É perguntar à FAB, que tem uma assinalável experiência em reduzir encomendas do KC
Olás.
Penso que eu saberia explicar a norma que rege tais tipos de contratos, mas como não nacional sinto-me impedido de explanar aqui.
Caso tenha interesse indique um local mais adequado para resumi-la.
Sds!
O que há a explicar? A FAB tinha uma encomenda exagerada para viabilizar o projecto. Assim que viram que o avião lá foi angariando clientes internacionais, isso permitiu reduzir a encomenda, para assim poupar dinheiro. A única razão pela qual não houve penalização pela redução da encomenda, é por a Embraer ser brasileira. Portugal, sendo participante no projecto, e ao ver que o avião conseguiu mais clientes, também tinha o direito de optar por adquirir um menor número de aeronaves, caso achasse que 3 ou 4 bastavam, sem ter que indemnizar o que quer que seja, usando exactamente a mesma desculpa da FAB do "só encomendámos X aparelhos para viabilizar o projecto, e não precisamos de tantos".
Claro que no nosso caso teríamos que pagar indemnização, precisamente porque a Embraer não é portuguesa, e nesse aspecto, não há nada de "irmãos". Não é à toa que a Embraer resolveu aumentar o preço de cada aeronave às escondidas de um país que tinha participação directa no programa. Transparência para quê.
Já relativamente aos ST, sejamos claros: a Embraer está a desesperar para os conseguir vender. É que tiveram 20 anos de guerras contra o terrorismo, que foi o cenário ideal para vender aeronaves COIN. Agora, com a corrida armamentista que vemos em praticamente todo o lado, muito mais focada em conflitos convencionais, o mercado para os ST desaparece quase por completo, o que fica agravado pelo desenvolvimento de UAVs e UCAVs.
Nesta nova conjuntura, o ST pura e simplesmente não vende, e a única razão de Portugal estar sequer associado à dita aeronave, é por esta estar a ser imposta à força.