Votação

Que aeronave de Apoio Aéreo Próximo para a FAP? Para missões em ambiente não contestado.

AH-1Z
7 (14.9%)
A-29N
13 (27.7%)
UH-60 DAP
20 (42.6%)
AC-295
2 (4.3%)
A-10C ex-USAF
2 (4.3%)
MH-6 Little Bird
1 (2.1%)
OH58D ex-US Army
0 (0%)
H-145 H-Force
2 (4.3%)

Votos totais: 47

Votação encerrada: Junho 02, 2023, 10:29:01 pm

CAS

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JohnM

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Re: CAS
« Responder #1305 em: Junho 30, 2024, 07:47:06 am »
eu acho que para formar 2 ou 3 PILAV de caça por ano, mais vale mandá-los para uma escola internacional e não gastar dinheiro com aviões de treino avançado.

Também acho, que o investimento devia ser canalizado para as unidades operacionais, dada a quantidade reduzida de pilotos que formamos.

Citar
a FAP discorda de mim e diz que precisa/quer plataformas para formar PILAVs de caça e fazer CAS (podemos discutir porque querem fazê-lo, eu acho que sei, mas isso é outra conversa).

Neste momento, ainda não se sabe muito bem se a decisão foi sequer da FAP, ou se foi tomada "pela FAP". Faço-me entender?
Mesmo que fosse a FAP a decidir que queria fazer CAS com avionetas, ou CAS em África, não existe razão nenhuma para fazer um ajuste directo, sem sequer estudar ou testar outras alternativas, nem tão pouco abrir um concurso.
Também não existe explicação do porquê da FAP não ter pedido mais orçamento para os helicópteros de evacuação (para os poder equipar e armar como deve ser e aumentar o tamanho da frota), tal como não existe explicação do porquê de nem sequer se ter cogitado opções alternativas, como um C-295 armado, para desenrascar.

Citar
A partir do momento que resolvem ir por essa opção, o A-29N faz todo o sentido e ainda tem as vantagens de ter incorporação nacional e existirem 12 “white tails” na fábrica à espera de comprador.

Pois, excepto que neste momento nem sequer se sabe se serão novos ou não. Tal incerteza é visível quando não souberam ainda especificar se vão ser fabricados, montados ou apenas "modernizados" em Portugal. Também não se sabe qual é realmente o nível de "incorporação nacional". Que tecnologia portuguesa será incluída nas aeronaves? Não se sabe.

Citar
Queiram ou não, comprar 12 A-29 por 180 milhões é um excelente negócio.

O valor não faz muito sentido, só se realmente forem aeronaves em "segunda-mão" modernizadas.

De resto, para quê adquirir 12, quando 8 bastariam apenas para treino, e colocavam de lado a invenção do CAS?

Citar
E, se querem fazer formação de PILAVs e CAS, faz muito mais sentido logisticamente adquirir apenas uma plataforma que duas dedicadas, como hélis e um treinador dedicado.

Ou não. Helis são necessários na mesma. Podes é adquirir helis, e mantê-los desarmados em possíveis missões em África, limitando-se a MEDEVAC, transporte, inserção de tropas, etc, e depois precisas dos ST para as missões de ataque, obrigando a FAP a ter 2 tipos de aeronave no TO, complicando toda a logística. Ou podes simplesmente adquirir mais quantidade de helicópteros, armar metade deles, e tens uma frota uniformizada no TO.

A suposta "vantagem logística" não existe, porque o ST não substitui helicópteros. Dito isto, podes muito bem viver sem os STs em África a fazer CAS, e reduzir a sua encomenda (ou procurar uma alternativa mais adequada e/ou mais barata) largando as missões de combate. Em África, uma frota maior de UH-60, incluindo armados, cumprem a missão enquanto o TO for permissivo, e para ISR podes usar UAVs nacionais.

Ou então, podes descartar por completo o treino avançado, pagas o dito numa escola internacional, e o resto do dinheiro investes nos tais helicópteros (solução de curto prazo para CAS no TO africano), e a médio prazo dás o salto para UCAVs.

