Helena Ferro de Gouveia
Factos sobre Al- Shifa
1. Em 2008, o The New York Times noticiou que os terroristas do Hamas entraram em enfermarias, matando indivíduos que o grupo acreditava estarem a colaborar com Israel". Nesse mesmo ano, a Autoridade Palestiniana (que governa a Cisjordânia) acusou o Hamas de utilizar o Hospital al-Shifa como prisão e local de tortura, e de roubar material médico e outros materiais do hospital.
A PBS denunciou a existência de túneis debaixo do Hospital e um relatório da HRW de 2009 denuncia o terror do Hamas contra palestinianos e as câmaras de tortura existentes nos subsolos.
2. O Washington Post noticiou em 2014, durante a Operação Margem Protetora, que o Hamas estava mais uma vez a utilizar o hospital como base: Al-Shifa era "um quartel-general de facto para os líderes do Hamas, que podem ser vistos nos corredores e escritórios". Mais tarde, veio a saber-se que o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, se escondia em Al-Shifa durante as operações militares.
3. Em 2023 está documentado que este hospital é também uma base militar ( o que o torna ao abrigo das leis das guerra um alvo legítimo sob a condição do aviso - feito pelas IDF - que esse ataque iria ser conduzido).
O que vemos também é a entrega de material médico, como incubadoras, e combustível por Israel.
4. Nada disto é novo.
A história do Al-Shifa está bem documentada. Assim como o desprezo do Hamas pelos palestinianos e civis. No entanto, todas as provas documentais parecem ter caído num vácuo e tem passado largamente “despercebidas” pelas organizações e organismos encarregados de supervisionar as questões humanitárias e médicas a nível mundial.