206 milhões de Euros não pagam, nem nunca pagaram na ultima década e meia, uma esquadra de Super Tucanos ou de AH-64, ou de AH-1Z.
Ou de qualquer outro aparelho que seja concorrente direto.
Quando se está a falar de aeronaves em segunda-mão, a história é diferente. Comprar uma frota de aeronaves para CAS, seja ela qual for, com aquele dinheiro, só será possível com material usado.
Em alternativa, pode-se é deixar de lado o programa CAS, e usar aeronaves existentes ou por adquirir (helicópteros de evacuação) para essa função, reforçando o seu orçamento com uma fatia do tal dinheiro.
Uma solução possível, e talvez a mais adequada em relação aos custos, passaria por pegar numa fatia dos tais 206 milhões, e reforçar a verba do programa de hélis de evacuação, passando dos 5 ou 6 UH-60 em segunda-mão, para 10-12, e reforçar as capacidades de combate e sobrevivência destas plataformas.
Para complementar esta medida, podendo-se usar mais uma fatia daqueles 206 milhões se necessário, era necessário investir nos drones de reconhecimento, como os AR3 e AR5. O Exército, neste momento, em vez de ambicionar ainda com um UALE (que seria muito mais benéfico ter os hélis todos sob o mesmo comando), devia era querer uma esquadra (ou duas) de drones de média dimensão para apoiar as suas forças em missão.
No fim, para missões tipo RCA, a combinação UH-60 armados com AR3 e/ou AR5, servirá perfeitamente para o critério CAS/ISR.
Hoje, nem o AH-1Z nem o AH-64 possuem a tecnologia necessária para detectar um USV no mar.
Hoje não, mas ontem sim?
Realmente, já sabemos que os drones no mar são completamente invisíveis, como é que um helicóptero de ataque com sistemas EO modernos, teria capacidade para detectar um USV?
Aliás, como é que os pilotos russos conseguiram detectar os USVs deste vídeo. Só pode ter sido magia, e não que os drones são, de facto, detectáveis. O vídeo até é meio turvo, e quem está a ver, não consegue ver os ditos drones nem nada a olho nu!