Portanto, a opção pelo ST é a que faz mais sentido? Não. É uma opção que "faz sentido" se ignorarmos N questões, argumentos, alternativas e variáveis.
Um héli é muito mais vulnerável em CAS que um ST, disso não tenham dúvidas. Além disso, é mais lento e mais caro de operar. Deixem lá os hélis para transporte, treino e SAR…  a partir do momento em que a opção (certa ou errada) é feita por juntar treino e CAS numa mesma aeronave, digam-me lá quais são as alternativas realistas, e com alguma (pouca, muita, não sabemos ao certo ainda) incorporação nacional… quanto a questão do concurso, admite-se não se fazer para o F-35 e tem que se fazer para treino+CAS porquê? São as tais soluções governo a governo… não se pode gostar delas para umas coisas e não para outras…
 
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Re: CAS
« Responder #1306 em: Junho 30, 2024, 09:25:28 am »
Eu vejo o supertucano como uma forma dos nossos pilotos poderem voar e manter as qualificações.

Quando os F35 chegarem, não haverá dinheiro para os manter, e no máximo teremos como temos hoje, 6 aviões prontos e o resto encostado no hangar porque não há dinheiro nem para os pneus. Por sejam benvindos, e que os mesmos venham com o cockpit de uma caça de 4++ geração.
Mas então para isso adquiria-se algo como o TA-50/FA-50, M-346 ou até L-39, que sempre podiam desempenhar QRA e sempre era mais útil para defesa do espaço aéreo e missões NATO.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 
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Re: CAS
« Responder #1307 em: Junho 30, 2024, 09:36:51 am »
Citar
quanto a questão do concurso, admite-se não se fazer para o F-35 e tem que se fazer para treino+CAS porquê?
Muito bom...🫡👏👏👏👏👏
João Pereira
 

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Re: CAS
« Responder #1308 em: Junho 30, 2024, 09:43:27 am »
Entretanto,  num conflito perto de si...
https://ibb.co/Cz2bLgz
https://ibb.co/6bSp838
Se não servirem para mais nada,  oferecemos. Certamente serão ligeiramente mais evoluidos.
João Pereira
 

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Re: CAS
« Responder #1309 em: Junho 30, 2024, 09:44:47 am »
Eu já só peço para os ver em ação na Lituânia
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: CAS
« Responder #1310 em: Junho 30, 2024, 12:33:12 pm »
Entretanto,  num conflito perto de si...
https://ibb.co/Cz2bLgz
https://ibb.co/6bSp838
Se não servirem para mais nada,  oferecemos. Certamente serão ligeiramente mais evoluidos.

Eles até material dos anos 80 usam com fratura. É uma guerra de sobrevivência.
Não sei porque não usamos a G3, era escusado comprar outras mais modernas

A diferença entre ter uma dezena de aviões mais modernos e de ter largas dezenas de outros por necessidade como essa guerra é mais que obvia

Afinal por cá os F16 podem ficar como estão até caírem de podre, fragatas idem, e era escusados ter leopard2 quando tínhamos tantos M60 que faziam frente  a muito tanque russo na Ucrânia

O raciocínio é este

Entretanto é escusado ter helicópteros médios porque se gasta balúrdios em tucanitos para satisfazer interesses.
Até pode continuar a  faltar para MLUs dos vários meios, porque servem bem como estão e sempre se pode continuar a canibalizar aparelhos para tirar peças de uns para outros.
Importante é satisfazer interesses e untar mãos

Umas FA de chulos é que está a dar. Por isso nem candidatos tem para os servir
 
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Re: CAS
« Responder #1311 em: Junho 30, 2024, 01:30:46 pm »
Citar
Também não existe explicação do porquê da FAP não ter pedido mais orçamento para os helicópteros de evacuação (para os poder equipar e armar como deve ser e aumentar o tamanho da frota)

Existe pois. E já foi explicado aqui várias vezes. As verbas para os helis de evacuação vêm do orçamento do exército.
 

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Re: CAS
« Responder #1312 em: Junho 30, 2024, 01:41:09 pm »
eu acho que para formar 2 ou 3 PILAV de caça por ano, mais vale mandá-los para uma escola internacional e não gastar dinheiro com aviões de treino avançado.

Também acho, que o investimento devia ser canalizado para as unidades operacionais, dada a quantidade reduzida de pilotos que formamos.

Citar
a FAP discorda de mim e diz que precisa/quer plataformas para formar PILAVs de caça e fazer CAS (podemos discutir porque querem fazê-lo, eu acho que sei, mas isso é outra conversa).

Neste momento, ainda não se sabe muito bem se a decisão foi sequer da FAP, ou se foi tomada "pela FAP". Faço-me entender?
Mesmo que fosse a FAP a decidir que queria fazer CAS com avionetas, ou CAS em África, não existe razão nenhuma para fazer um ajuste directo, sem sequer estudar ou testar outras alternativas, nem tão pouco abrir um concurso.
Também não existe explicação do porquê da FAP não ter pedido mais orçamento para os helicópteros de evacuação (para os poder equipar e armar como deve ser e aumentar o tamanho da frota), tal como não existe explicação do porquê de nem sequer se ter cogitado opções alternativas, como um C-295 armado, para desenrascar.

