Russian web brigades.......
"Métodos:
Os comentaristas das brigadas web às vezes deixam centenas de postagens por dia, criticando a oposição do país e promovendo legisladores que apoiam o Kremlin.[14] [5][17][18][29] Ao mesmo tempo, respondem a discussões que envolvam assuntos "tabus", incluindo a atuação histórica do líder soviético, Joseph Stalin, a oposição política, dissidentes como Mikhail Khodorkovsky, jornalistas assassinados e casos de conflito ou rivalidade internacionais (que ocorrem com países como Estônia, Geórgia e Ucrânia, mas também com as políticas externas dos Estados Unidos e da União Europeia).[14] O importante jornalista e especialista em temas sobre a Rússia, Peter Pomerantsev, acredita que os esforços do país têm o objetivo de confundir a audiência em vez de convencê-la. Ele conta que eles não podem censurar informações, mas são capazes de "poluí-las com teorias conspiratórias e rumores".[18]
A fim de evitar quaisquer suspeitas, seus operadores intercalam textos sobre viagens, culinária e animais domésticos junto aos comentários sobre política.[18] Eles sobrecarregam as seções de comentário de sites da mídia para impedir que haja diálogos construtivos.[30][31]
“ O efeito gerado por esses trolls de Internet não é tão grande, mas eles conseguem fazer com que alguns espaços de discussões se tornem inviáveis, já que os usuários desistem de comentar nos artigos quando os vândalos virtuais aparecem. Constantemente, conseguem criar um ambiente agressivo e hostil contra aqueles dos quais não gostam. Os trolls respondem a algumas notícias com uma grande quantidade de comentários ofensivos, tornando inviável para uma pessoa razoável comentar sobre qualquer coisa lá.[17] ”
Uma série de documentos vazados, publicados por Moy Rayon, sugerem que o trabalho no "local secreto dos trolls" é estritamente regulamentado por um conjunto de normas. De acordo com os arquivos, todo post criado por um funcionário da agência deve conter "não menos que 700 caracteres" nos turnos da tarde e "não menos que 1.000 caracteres" nos da noite. Também é obrigatório o uso de imagens e palavras-chave no corpo e no título da mensagem. Além das orientações gerais, também são dadas aos blogueiros "tarefas técnicas" — palavras-chave e pontos de discussão sobre temas específicos, como a Ucrânia, a oposição interna da Rússia e as relações com o ocidente.[18] Em média, durante o dia útil, os funcionários precisam postar 50 comentários em artigos de notícias. Cada blogueiro deve manter seis contas de Facebook e fazer pelo menos três posts ao dia, além de discutir diariamente as notícias em grupos no mínimo duas vezes. Até o fim do primeiro mês, espera-se que eles ganhem 500 inscritos e recebam por dia ao menos cinco respostas em cada postagem. No Twitter, os blogueiros precisam controlar 10 contas com até 2.000 seguidores e tuitar 50 vezes por dia.[20]
Em 2015, Lawrence Alexander desvendou uma rede contendo websites de propaganda que compartilhavam o mesmo identificador do Google Analytics e dados de registro do domínio, alegadamente dirigidos por Nikita Podgorny, da empresa Internet Research Agency, localizada na cidade de São Petersburgo. Os websites serviam principalmente como repositórios de memes, que visavam atacar a Ucrânia, o Euromaidan, a oposição russa e as políticas ocidentais. Outros sites deste grupo favoreciam o presidente Putin e o nacionalismo russo e disseminavam notícias a partir da Síria, apresentando pontos de vista contra o ocidente.[32]
Em agosto de 2015, pesquisadores russos correlacionaram estatísticas de buscas do Google de termos específicos com sua origem geográfica e observaram um aumento no número de termos relacionados à política (tais como "Poroshenko", "Maidan", "sanções"), que começou em 2013 e que teve origem em locais muito pequenos e periféricos da Rússia, como a região de Olgino, a qual coincide também com o escritório geral da empresa Internet Research Agency.[33] A firma também parece ser a principal patrocinadora da exposição internacional, Material Evidence, que exibe visões antiocidentais.[34] "
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Brigadas_da_web_russas