Documentos e Doutrina

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Duarte

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Re: Documentos e Doutrina
« Responder #330 em: Outubro 07, 2025, 05:43:03 am »
Parece que a ideia das  brigadas modulares e a BriCap é:

Estruturas modulares de brigada com funções distintas: brigada pesada/mecanizada, brigada de intervenção/ mecanizada de rodas, brigada de reacção rápida (com pára-quedistas/forças aeromóveis/comandos), etc. com as suas respectivas UEB de manobra e UEC de apoio direto (ERec, ISTAR, Logística, pel. PE, etc..)

Centralização de capacitadores de topo (por exemplo, poder de fogo pesado, defesa aérea, ISTAR) em grupos de capacidade para a atribuição  às brigadas consoante a missão, em vez de duplicação de meios entre elas.

Ênfase no rápido desdobramento, na capacidade expedicionária, capacidade de resposta a emergências nacionais, bem como nos compromissos de missão da NATO/UE.
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Re: Documentos e Doutrina
« Responder #331 em: Outubro 07, 2025, 01:51:39 pm »
Eu perguntei o mesmo  c56x1
Mas parece que é a onda NATO, e vamos entrar na onda... ::)

Centralizar as unidades por missão e material atribuído até faz sentido, menos quartéis, menos comandos de regimento, menos duplicação de recursos, logística facilitada, etc.. eu sou a favor da economia, logo que não seja a economia de meios!

Até parece que estamos a reinventar a roda.  What's old is new again!  :mrgreen:

Divisão NATO anos 60 com 3 regimentos  brigadas de Infantaria a 3 batalhões cada, 1 regimento de cavalaria com 2 GCC e 1 ERec, 1 regimento de artilharia, 1 GAAA, BENg, tudo ao nível divisião (ou escalão superior) Dejá vu... :mrgreen:

Pela minha parte, o substituo dos M-113 seria mais Pandur novos + MLU dos atuais já justificava uma linha de produção em Portugal, e para exportar também.

Mas e que países são esses? São da dimensão de Portugal? Têm exércitos da dimensão do nosso? Planeiam aumentar a sua dimensão, por exemplo com SMO?

Se me dissesses, fundir a BrigMec com a BrigInt, e criar a BriCap através da fusão de várias especialidades/unidades, ainda vá.

Agora criar mais uma Brigada, mas manter tudo o resto...

Depois não esquecer, isso não garante que vai haver uniformização, ou redução/fusão de regimentos.

Haveria um Regimento dedicado a esta Brigada? Se sim, onde?

E o conceito de brigadas modulares, é o equivalente ao "holístico" na Marinha, ou é algo com efeitos práticos? Por exemplo, menor rigidez no desenho/organização das unidades dentro de uma brigada?
 

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Re: Documentos e Doutrina
« Responder #332 em: Outubro 07, 2025, 04:49:36 pm »
Mas e que países são esses? São da dimensão de Portugal? Têm exércitos da dimensão do nosso? Planeiam aumentar a sua dimensão, por exemplo com SMO?

Se me dissesses, fundir a BrigMec com a BrigInt, e criar a BriCap através da fusão de várias especialidades/unidades, ainda vá.

Agora criar mais uma Brigada, mas manter tudo o resto...

Depois não esquecer, isso não garante que vai haver uniformização, ou redução/fusão de regimentos.

Haveria um Regimento dedicado a esta Brigada? Se sim, onde?

E o conceito de brigadas modulares, é o equivalente ao "holístico" na Marinha, ou é algo com efeitos práticos? Por exemplo, menor rigidez no desenho/organização das unidades dentro de uma brigada?

A Alemanha tem "Brigadas de Apoio Divisionário" (por exemplo, a nível de corpo ou divisão) que fornecem facilitadores de Capacitação (artilharia, engenharia, defesa aérea, logística) às brigadas subordinadas, em vez de duplicar estas forças em cada brigada. Muito semelhante funcionalmente, mas a nível divisionário (que obviamente não temos). Não são chamadas de "Capacitação", mas cumprem o mesmo papel: centralizar forças especializadas.