Citar
A partir do momento que resolvem ir por essa opção, o A-29N faz todo o sentido e ainda tem as vantagens de ter incorporação nacional e existirem 12 “white tails” na fábrica à espera de comprador.

Pois, excepto que neste momento nem sequer se sabe se serão novos ou não. Tal incerteza é visível quando não souberam ainda especificar se vão ser fabricados, montados ou apenas "modernizados" em Portugal. Também não se sabe qual é realmente o nível de "incorporação nacional". Que tecnologia portuguesa será incluída nas aeronaves? Não se sabe.

Citar
Queiram ou não, comprar 12 A-29 por 180 milhões é um excelente negócio.

O valor não faz muito sentido, só se realmente forem aeronaves em "segunda-mão" modernizadas.

De resto, para quê adquirir 12, quando 8 bastariam apenas para treino, e colocavam de lado a invenção do CAS?

Citar
E, se querem fazer formação de PILAVs e CAS, faz muito mais sentido logisticamente adquirir apenas uma plataforma que duas dedicadas, como hélis e um treinador dedicado.

Ou não. Helis são necessários na mesma. Podes é adquirir helis, e mantê-los desarmados em possíveis missões em África, limitando-se a MEDEVAC, transporte, inserção de tropas, etc, e depois precisas dos ST para as missões de ataque, obrigando a FAP a ter 2 tipos de aeronave no TO, complicando toda a logística. Ou podes simplesmente adquirir mais quantidade de helicópteros, armar metade deles, e tens uma frota uniformizada no TO.

A suposta "vantagem logística" não existe, porque o ST não substitui helicópteros. Dito isto, podes muito bem viver sem os STs em África a fazer CAS, e reduzir a sua encomenda (ou procurar uma alternativa mais adequada e/ou mais barata) largando as missões de combate. Em África, uma frota maior de UH-60, incluindo armados, cumprem a missão enquanto o TO for permissivo, e para ISR podes usar UAVs nacionais.

Ou então, podes descartar por completo o treino avançado, pagas o dito numa escola internacional, e o resto do dinheiro investes nos tais helicópteros (solução de curto prazo para CAS no TO africano), e a médio prazo dás o salto para UCAVs.

Portanto, a opção pelo ST é a que faz mais sentido? Não. É uma opção que "faz sentido" se ignorarmos N questões, argumentos, alternativas e variáveis.
Um héli é muito mais vulnerável em CAS que um ST, disso não tenham dúvidas. Além disso, é mais lento e mais caro de operar. Deixem lá os hélis para transporte, treino e SAR…  a partir do momento em que a opção (certa ou errada) é feita por juntar treino e CAS numa mesma aeronave, digam-me lá quais são as alternativas realistas, e com alguma (pouca, muita, não sabemos ao certo ainda) incorporação nacional… quanto a questão do concurso, admite-se não se fazer para o F-35 e tem que se fazer para treino+CAS porquê? São as tais soluções governo a governo… não se pode gostar delas para umas coisas e não para outras…

A solução já foi explicada tantas vezes. É pegar nos 180M€ e comprar 10 PC-21, uma meia duzia de UCAVs, satélites para os controlar, Helis armados para evacuação e uns 100 hellfires, abrir uns cinco concursos e negociar contrapartidas com cinco empresas diferentes. Estou certo que ainda devia sobrar dinheiro para comprar uns TA-50. A solução é tão simples que não se percebe a dúvida.
 

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Lampuka

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Re: CAS
« Responder #1313 em: Junho 30, 2024, 01:42:36 pm »
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É uma guerra de sobrevivência.
Todas são,  é esse o objectivo... senão perde-se. 😉
Esta tem servido para muitas coisas, e neste caso, para rever determinadas doutrinas por exemplo.
Quem imaginaria uma guerra de trincheiras em 2024?
Que se calhar quantidade é mais importante do que qualidade.
Que o tamanho pode não interessar.
Que o supostamente obsoleto afinal poderá ser útil,  muito útil.
Obviamente não é esta argumentação que justificará por si só a opção por CAS de asa fixa ou pelo ST em particular,  mas não deixa de ser factual.
Vejo os russos a tentar destruir drones navais ucranianos que encostararam e têm dizimado a sua poderosa força naval com helis e atiradores pendurados na porta.
E ucranianos a tentar destruir drones russos com aviões de museu e atiradores no banco de trás (ou da frente...).
Se calhar...
João Pereira
 

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Cabeça de Martelo

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Re: CAS
« Responder #1314 em: Junho 30, 2024, 02:08:07 pm »
Eu não acredito na utilização dos ST para CAS numa missão internacional.

