticadas, de um exército altamente preparado e da repressão constante sobre os territórios?

Realmente, o que se tem visto é uma pressão enorme sobre Israel, uma limitação total das suas acções. Deve ser por isso que ainda ontem bombardearam Gaza, o Líbano e a Síria..

Pois, realmente o problema foi a ONU definir que o Estado de Israel, devia ser criado no território do antigo Reino de Israel... onde é que eles tinham a cabeça?
Já os outros países, é de estranhar que tenham sequer voto na matéria (nós sabemos porque é que têm, mas vamos ignorar para já). Não protestaram quando a Jordânia foi criada com territórios do Mandato Britânico da Palestina (que ocupa cerca de 70/80% do território original). Mas claro, o problema são os restantes 20-30% serem para os judeus! Ai a espinha dorsal!!!!!

A minha opinião acerca criação da Jordânia é a mesma, tão errada quanto Israel. Um erro não justifica o outro.


Entretanto, colocar na boca dos outros palavras que por eles não foram proferidas, fica mal. Tanto que ainda não vi ninguém a dizer que resoluções contra colonatos ilegais, ou qualquer outra situação ilegal, são antissemitas.

Antissemita, é berrar pelo extermínio dos judeus (algo que até os "civis inocentes" gritam).
Antissemita é pegar num vídeo em que um militar israelita é atacado à faca por uma mulher palestina, e editá-lo para só mostrar a parte em que quem foi atacado se defende, e assim virar a narrativa.
Antissemita é vir mentir que Israel nada tem feito para mitigar baixas civis, mesmo perante provas concretas.
Antissemita é assobiar para o lado quando se vê o Hamas a roubar ajuda humanitária para seu próprio proveito, mas criticar quando Israel cortou o abastecimento de determinados bens para Gaza.
Antissemita é criticar sempre os judeus (umas vezes com razão, outras nem tanto), e ser incapaz de olhar para os problemas que os próprios palestinos trazem para si mesmos.
Antissemita, é vir apregoar por "proporcionalidade no uso de força" por parte de Israel, mas quando Israel é proporcional, ficarem chocados, e em simultâneo serem incapazes de apontar o dedo às "tácticas" empregues pelo Hamas.

Antissemita, é dizer que a operação realizada por Israel para acabar com um grupo terrorista é "genocídio", mas que as intenções de muitos palestinos, e muçulmanos em geral, de chegar "do rio ao mar" e exterminar tudo o que é judeu, não o é. Hipócrita, ou ingénuo, é achar que se os palestinos tivessem o poder militar que Israel possui, estes hesitavam sequer em exterminar os judeus.

Estás a confundir antissemitismo com antissionismo.
Não me vês aqui a difundir propaganda editada, nem a defender o extermínio de ninguém, e muito menos a apoiar acções terroristas. Até já escrevi, e posso repetir, que qualquer solução positiva virá da sociedade israelita, quando a parte moderada tiver voz.
Não posso é apoiar a carnificina como resposta adequada ou que trará qualquer resultado positivo, nem fingir que o terrorismo só provém de um lado.

Uns querem erradicar os judeus da face da terra, outros querem arrasar Gaza e uma nova nakba. Há quem consiga distinguir um bom e um mal, um certo e um errado, e para o justificar a sua verdade absoluta, vale quase tudo.

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Re: Nova Guerra Hamas-Israel
« Responder #610 em: Dezembro 13, 2023, 02:25:18 pm »
Citação de: dc
Pois, realmente o problema foi a ONU definir que o Estado de Israel, devia ser criado no território do antigo Reino de Israel... onde é que eles tinham a cabeça?

Como ?   :o

O Reino de Israel  é razão e dá direito aos judeus ocuparem aquele lugar ?

Então e os que lá estavam antes de os judeus lá chegarem ?
Esses assim, de um momento para o outro perderam o direito a um país ?

