Os T38C vêm dos EUA com custos reduzidos. Não estou a ver um qualquer programa de aquisição de 6 aparelhos de treino a ficar pelo mesmo preço. De qualquer forma dá para os F16, não dará para o F35. Pelo menos é a percepção dos EUA ao comprarem o Boeing-Saab T7. 
Os T-38C provavelmente viriam a custo zero. O problema é que ias criar uma nova logística de propósito para uma aeronave de treino, que, segundo pilotos americanos, nem sequer se adequa para treino dos pilotos que vão operar aeronaves de 4ª geração. A nível de performance e do cockpit não se assemelha a absolutamente nada, nem consegue simular nada de um F-16 (e muito menos F-35). Para alguns acaba por ser perda de tempo, dadas as diferenças entre o T-38C e os caças reais.
Para nós até compensava mais desenrascar, adquirindo mais uns quantos F-16BM dos países que estão substituí-los por F-35, e usá-los para essa função temporariamente.
Neste momento Africa para Portugal é RCA, nesse país não podemos por e dispor, os meios e números autorizados são os que lá estão no momento, é uma força de tipologia QRF que está integrada numa missão das Nações Unidas denominada MINUSCA.
Verifiquem em África nas várias missões Nações Unidas, na vertente Peace Keeping, quantas aeronaves armadas organicamente existem...
Apesar do exposto podem teorizar à vontade sobre ST ou outro meio para a RCA.
Entretanto, Helis seriam uma mais valia, mas integrados na missão UN serviriam não só o contingente português mas toda a missão MINUSCA em todo o território da RCA, correndo o risco de ser destacado para um setor fora da capital onde nem sequer servisse as necessidades da QRF portuguesa.
Aquilo que foi dado a entender, é que o foco de Portugal é em África. Quando na elaboração da Estratégia de Defesa Nacional, consideram África como
a prioridade, é porque a coisa não se limita a missões ONU. Se a ideia é apenas as missões ONU e a ocasional missão de apoio a Moçambique, etc, então não faz qualquer sentido definir África, um continente enorme, com variados conflitos e muitos "players", como
a prioridade. Se a ideia é manter o actual formato de pequenas FNDs por lá, então isto não justifica o título de "prioridade", nem investimentos avultados em equipamento militar para aquele TO.
Tivemos uns 20 anos focados na guerra contra o terrorismo, e nem um MRAP se comprou, portanto não se justificará gastar o equivalente ao custo de 300 MRAPs em avionetas.
Para considerar África a prioridade para as nossas FA, então ainda menos relevante se torna o investimento em avionetas COIN, e surge a necessidade de investir muito mais dinheiro nas FA, nos domínios aéreo, terrestre e naval, e com especial atenção para a capacidade de projecção de força e sustentação da mesma.
Eu francamente não entendo o plano, nem o nível de ambição quando consideram África a prioridade para as FA. É que mesmo que considerássemos a nossa prioridade apenas a RCA, sem dependência da ONU (numa espécie de acordo bilateral*), as FA no seu estado actual não chegam (e não é a desperdiçar 180 milhões em avionetas que isso vai mudar), quanto mais quando olhamos para todas as "frentes" africanas.
*Acordo bilateral com o governo local do tipo, nós garantimos a segurança e construção de determinadas infraestruturas, incluindo uma base militar central para forças portuguesas (base aérea/aeroporto), e em contrapartida ganhamos o direito de exploração durante X anos do recurso natural Y por exemplo. Algo similar ao que as potências já fazem. Mas claro que falta capacidade militar, económica e diplomática para isto, e como tal, não se entende a fantasia de considerar África a prioridade militar.
Dito isto, investir em avionetas COIN para TOs em África, independentemente da questão da ONU, não faz sentido algum. A utilidade destes meios seria sempre limitada no tempo, sendo inteiramente possível que se usassem os ST para COIN em África durante uma mão cheia de anos num qualquer TO, se tanto, e depois nunca mais tivessem utilidade militar após o término das missões. Era um desperdício de dinheiro. Por outro lado, helicópteros armados e/ou UCAVs, acabando as missões em África, continuam a ter utilidade em variados outros cenários, não se limitando a COIN.