Eu acredito que serão usados pata treino avançado e talvez eventualmente para interceptar alguma avioneta vinda do Norte de África.

Tirem-me uma dúvida, qual é a diferença de preço de um ST e um PC-21?
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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dc

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Re: CAS
« Responder #1315 em: Junho 30, 2024, 02:16:19 pm »
Um héli é muito mais vulnerável em CAS que um ST, disso não tenham dúvidas.

Olha que depende. Se tiveres cobertura sob a forma de edifícios, montes, árvores, o helicóptero apresenta soluções que o ST nem sonha. A isto acresce que um helicóptero com canhão de 30mm, tem que se aproximar menos dos alvos do que um ST com as suas metralhadoras/canhões, além de ser uma arma mais eficaz contra pessoal e veículos. O ST sempre que quiser disparar as metralhadoras e/ou canhões, tem que voar em direcção ao alvo, e este perfil de voo é dos mais perigosos para um piloto, onde um tiro de sorte do adversário pode estragar o dia.

De resto, para um país que queira levar a sério CAS em África, UCAVs são o futuro, que cumprem durante mais tempo, e não coloca lá um piloto em risco.

Citar
Além disso, é mais lento e mais caro de operar.

Sim é mais lento e caro de operar. Mas quando falamos de custos de operação, a comparação não é helicóptero vs ST, é o custo de ter no TO um maior número de helicópteros da mesma família (por exemplo 6 UH-60) vs helicóptero + ST (que podia ser qualquer coisa como 3/4 de cada).

A velocidade é relevante, mas também o são as distâncias. O ST precisa no mínimo de uma pista de terra batida para operar, o que limita o número de localizações no TO para eles, já um heli precisa apenas de uma clareira e pouco mais. Ou seja, se a base dos STs estiver a 100km de distância da área de operações, e uma qualquer base de helicópteros estiver apenas a 50km, a vantagem do ST em velocidade perde-se.

Citar
Deixem lá os hélis para transporte, treino e SAR…

Não podemos. Um país que quer ter uma força anfíbia, vai precisar de um meio aéreo com algum poder de fogo VTOL, capaz de realizar CAS às forças desembarcadas. Também não faz sentido abdicar da capacidade VTOL armada, que em N cenários te permite fazer alguma forma de CAS/ataque sem estar dependente de uma pista.

Citar
a partir do momento em que a opção (certa ou errada) é feita por juntar treino e CAS numa mesma aeronave, digam-me lá quais são as alternativas realistas, e com alguma (pouca, muita, não sabemos ao certo ainda) incorporação nacional…

A questão é que nem precisava de ser opção, pois em 20 anos de luta contra o terrorismo, nunca se pensou no assunto, não é agora, que o mundo se está a virar para conflitos de alta intensidade multi-domínio, que o devíamos fazer.

Precisam de usar STs ou outra aeronave similar para CAS em África? Peçam aos países africanos ou sul americanos que já usam este tipo de aeronave, para o fazer. Se a missão fosse assim tão urgente e esta uma necessidade prioritária, acham que iam ficar à espera que Portugal demorasse 5-7 anos a decidir
o que vai fazer, ao invés de pedirem a países que já possuem esta capacidade? Porque raio é que temos de ser nós a ter essa responsabilidade, quando há tantos países que já possuem essa capacidade? Só na CPLP tens o Brasil e Angola com este tipo de meio, Portugal não precisa desta capacidade, podendo e devendo contribuir de outras formas. Não faz sentido esbanjar dinheiro nisto.

Se querem tanto STs, por questões de obrigação, então que seja uma quantidade qb para treino, e sem a missão CAS. A última coisa que precisamos, é que esta esquadra mame recursos e pessoal que devia ser empregue nas restantes.

Quanto à incorporação nacional, bem, é difícil saber quando nem sequer se deixou mais nenhum fabricante apresentar propostas.

Citar
quanto a questão do concurso, admite-se não se fazer para o F-35 e tem que se fazer para treino+CAS porquê?

Para o F-35 "admite-se", porque este não tem concorrente. Se a intenção é dar o salto para a 5ª geração, que é o procedimento natural, e só há um concorrente, fazer o concurso de nada adianta.
O ST não é a única opção de treino + CAS, ou de treino só, ou de CAS só. É irracional fazer um ajuste directo a não ser que seja uma compra de oportunidade (e mesmo assim, pelo valor que se vai gastar, era perfeitamente aceitável abrir as portas a contrapropostas, dado ser um sector competitivo).