Com que direito a ONU cria o Estado de Israel - por causa do antigo reino de Israel - e ao mesmo tempo cancela o direito dos Filisteus (em parte os atuais palestinianos) à terra que já habitavam antes de os judeus atravessarem o Mar Vermelho em direção à terra prometida ? ? ?

O preceito que justifica o Estado de Israel, não está na História, nem na existência de um antigo reino de Israel,  está no antigo testamento.
Israel é um estado criado com base no fundamentalismo religioso e na crença de que Deus deu aos judeus o direito de roubar a terra alheia, dando essa terra às tribos de Israel.

Essa é a razão do conflito.

Os judeus acham que Deus lhes deu o direito de roubar a terra aos outros.
Está nas escrituras. A terra prometida, foi prometida por Deus, e Deus ajudou os judeus a expulsar os povos que lá viviam.

E ainda hoje, é nisso que os mais fanáticos acreditam.

E é por isso que eu acho que nesta guerra, não há ninguém com razão e são todos absolutamente maus.
« Última modificação: Dezembro 13, 2023, 03:18:41 pm por papatango »
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 
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Re: Nova Guerra Hamas-Israel
« Responder #611 em: Dezembro 13, 2023, 03:17:21 pm »
Emboscada na Faixa de Gaza. Faz-me impressão o número de oficiais Israelitas entre as baixas. Parece a Russia no início da outra guerra. Será que estamos a aprender com o conflito na Ucrania ou é só mais um espectáculo (com bons e maus) visto deste lado?

https://www.haaretz.com/israel-news/2023-12-13/ty-article/eight-israeli-soldiers-including-idf-brigade-commander-killed-in-gaza-fighting/0000018c-617b-d798-adac-e5ff9ac80000
 

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Kalil

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Re: Nova Guerra Hamas-Israel
« Responder #612 em: Dezembro 13, 2023, 03:36:31 pm »
Do ponto de vista estritamente militar, a intervenção não está a correr nada mal, cerca de 100 baixas mortais em 2 meses, numa zona predominantemente urbana. Sobretudo tendo em conta que perderam quase 300 soldados num só dia, dentro do próprio território. Mas quanto a esse dia, pouca informação ainda surgiu, para além da divulgação exaustiva e repetida dos vídeos do Hamas.
 

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Re: Nova Guerra Hamas-Israel
« Responder #613 em: Dezembro 13, 2023, 05:27:38 pm »
Direito? O Reino de Israel ter existido naquele local, torna-o o local mais lógico para a criação de um Estado de Israel. Sendo colocado noutro local qualquer, sem qualquer ligação histórica, seria apropriação. E como eu gosto de destruir argumentos com exemplos, dou um:
-passam 200 anos, Portugal é invadido por um império, e este império controla o território durante séculos e os portugueses viram-se obrigados a fugir
-passados esses séculos, o dito império cai
-entretanto, a ONU 2.0 dessa altura, resolve refazer as fronteiras na Península Ibérica, e Portugal reaparece
-os refugiados portugueses, ao quererem voltar "para casa", é que são o invasor, e não os povos que se instalaram em Portugal durante o controlo do Império?  ::)

Se antes do antigo Reino de Israel "vivia lá gente", antes dos palestinos a viver no Mandato da Palestina, também vivia lá gente. Novamente, é ser selectivo no quão atrás se vai no tempo. Quando dermos conta, vemos gente a dizer que Portugal devia ser dos Mouros, outros a dizer que devia ser dos Romanos, e no fim acabamos com os dinossauros. Se vamos passar por cima de todo o processo da criação dos vários países do mundo, entramos numa complicação que ninguém se entende e começam-se a matar todos uns aos outros.

Mas se calhar é melhor não ir por aí, senão ainda concluem que os palestinos são igualmente um povo invasor.