O exército francês tem agrupamentos táticos, inter-armas e brigadas de reconhecimento: Brigade de Renseignement et Cyber-Électronique (BRCE), que centralizam o ISTAR e o reconhecimento profundo, e brigadas de "forces de soutien". Além disso, os planos de modernização incluem o reforço do apoio centralizado de fogos e das capacidades C4ISR. Correspondência parcial – O modelo francês distribui alguns facilitadores a nível de brigada, mas mantém capacidades pesadas em formações centralizadas.

O Exército Britânico tem unidades "force ready" ou "capacitação/apoio" (por exemplo, brigadas de engenharia, brigadas logísticas, brigadas de defesa aérea) que não são brigadas orgânicas nem brigadas de combate, mas estão disponíveis para serem distribuídas pelas brigadas de combate. Como parte da revisão integrada e das reformas do Futuro Soldado, há brigadas/unidades facilitadoras reforçadas. Uma analogia próxima: o Reino Unido não usa "Enablement Brigade" como nome, mas têm o mesmo conceito. Mais uma vez estas forças de capacitação são ao nível divisionário..  mas o conceito é o mesmo, centralização de capacidades.
temos:
1st Signal Brigade
104th Theatre Sustainment Brigade
7th Air Defence Group
8th Engineer Brigade


Espanha tem algo comparável em estudo/ avaliação: a Brigada 2035 inclui não só batalhões de manobra, mas também um núcleo de tropas de brigada (NTB) com armas de apoio — um minigrupo de capacitação dentro da brigada. Este está a um escalão inferior a Portugal e aos países acima mencionados. É mais um batalhão reforçado agrupamento de capacitação...
O modelo espanhol mantém ainda muitas funções de capacitação/apoio a níveis mais elevados (divisionário, comandos logísticos), em vez de uma grande brigada separada dedicada aos facilitadores que são atribuídos a outras brigadas. Portanto, a Espanha está parcialmente alinhada, mas não exatamente.

A Holanda tem o Comando de Apoio Operacional Terrestre (Operationeel Ondersteuningscommando Landmacht, OOCL) que fornece elementos de apoio de combate (engenharia, comunicações, CIS, etc.) e unidades de apoio ao serviço de combate `as brigadas. Inclui um Comando de Apoio ao Comando e Controlo (C2OstCo), companhias de comunicações, etc. 103º Batalhão ISTAR. Tem ainda o Joint Ground-based Air Defence Command (Dutch: Defensie Grondgebonden Luchtverdedigingscommando, DGLC) com meios de defesa AA centralizados.

Após a invasão da Ucrânia pela Rússia muitos países da NATO têm vindo a aumentar os seus investimentos em apoio de fogo profundo, defesa aérea integrada e mobilidade/logística — áreas que fazem mais sentido quando agrupadas em escalões superiores.
É este o "trend".

As brigadas multinacionais (como na Letónia, Lituânia, etc.) requerem um apoio de capacitação profundo, como a defesa aérea, o ISTAR, a engenharia e a logística, que não podem ser replicados de forma económica (barata) em cada pequena brigada.

Eu especulo que muitos regimentos serão extintos, fundidos, etc.. e as brigadas serão mais tipo BriMec (sem unidades territoriais tipo regimento). Nunca percebi esta organização dual..

« Última modificação: Outubro 07, 2025, 04:54:54 pm por Duarte »
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Re: Documentos e Doutrina
« Responder #333 em: Outubro 08, 2025, 04:03:28 am »
No âmbito da Força Terrestre 2045
Tendência: simplificação do sistema regimental

Toda a informação disponível aponta para a redução gradual do número de regimentos, a sua consolidação e a transição para uma estrutura operacional mais baseada em batalhões, alinhada com as normas da NATO.

 Objetivos oficiais da FT2045

Reduzir a sobrecarga e a duplicação nas estruturas de comando e apoio.

Aumentar a força de combate destacável e a prontidão operacional das brigadas.

Racionalizar a presença territorial – menos bases, mais multifuncionais, em vez de muitos regimentos com efetivos limitados.

Modernizar a formação e a sustentação (por exemplo, centros de formação conjuntos, logística e manutenção centralizadas).