Tudo o resto, resume-se a uma péssima definição das prioridades, numa altura em que cada vez vemos mais lacunas nas nossas FA para os TOs actuais e futuros. Ter como 3º programa mais caro da LPM 2023-2034 a aquisição de aeronaves COIN, é absurdo.
 

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JohnM

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Re: CAS
« Responder #1316 em: Junho 30, 2024, 02:19:16 pm »
eu acho que para formar 2 ou 3 PILAV de caça por ano, mais vale mandá-los para uma escola internacional e não gastar dinheiro com aviões de treino avançado.

Também acho, que o investimento devia ser canalizado para as unidades operacionais, dada a quantidade reduzida de pilotos que formamos.

Citar
a FAP discorda de mim e diz que precisa/quer plataformas para formar PILAVs de caça e fazer CAS (podemos discutir porque querem fazê-lo, eu acho que sei, mas isso é outra conversa).

Neste momento, ainda não se sabe muito bem se a decisão foi sequer da FAP, ou se foi tomada "pela FAP". Faço-me entender?
Mesmo que fosse a FAP a decidir que queria fazer CAS com avionetas, ou CAS em África, não existe razão nenhuma para fazer um ajuste directo, sem sequer estudar ou testar outras alternativas, nem tão pouco abrir um concurso.
Também não existe explicação do porquê da FAP não ter pedido mais orçamento para os helicópteros de evacuação (para os poder equipar e armar como deve ser e aumentar o tamanho da frota), tal como não existe explicação do porquê de nem sequer se ter cogitado opções alternativas, como um C-295 armado, para desenrascar.

Citar
A partir do momento que resolvem ir por essa opção, o A-29N faz todo o sentido e ainda tem as vantagens de ter incorporação nacional e existirem 12 “white tails” na fábrica à espera de comprador.

Pois, excepto que neste momento nem sequer se sabe se serão novos ou não. Tal incerteza é visível quando não souberam ainda especificar se vão ser fabricados, montados ou apenas "modernizados" em Portugal. Também não se sabe qual é realmente o nível de "incorporação nacional". Que tecnologia portuguesa será incluída nas aeronaves? Não se sabe.

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Queiram ou não, comprar 12 A-29 por 180 milhões é um excelente negócio.

O valor não faz muito sentido, só se realmente forem aeronaves em "segunda-mão" modernizadas.

De resto, para quê adquirir 12, quando 8 bastariam apenas para treino, e colocavam de lado a invenção do CAS?

Citar
E, se querem fazer formação de PILAVs e CAS, faz muito mais sentido logisticamente adquirir apenas uma plataforma que duas dedicadas, como hélis e um treinador dedicado.

Ou não. Helis são necessários na mesma. Podes é adquirir helis, e mantê-los desarmados em possíveis missões em África, limitando-se a MEDEVAC, transporte, inserção de tropas, etc, e depois precisas dos ST para as missões de ataque, obrigando a FAP a ter 2 tipos de aeronave no TO, complicando toda a logística. Ou podes simplesmente adquirir mais quantidade de helicópteros, armar metade deles, e tens uma frota uniformizada no TO.

A suposta "vantagem logística" não existe, porque o ST não substitui helicópteros. Dito isto, podes muito bem viver sem os STs em África a fazer CAS, e reduzir a sua encomenda (ou procurar uma alternativa mais adequada e/ou mais barata) largando as missões de combate. Em África, uma frota maior de UH-60, incluindo armados, cumprem a missão enquanto o TO for permissivo, e para ISR podes usar UAVs nacionais.

Ou então, podes descartar por completo o treino avançado, pagas o dito numa escola internacional, e o resto do dinheiro investes nos tais helicópteros (solução de curto prazo para CAS no TO africano), e a médio prazo dás o salto para UCAVs.

