O que é que as opções pelo ST, KC, Gripen ou o que seja, têm a ver com a Ucrânia? Que eu saiba, os programas de aquisições militares, têm que ser feitos com base em critérios técnicos, qualitativas, financeiros e da necessidade que há ou não de os ter nas FA. Se na vossa cabecinha tudo se resumo a "Ucrânia vs Rússia", é porque não entendem mesmo nada do que se fala.
Por outro lado, o conflito em questão, continua a ser uma peça central em tudo o que é geopolítica na Europa. No mínimo dos mínimos, devemos tirar duas ilações de que, a paz eterna na Europa nunca será eterna, e que tecnologias, doutrinas, etc são importantes, e que estamos a ver ter um grande destaque na guerra, e portanto devíamos fazer aquisições, com base nestes dois factores. Ignorar isto, é de amador.
O que também é de amador, é fingir que não há um conflito na Europa, e que o mundo não está num ponto em que a qualquer momento irão romper vários conflitos, e depois andar a fazer programas a 10/12 anos, com base no TO africano, como se fosse o centro do Universo. E o problema aqui, é que os meios adequados para guerra convencional, servem perfeitamente para as missões em África, já os meios COIN e similares, são perfeitos para África, mas não prestam para o resto. Dito isto, um país com recursos limitados, devia sim preocupar-se em resolver as prioridades, antes de ir para a especialização para um TO de baixa intensidade.
Quanto ao KC, Gripen e ST:
-o KC é caro, e portanto o 6º, cujo valor mínimo será de 100 milhões (estando mais perto dos 130/150 se for um contrato completo com sobressalentes, sistemas defensivos Elbit, etc), dava comprar 2 baterias pequenas ou 1 bateria reforçada de NASAMS, tapando uma das maiores lacunas de sempre nas FA.
-o Gripen é tão caro de adquirir como um F-35, com a desvantagem de ter menos chances de sobrevivência em cenários contestados. Não nos podemos dar ao luxo de gastar dinheiro numa aeronave inferior, que terá que durar até 2060/70.
-o ST já foi debatido N vezes. É uma aeronave boa para COIN, mas desadequada para tudo o resto. Numa FAP com tantas prioridades, não se justifica ter este tipo de aeronave, com estas missões em mente, e com os custos/consequências que isso acarreta. Mas a malta só vai aprender quando começar a ver cortes nas esquadras de F-16, por falta de dinheiro e pessoal, porque o esforço será todo canalizado para ST.
Fiquei curioso para saber a que argumento te referes, que aparente estou sempre a usar.