Estes objectivos foram explicitamente referenciados nas entrevistas do Chefe do Estado-Maior do Exército em 2023-2024 e nas apresentações oficiais durante os eventos do Exército 2045 (nomeadamente, as declarações do General Nunes da Fonseca do CEME em Santarém e Abrantes).

 Estrutura futura prevista (~2045)
1.As brigadas tornam-se os principais comandos operacionais.

Cada brigada (Mecanizada, Intervenção, Reação Rápida) comandará diretamente:

2–3 batalhões de manobra (Inf, Cav)

Apoio ao combate (Artilharia, Engenharia, Comunicações)

Unidades de apoio ao serviço de combate

A camada regimental tornar-se-á em grande parte administrativa e, em muitos casos, poderá ser fundida ou transformada em "Unidades Base de Apoio" ou "Centros de Formação/Apoio".

2.º Regimentos territoriais reduzidos ou fundidos

Provável:

Continente: Os atuais 11–13 regimentos serão consolidados em talvez 6–8 bases multifuncionais.

Nos Açores e Madeira: O RG1 (Angra) e o RG3 (Madeira) manter-se-ão como unidades permanentes de defesa territorial/soberania.

O RG1 poderá absorver o RG2, mantendo apenas um regimento por cada ZM.

3.As unidades de nível batalhão permanecem, mas os QG regimentais diminuem

Os batalhões manter-se-ão como as principais entidades operacionais (Infantaria, Reconhecimento, Artilharia, Engenharia).

Os regimentos servirão cada vez mais como comandos de guarnição, treino e manutenção, em vez de QG de unidades.

Por exemplo:

Em vez do "Regimento de Infantaria 14" ser uma unidade operacional, a "Base de Apoio de Viseu" acolheria o "1.º Batalhão de Infantaria (BriInt)".




Por que razão esta racionalização está a acontecer:

Limites orçamentais e de efetivos: O exército português conta apenas com ~14.000 efetivos ativos — um número insuficiente para manter 13 quartéis-generais regimentais e 3 brigadas com efetivos completos.

Interoperabilidade da NATO: A maioria dos exércitos modernos da NATO (Holanda, Dinamarca, Noruega, República Checa, etc.) migrou de forças modulares de nível regimental para batalhão, agrupadas sob comandos de brigada.

Foco na prontidão operacional: Centralizar o apoio e reduzir as despesas gerais liberta tropas e recursos para unidades de combate posicionáveis.

Racionalização geográfica: Muitos regimentos de pequena dimensão espalhados pelo país são ineficazes para a logística e mobilização modernas.
« Última modificação: Outubro 09, 2025, 11:45:37 am por Duarte »
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Re: Documentos e Doutrina
« Responder #334 em: Outubro 08, 2025, 04:44:55 pm »
A Alemanha tem "Brigadas de Apoio Divisionário"

O exército francês

O Exército Britânico tem unidades "force ready" ou "capacitação/apoio"

Espanha tem algo comparável em estudo/ avaliação

A Holanda tem o Comando de Apoio Operacional Terrestre

Era aqui que queria chegar. Todos os países mencionados, com excepção da Holanda, são muito maiores que o nosso, e possuem exércitos muito maiores que o nosso. E mesmo assim nem todos resolveram criar uma Brigada para isso.

No nosso caso, se calhar fazia mais sentido fazer parecido à Holanda, e não criar uma 4ª Brigada de propósito.

E atenção, eu sou a favor de ter menos duplicação, mais eficiência, menos regimentos mono-missão. Não me parece é que, na situação actual, quando já temos 3 brigadas com falta de pessoal e meios, faça sentido criar uma 4ª brigada, que absorve determinadas capacidades das restantes, ficando o EP com 4 micro-brigadas.

Ainda por cima, quando não existem planos nem orçamento para ter "long range fires", nem reforço nas capacidades EW, etc. Na prática é mudar o nome, mas deixar tudo na mesma.

Para criar Brigada de Capacitação, tens de fundir a BrigMec com a BrigInt, formando uma Brigada Mista, para que seja sustentável criar a nova brigada.