Portanto, a opção pelo ST é a que faz mais sentido? Não. É uma opção que "faz sentido" se ignorarmos N questões, argumentos, alternativas e variáveis.
Um héli é muito mais vulnerável em CAS que um ST, disso não tenham dúvidas. Além disso, é mais lento e mais caro de operar. Deixem lá os hélis para transporte, treino e SAR…  a partir do momento em que a opção (certa ou errada) é feita por juntar treino e CAS numa mesma aeronave, digam-me lá quais são as alternativas realistas, e com alguma (pouca, muita, não sabemos ao certo ainda) incorporação nacional… quanto a questão do concurso, admite-se não se fazer para o F-35 e tem que se fazer para treino+CAS porquê? São as tais soluções governo a governo… não se pode gostar delas para umas coisas e não para outras…

A solução já foi explicada tantas vezes. É pegar nos 180M€ e comprar 10 PC-21, uma meia duzia de UCAVs, satélites para os controlar, Helis armados para evacuação e uns 100 hellfires, abrir uns cinco concursos e negociar contrapartidas com cinco empresas diferentes. Estou certo que ainda devia sobrar dinheiro para comprar uns TA-50. A solução é tão simples que não se percebe a dúvida.
Por favor vê o meu primeiro post sobre este assunto. Essa solução, e outras aqui avançadas, configuram uma solução operacional diferente. É a vossa opinião, aparentemente não é a opinião da Força Aérea. A minha pergunta é outra, a minha pergunta é “dado que a Força Aérea optou por fazer as duas missões com a mesma aeronave, correta ou incorretamente, qual a solução melhor que o ST?”.
 

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Re: CAS
« Responder #1317 em: Junho 30, 2024, 02:23:37 pm »
Um héli é muito mais vulnerável em CAS que um ST, disso não tenham dúvidas.

Olha que depende. Se tiveres cobertura sob a forma de edifícios, montes, árvores, o helicóptero apresenta soluções que o ST nem sonha. A isto acresce que um helicóptero com canhão de 30mm, tem que se aproximar menos dos alvos do que um ST com as suas metralhadoras/canhões, além de ser uma arma mais eficaz contra pessoal e veículos. O ST sempre que quiser disparar as metralhadoras e/ou canhões, tem que voar em direcção ao alvo, e este perfil de voo é dos mais perigosos para um piloto, onde um tiro de sorte do adversário pode estragar o dia.

De resto, para um país que queira levar a sério CAS em África, UCAVs são o futuro, que cumprem durante mais tempo, e não coloca lá um piloto em risco.

Citar
Além disso, é mais lento e mais caro de operar.

Sim é mais lento e caro de operar. Mas quando falamos de custos de operação, a comparação não é helicóptero vs ST, é o custo de ter no TO um maior número de helicópteros da mesma família (por exemplo 6 UH-60) vs helicóptero + ST (que podia ser qualquer coisa como 3/4 de cada).

A velocidade é relevante, mas também o são as distâncias. O ST precisa no mínimo de uma pista de terra batida para operar, o que limita o número de localizações no TO para eles, já um heli precisa apenas de uma clareira e pouco mais. Ou seja, se a base dos STs estiver a 100km de distância da área de operações, e uma qualquer base de helicópteros estiver apenas a 50km, a vantagem do ST em velocidade perde-se.

Citar
Deixem lá os hélis para transporte, treino e SAR…

Não podemos. Um país que quer ter uma força anfíbia, vai precisar de um meio aéreo com algum poder de fogo VTOL, capaz de realizar CAS às forças desembarcadas. Também não faz sentido abdicar da capacidade VTOL armada, que em N cenários te permite fazer alguma forma de CAS/ataque sem estar dependente de uma pista.

Citar
a partir do momento em que a opção (certa ou errada) é feita por juntar treino e CAS numa mesma aeronave, digam-me lá quais são as alternativas realistas, e com alguma (pouca, muita, não sabemos ao certo ainda) incorporação nacional…

A questão é que nem precisava de ser opção, pois em 20 anos de luta contra o terrorismo, nunca se pensou no assunto, não é agora, que o mundo se está a virar para conflitos de alta intensidade multi-domínio, que o devíamos fazer.

Precisam de usar STs ou outra aeronave similar para CAS em África? Peçam aos países africanos ou sul americanos que já usam este tipo de aeronave, para o fazer. Se a missão fosse assim tão urgente e esta uma necessidade prioritária, acham que iam ficar à espera que Portugal demorasse 5-7 anos a decidir
o que vai fazer, ao invés de pedirem a países que já possuem esta capacidade? Porque raio é que temos de ser nós a ter essa responsabilidade, quando há tantos países que já possuem essa capacidade? Só na CPLP tens o Brasil e Angola com este tipo de meio, Portugal não precisa desta capacidade, podendo e devendo contribuir de outras formas. Não faz sentido esbanjar dinheiro nisto.

Se querem tanto STs, por questões de obrigação, então que seja uma quantidade qb para treino, e sem a missão CAS. A última coisa que precisamos, é que esta esquadra mame recursos e pessoal que devia ser empregue nas restantes.