A última vez que aquela região teve fronteiras definidas (fora de impérios), foi na altura do Reino de Israel, Reino de Juda e Filisteia. Depois disso, foram impérios uns a seguir aos outros, até aos britânicos chegarem ali e definirem aquilo tudo (incluindo a actual Jordânia) como "Mandato da Palestina".

Agora, vamos valorizar a fronteira definida pelos britânicos (o Mandato) mas ao mesmo tempo desvalorizar a reorganização que eles fizeram (através da ONU) a esse mesmo território (que na altura era deles) para absorver o Estado de Israel? Dois pesos e duas medidas? Então:
-os britânicos estavam "certos" por erradamente delinearem as fronteiras do Mandato (como sendo da Palestina), apesar de incluir territórios que nunca foram dos Palestinos/Filisteus
-mas estiveram errados por dividir aquele território (mal e porcamente diga-se) em 3 estados distintos, mas que ainda assim representa mais fielmente uma distribuição "realista" dos antepassados da região, do que uma só "Palestina", que nunca existiu enquanto Estado?

"Ah mas os Filisteus", Filisteus e Palestinos não são a mesma coisa. Da mesma forma que os portugueses não são compostos estritamente por lusitanos.
Se querem reorganizar o mapa de acordo com o que era a Filisteia, por mim tudo bem! Agora garanto-vos que não é isso que os palestinos ou os países árabes querem!
Se querem unir Israel e a Palestina num só, e formar o "Estados Unidos da Palestina e Israel" (ou Israel e Palestina), por mim tudo bem! Mas todos sabemos que os palestinos também não querem isso e os restantes países árabes (que nada têm a ver com o assunto, diga-se) também não.

"Ah mas os israelitas também não querem isso", bom os factos dizem o contrário, pela quantidade de palestinos que vivem dentro de Israel pacificamente (é certo que vai haver casos extremos, da mesma forma que ocorre racismo em qualquer outro país), mas em contraste, nunca um judeu poderia viver dentro de um território palestino ou Muçulmano.

Mas mais uma vez, o que vemos na ONU, é incapacidade de se sentarem numa mesa, e pensarem numa verdadeira solução que beneficie ambos os Estados. Seja através da reorganização fronteiriça, seja através do policiamento internacional para evitar confrontos, seja através da imposição de regras para ambas as partes, para evitar futuras escaladas.

Então mas as resoluções da ONU são para ser acatadas, ou não? Por acaso, Israel tem seguido alguma indicação da ONU nos últimos anos?
Ninguém ali quer paz, nem o Hamas nem o governo israelita. Se fores perguntar aos cidadãos dos dois lados, talvez a resposta seja diferente. Mas neste momento em que o conflito está nos píncaros, até disso tenho dúvidas.

Em teoria sim. Mas também depende da resolução. Se a resolução for "epá, eu sei que estás a ser atacado, mas nós decidimos que não tens direito a te defender", aí começam a surgir problemas. As resoluções teria que as analisar uma a uma, porque generalizações dá sempre asneira.

Hoje, dificilmente se quer paz, pelo menos dentro dos círculos mais radicais. Quem vem aqui cuspir como se outro povo reagisse de forma diferente, depois de um ataque daquela magnitude contra civis, além das constantes ameaças de extermínio, é completamente delusional.
Entretanto, mais depressa tens o povo israelita a pedir paz após ser eliminado o Hamas, do que os palestinos a pedir paz depois de verem o Hamas a ser eliminado. É algo que já é intrínseco e que eles são ensinados na escola, e que depois leva a que quando cresçam, se tornem terroristas.

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Mas quem é que permitiu um ataque em larga escala? Mesmo apesar das vedações ultra sofisticadas, de um exército altamente preparado e da repressão constante sobre os territórios?

Realmente, o que se tem visto é uma pressão enorme sobre Israel, uma limitação total das suas acções. Deve ser por isso que ainda ontem bombardearam Gaza, o Líbano e a Síria..