Com isto, tens que definir bem o que vai para a nova brigada, e o que é orgânico à BRR e à Brigada Mista. Por exemplo, os Caesar podem fazer sentido na BrigCap, mas os ST5 porta-morteiro fazem sentido na BRR, e os Pandur PM (ou outro 8x8 nesta variante) Brigada Mista, até por questões logísticas.

Determinadas capacidades logísticas, de engenharia, etc, teriam que se manter nas respectivas brigadas, nomeadamente o que diz respeito a versões de engenharia dos Pandur e Leopard. Outras mais "genéricas", podem sim fazer parte da BrigCap.

Meios de reconhecimento é igual. A versão de vigilância do campo de batalha do Pandur, manter-se ia na sua brigada, porque não faz sentido complicar a logística ao ter uma quantidade muito reduzida de Pandur noutra brigada/regimento.

Sistemas AA, se forem MRAD fazem sentido estarem na BrigCap. Os VSHORAD em ST5 e Pandur, fazem sentido estar na BRR e BMista respectivamente.

Vamos adquririr o lança-pontes ANACONDA (camião MAN)? Então BrigCap. Vamos adquirir apenas a versão lança-pontes do Leopard? Então BMista.

Depois, para justificar verdadeiramente esta Brigada de Capacitação, era preciso novas capacidades. Long range fires, baterias MRAD em número suficiente, UAVs/UCAVs de maior dimensão, reforço dos meios logísticos, capacidade EW, guerra de minas, etc.

Quanto aos regimentos, concordo que é preciso reduzir e tentar fundir, em vez de ter regimentos mono-missão subaproveitados.

E para isso é preciso analisar que regimentos têm potencial de crescimento para absorver mais do que uma especialidade, que regimentos devem ser despachados, que regimentos pode mudar a sua especialidade (RI1 não têm pessoal suficiente para ser uma unidade de infantaria, fazia mais sentido ser convertidos numa unidade de logística, dada a proximidade à BA11 e à relativa proximidade a Sines).
« Última modificação: Outubro 08, 2025, 04:45:12 pm por dc »
 

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Re: Documentos e Doutrina
« Responder #335 em: Outubro 08, 2025, 06:46:48 pm »

Eu acho que a idea de reduzir nos regimentos e estruturas de comando é para criar novas unidades de escalão batalhão de manobra:

1 terceiro BI (Moto) na BrigInt com ST5
1 BI Aeromóvel na BriRR (talvez no RI10?, ficando um BIPara no RParas)
Um segundo BIMec na BriMec.

Com a falta de material ainda vamos ter a BriMec com Pandur MLU e a BrigInt com ST5  ::)

Quanto aos países mais pequenos da NATO, similares a Portugal, e equivalentes `a BriCap, IA diz:

Citar
🇳🇱 Holanda
➤ 11ª Brigada de Luchtmobiele e 1º Corpo (DEU/NLD) de Facilitadores

A Holanda não possui uma "brigada de capacitação" propriamente dita, mas:

O Comando Conjunto ISTAR (JISTARC), o Comando de Apoio à Defesa e o Regimento de Engenharia desempenham coletivamente a mesma função de capacitação.

No 1º Corpo (DEU/NLD), a Holanda contribui com unidades de C2, CBRN, EOD, CIS e logística para possibilitar o destacamento.
✅ Funcionalmente equivalente a uma brigada de formação portuguesa, embora distribuída pelos comandos.

🇧🇪 Bélgica
➤ “Componente de Apoio à Capacidade” (Composante d’Appui / Steuncomponent)

A Bélgica reestruturou o seu Exército em duas componentes principais:

Componente Terrestre (combate)

Componente de Apoio (engenharia, logística, comunicações, saúde, QBRN)

A Componente de Apoio desempenha exactamente as mesmas funções que a Brigada de Formação de Portugal, apenas num escalão superior.
✅ Assim sendo, a Componente de Apoio da Bélgica = Brigada de Capacitação de Portugal, em estrutura e missão.

🇩🇰 Dinamarca
➤ Divisão Multinacional Norte / Brigada de Apoio ao Exército Dinamarquês

A Dinamarca reativou uma Brigada de Apoio (Støttebrigade) sob o QG da Divisão.