Quanto à incorporação nacional, bem, é difícil saber quando nem sequer se deixou mais nenhum fabricante apresentar propostas.

Citar
quanto a questão do concurso, admite-se não se fazer para o F-35 e tem que se fazer para treino+CAS porquê?

Para o F-35 "admite-se", porque este não tem concorrente. Se a intenção é dar o salto para a 5ª geração, que é o procedimento natural, e só há um concorrente, fazer o concurso de nada adianta.
O ST não é a única opção de treino + CAS, ou de treino só, ou de CAS só. É irracional fazer um ajuste directo a não ser que seja uma compra de oportunidade (e mesmo assim, pelo valor que se vai gastar, era perfeitamente aceitável abrir as portas a contrapropostas, dado ser um sector competitivo).

Tudo o resto, resume-se a uma péssima definição das prioridades, numa altura em que cada vez vemos mais lacunas nas nossas FA para os TOs actuais e futuros. Ter como 3º programa mais caro da LPM 2023-2034 a aquisição de aeronaves COIN, é absurdo.
Estás a pregar aos convertidos. Respondo o mesmo que respondi ao visitante123.. A partir do momento que a opção, certa ou errada, é por apenas uma plataforma, qual é a melhor solução e que possa ter incorporação nacional? Quanto ao resto, já aqui deixei bem claro várias vezes que não teria sido esta a minha opção, mas a minha questão não é essa. A resposta a minha questão é muito simples, é apenas um sistema de armas, não é um ensaio de 500 caracteres sobre qual a melhor solução eventual…
« Última modificação: Junho 30, 2024, 02:37:39 pm por JohnM »
 

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Visitante123

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Re: CAS
« Responder #1318 em: Junho 30, 2024, 03:42:07 pm »
eu acho que para formar 2 ou 3 PILAV de caça por ano, mais vale mandá-los para uma escola internacional e não gastar dinheiro com aviões de treino avançado.

Também acho, que o investimento devia ser canalizado para as unidades operacionais, dada a quantidade reduzida de pilotos que formamos.

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a FAP discorda de mim e diz que precisa/quer plataformas para formar PILAVs de caça e fazer CAS (podemos discutir porque querem fazê-lo, eu acho que sei, mas isso é outra conversa).

Neste momento, ainda não se sabe muito bem se a decisão foi sequer da FAP, ou se foi tomada "pela FAP". Faço-me entender?
Mesmo que fosse a FAP a decidir que queria fazer CAS com avionetas, ou CAS em África, não existe razão nenhuma para fazer um ajuste directo, sem sequer estudar ou testar outras alternativas, nem tão pouco abrir um concurso.
Também não existe explicação do porquê da FAP não ter pedido mais orçamento para os helicópteros de evacuação (para os poder equipar e armar como deve ser e aumentar o tamanho da frota), tal como não existe explicação do porquê de nem sequer se ter cogitado opções alternativas, como um C-295 armado, para desenrascar.

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A partir do momento que resolvem ir por essa opção, o A-29N faz todo o sentido e ainda tem as vantagens de ter incorporação nacional e existirem 12 “white tails” na fábrica à espera de comprador.

Pois, excepto que neste momento nem sequer se sabe se serão novos ou não. Tal incerteza é visível quando não souberam ainda especificar se vão ser fabricados, montados ou apenas "modernizados" em Portugal. Também não se sabe qual é realmente o nível de "incorporação nacional". Que tecnologia portuguesa será incluída nas aeronaves? Não se sabe.

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Queiram ou não, comprar 12 A-29 por 180 milhões é um excelente negócio.

O valor não faz muito sentido, só se realmente forem aeronaves em "segunda-mão" modernizadas.

De resto, para quê adquirir 12, quando 8 bastariam apenas para treino, e colocavam de lado a invenção do CAS?

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E, se querem fazer formação de PILAVs e CAS, faz muito mais sentido logisticamente adquirir apenas uma plataforma que duas dedicadas, como hélis e um treinador dedicado.

Ou não. Helis são necessários na mesma. Podes é adquirir helis, e mantê-los desarmados em possíveis missões em África, limitando-se a MEDEVAC, transporte, inserção de tropas, etc, e depois precisas dos ST para as missões de ataque, obrigando a FAP a ter 2 tipos de aeronave no TO, complicando toda a logística. Ou podes simplesmente adquirir mais quantidade de helicópteros, armar metade deles, e tens uma frota uniformizada no TO.