Uma pergunta, essa "repressão" é feita porque razão? Será porque noutros tempos, em que a abertura era maior, uns génios (maluquinhos) se lembraram de começar a realizar ataques terroristas, e que o país alvo teve que se desenrascar? Daqui a bocado vais-me dizer que "um criminoso não devia ser preso, porque isso é repressão". A "lei" da "causa/efeito" ainda se aplica.
Podemos também colocar as coisas em perspectiva:
-colocar uma vedação em torno do território que te está a atacar, e policiar o outro território para evitar que faça o mesmo, é repressão...
-ter constantemente países vizinhos a jurar o teu extermínio, com ameaças constantes, com um programa nuclear em curso, com o financiamento de proxys à tua volta, mais um território* que te ataque quase todos os dias só porque lhes dá na gana, já não é viver sobre pressão/repressão. Lógica da batata?

*território este que recebe dinheiro, e o usa para fins militaristas/terroristas, ao invés de melhorar as condições de vida da população local!

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A minha opinião acerca criação da Jordânia é a mesma, tão errada quanto Israel. Um erro não justifica o outro.

E onde estão os outros países muçulmanos ou os palestinos a reclamar disso?  ::)



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Estás a confundir antissemitismo com antissionismo.
Não me vês aqui a difundir propaganda editada, nem a defender o extermínio de ninguém, e muito menos a apoiar acções terroristas. Até já escrevi, e posso repetir, que qualquer solução positiva virá da sociedade israelita, quando a parte moderada tiver voz.
Não posso é apoiar a carnificina como resposta adequada ou que trará qualquer resultado positivo, nem fingir que o terrorismo só provém de um lado.

Uns querem erradicar os judeus da face da terra, outros querem arrasar Gaza e uma nova nakba. Há quem consiga distinguir um bom e um mal, um certo e um errado, e para o justificar a sua verdade absoluta, vale quase tudo.

Então há antissionismo, e isso é ok. Percebido. Porque os sionistas são todos iguais, certo? E os civis atacados em Israel (no dia 7) e fora de Israel no resto do tempo, só por serem judeus, também é só "antissionismo"? A realidade é que o antissemitismo é real. E começa quando "toda a gente" dispara com a retórica de que estão a causar o genocídio em Gaza (genocídio pouco eficaz diga-se, onde até cessares-fogo ocorrem, e é permitida a evacuação de civis e até certo ponto se minimiza baixas civis, cenas típicas de um genocídio, não é?), e essas mesmas pessoas assobiam para o lado quando acontece um genocídio em África. A razão é simples, um envolve Judeus, o outro não.
Isto provavelmente seria igual, se um país europeu se envolvesse numa guerra com um país africano (mesmo num conflito iniciado pelo lado africano), e a "opinião pública" viria acusar o país europeu de genocídio. Já o contrário nunca aconteceria, pois seria usada a cartada da vítima.

Nessa última frase estiveste bem. A questão aqui é que, a quantidade de gente que quer erradicar Gaza, é diminuta. Já a quantidade de gente que quer erradicar os Judeus, é gigantesca.
Queres provas disto? Vê no dia 7, quantos festejaram o ataque terrorista a Israel. Vê no dia 7 quantos choraram e protestaram a resposta de Israel a este ataque.

De resto, ambos sabemos que houve ao longo da história relativamente recente, condições para haver paz entre ambos os povos. Mas a retórica de um dos lados nunca permitiu tal coisa. Tal como dizem "do rio ao mar", e não lhes interessa mais nada. Já o outro, chegou a controlar a península do Sinai, e abdicou dela para obter paz com o Egipto.
 

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LuisPolis

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Re: Nova Guerra Hamas-Israel
« Responder #614 em: Dezembro 13, 2023, 09:28:54 pm »
Turkish MP suffers heart attack after warning Israel of 'Allah's wrath'

« Última modificação: Dezembro 13, 2023, 09:30:34 pm por LuisPolis »
 
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