Inclui:

Batalhão de Engenheiros

Companhia de QBRN e EOD

Batalhão de Comunicações

Batalhão de Apoio Logístico

Companhia de Polícia Militar
✅ Essencialmente equivalente a uma "Brigada de Capacitação".

🇳🇴 Noruega
➤ Brigada de Apoio ao Combate

O Exército da Noruega possui uma Brigada de Apoio ao Combate, para além da Brigada Norte.

Inclui unidades de artilharia, engenheiros, logística e comunicações.
✅ Objectivo quase idêntico: habilitar e sustentar brigadas de manobra.

🇨🇿 República Checa
➤ Comando das Forças de Apoio e Formação (Velitelství podpůrných sil)

Gere o suporte a nível nacional: CEI, logística, engenharia, defesa NBC.
✅ Conceito muito próximo — embora estruturado como um comando, e não como uma brigada.

🇭🇷 Croácia
➤ Comando de Apoio (Zapovjedništvo za potporu)

Logística, manutenção, assistência médica e QBRN centralizadas.

Fornece sustentação de força às Brigadas de Guardas.
✅ Conceptualmente, o mesmo que uma "brigada de capacitação".

🇸🇰 Eslováquia
➤ Comando das Forças de Apoio (Veliteľstvo síl podpory)

Engenheiros, logística, QBRN, sinais — sob um único comando.
✅ Equivalente a uma formação de capacitação.

🇸🇮 Eslovénia
➤ Batalhão de Apoio ao Combate + Batalhão de Apoio Logístico

Mais pequeno em escala, mas combinados, funcionam como facilitadores para a 72ª Brigada.
✅ A mesma função, apenas integrada na estrutura da brigada de manobra única.

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Re: Documentos e Doutrina
« Responder #336 em: Outubro 08, 2025, 09:24:05 pm »
São Jacinto já teve 2 BIParas e outras unidades.

Tenho sérias dúvidas num aumento de Batalhões. Prefiro e espero é que os Batalhões recuperem a terceira Companhia de Atiradores.
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Re: Documentos e Doutrina
« Responder #337 em: Outubro 09, 2025, 02:19:30 am »
São Jacinto já teve 2 BIParas e outras unidades.

Tenho sérias dúvidas num aumento de Batalhões. Prefiro e espero é que os Batalhões recuperem a terceira Companhia de Atiradores.

Também acho muito ambicioso, mas com o aumento de salários militares talvez aumente o recrutamento...
Outra possibilidade, falando de terceira companhia, seria cada UEB ter uma companhia formada por pessoal part-time/ reservistas como fazem no Reino Unido.

Principais Funções de reservistas
Os reservistas reforçam as unidades regulares durante as missões.
Competências Especializadas: reservistas trazem conhecimentos civis, como competências médicas ou de engenharia, para as unidades militares.
Compromisso Anual: Os reservistas comprometem-se normalmente com x dias de formação por ano, dependendo da unidade.
Horário de treino: O treino ocorre geralmente à noite e aos fins de semana, com um período de treino contínuo de duas semanas incluído.
Remuneração: Os reservistas são pagos pelos dias de formação e podem ganhar um bónus isento de impostos por completarem o seu compromisso anual.
« Última modificação: Outubro 09, 2025, 03:16:47 am por Duarte »
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Re: Documentos e Doutrina
« Responder #339 em: Outubro 09, 2025, 02:21:37 pm »
Quanto aos países mais pequenos da NATO, similares a Portugal, e equivalentes `a BriCap, IA diz:

Citar
🇳🇱 Holanda
➤ 11ª Brigada de Luchtmobiele e 1º Corpo (DEU/NLD) de Facilitadores

A Holanda não possui uma "brigada de capacitação" propriamente dita, mas:

O Comando Conjunto ISTAR (JISTARC), o Comando de Apoio à Defesa e o Regimento de Engenharia desempenham coletivamente a mesma função de capacitação.

No 1º Corpo (DEU/NLD), a Holanda contribui com unidades de C2, CBRN, EOD, CIS e logística para possibilitar o destacamento.
✅ Funcionalmente equivalente a uma brigada de formação portuguesa, embora distribuída pelos comandos.