A suposta "vantagem logística" não existe, porque o ST não substitui helicópteros. Dito isto, podes muito bem viver sem os STs em África a fazer CAS, e reduzir a sua encomenda (ou procurar uma alternativa mais adequada e/ou mais barata) largando as missões de combate. Em África, uma frota maior de UH-60, incluindo armados, cumprem a missão enquanto o TO for permissivo, e para ISR podes usar UAVs nacionais.

Ou então, podes descartar por completo o treino avançado, pagas o dito numa escola internacional, e o resto do dinheiro investes nos tais helicópteros (solução de curto prazo para CAS no TO africano), e a médio prazo dás o salto para UCAVs.

Portanto, a opção pelo ST é a que faz mais sentido? Não. É uma opção que "faz sentido" se ignorarmos N questões, argumentos, alternativas e variáveis.
Um héli é muito mais vulnerável em CAS que um ST, disso não tenham dúvidas. Além disso, é mais lento e mais caro de operar. Deixem lá os hélis para transporte, treino e SAR…  a partir do momento em que a opção (certa ou errada) é feita por juntar treino e CAS numa mesma aeronave, digam-me lá quais são as alternativas realistas, e com alguma (pouca, muita, não sabemos ao certo ainda) incorporação nacional… quanto a questão do concurso, admite-se não se fazer para o F-35 e tem que se fazer para treino+CAS porquê? São as tais soluções governo a governo… não se pode gostar delas para umas coisas e não para outras…

A solução já foi explicada tantas vezes. É pegar nos 180M€ e comprar 10 PC-21, uma meia duzia de UCAVs, satélites para os controlar, Helis armados para evacuação e uns 100 hellfires, abrir uns cinco concursos e negociar contrapartidas com cinco empresas diferentes. Estou certo que ainda devia sobrar dinheiro para comprar uns TA-50. A solução é tão simples que não se percebe a dúvida.
Por favor vê o meu primeiro post sobre este assunto. Essa solução, e outras aqui avançadas, configuram uma solução operacional diferente. É a vossa opinião, aparentemente não é a opinião da Força Aérea. A minha pergunta é outra, a minha pergunta é “dado que a Força Aérea optou por fazer as duas missões com a mesma aeronave, correta ou incorretamente, qual a solução melhor que o ST?”.

Lê outra vez o post. Estava a ser irónico. Não se consegue nem metade dessa lista com 180M€.

É como comprares uma station wagon para levar os filhos à escola e carregares umas coisas na mala e vem um pseudo entendido dizer-te que se é assim devias ter comprado um Smart e uma carrinha de caixa aberta. Não interessa que o dinheiro da SW não chegue para os outros dois.
 

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dc

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Re: CAS
« Responder #1319 em: Junho 30, 2024, 03:47:23 pm »
Existe pois. E já foi explicado aqui várias vezes. As verbas para os helis de evacuação vêm do orçamento do exército.

Ai foi? É que neste momento ainda surgem dúvidas acerca de quem vai ficar com os helicópteros, e é inteiramente possível que decorram 2 programas distintos entre os ramos, possivelmente com 2 modelos diferentes. Se nem isto se sabe em concreto, muito menos se saberá o porquê de em momento algum não se pediu um tão necessário aumento da verba para os helis.

Estás a pregar aos convertidos. Respondo o mesmo que respondi ao visitante123.. A partir do momento que a opção, certa ou errada, é por apenas uma plataforma, qual é a melhor solução e que possa ter incorporação nacional? Quanto ao resto, já aqui deixei bem claro várias vezes que não teria sido esta a minha opção, mas a minha questão não é essa. A resposta a minha questão é muito simples, é apenas um sistema de armas, não é um ensaio de 500 caracteres sobre qual a melhor solução eventual…

A resposta é simples, o ST não se adequa às nossas necessidades, e representa um investimento de risco, não só pelo investimento inicial, mas sobretudo pela forma como vai absorver recursos (financeiros e de pessoal) que fazem falta noutras esquadras, só porque alguém se lembrou de atirar uma missão CAS em África para os requisitos.
Para um país que tem que realizar missões COIN com frequência, o ST é das melhores opções. Portugal não é esse país, tendo a FAP em particular responsabilidades que chegue em tantas outras missões, e tem que as cumprir com orçamento, meios e pessoal limitados.

Investir nos ST ou qualquer outra aeronave a hélice para CAS/COIN, é estar a relegar todas as outras missões/necessidades para segundo plano, em prol de uma missão de nicho, que pode deixar de existir num prazo de 1 ou 2 anos (por exemplo fruto da presença russa em África). Nós não nos podemos dar a estes luxos.