🇧🇪 Bélgica
➤ “Componente de Apoio à Capacidade” (Composante d’Appui / Steuncomponent)

A Bélgica reestruturou o seu Exército em duas componentes principais:

Componente Terrestre (combate)

Componente de Apoio (engenharia, logística, comunicações, saúde, QBRN)

A Componente de Apoio desempenha exactamente as mesmas funções que a Brigada de Formação de Portugal, apenas num escalão superior.
✅ Assim sendo, a Componente de Apoio da Bélgica = Brigada de Capacitação de Portugal, em estrutura e missão.

🇩🇰 Dinamarca
➤ Divisão Multinacional Norte / Brigada de Apoio ao Exército Dinamarquês

A Dinamarca reativou uma Brigada de Apoio (Støttebrigade) sob o QG da Divisão.

Inclui:

Batalhão de Engenheiros

Companhia de QBRN e EOD

Batalhão de Comunicações

Batalhão de Apoio Logístico

Companhia de Polícia Militar
✅ Essencialmente equivalente a uma "Brigada de Capacitação".

🇳🇴 Noruega
➤ Brigada de Apoio ao Combate

O Exército da Noruega possui uma Brigada de Apoio ao Combate, para além da Brigada Norte.

Inclui unidades de artilharia, engenheiros, logística e comunicações.
✅ Objectivo quase idêntico: habilitar e sustentar brigadas de manobra.

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✅ Conceito muito próximo — embora estruturado como um comando, e não como uma brigada.

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Fornece sustentação de força às Brigadas de Guardas.
✅ Conceptualmente, o mesmo que uma "brigada de capacitação".

🇸🇰 Eslováquia
➤ Comando das Forças de Apoio (Veliteľstvo síl podpory)

Engenheiros, logística, QBRN, sinais — sob um único comando.
✅ Equivalente a uma formação de capacitação.

🇸🇮 Eslovénia
➤ Batalhão de Apoio ao Combate + Batalhão de Apoio Logístico

Mais pequeno em escala, mas combinados, funcionam como facilitadores para a 72ª Brigada.
✅ A mesma função, apenas integrada na estrutura da brigada de manobra única.

E quantos destes Exércitos mantêm um formato de 3 Brigadas, além da unidade de Capacitação?

A questão é esta. No nosso caso, seria muita brigada, para um Exército tão pequeno e com lacunas graves em várias áreas.
A maior parte desses países não criou de propósito uma Brigada para esse fim. Chamam-lhes de "unidade" ou "comando".

No nosso caso, faz sentido criar uma unidade de apoio centralizada? Sim. Faz sentido andar com 4 brigadas distintas? Não.

Eu acho que a idea de reduzir nos regimentos e estruturas de comando é para criar novas unidades de escalão batalhão de manobra:

1 terceiro BI (Moto) na BrigInt com ST5
1 BI Aeromóvel na BriRR (talvez no RI10?, ficando um BIPara no RParas)
Um segundo BIMec na BriMec.

Com a falta de material ainda vamos ter a BriMec com Pandur MLU e a BrigInt com ST5  ::)

Ou seja, um monte de copium para tentar manter as 3 actuais brigadas.

Não faz sentido ter um BIMec com ST5 na BrigInt.
Não faz sentido ter um BIMed com Pandur na BrigMec (ainda por cima se partirem do pressuposto que a BrigInt teve que receber ST5 por falta de Pandur suficientes, mas iam adquirir Pandur adicionais para a BrigMec).

Isto tudo porque não querem dar o braço a torcer, e fundir a BrigMec com a BrigInt, formando uma Brigada mais bem composta em termos de BIMecs, em termos de apoio de foto directo (Leopard a absorver as funções das V150), em termos logísticos (ficando eventualmente a brigada com um único modelo de APC/IFV e restantes variantes).

Relativamente ao RI10, a sua localização é mais propícia a receber uma FFZ. Com uma FFZ a operar lado a lado com o BIPara, existe incentivo para a uniformização de equipamento (nomeadamente viaturas) entre os Fuzileiros e a BRR, e com base no conceiro "light and fast" dos Fuzileiros, que assenta muito em mobilidade aérea, também correspnde à parte de ser uma unidade aeromóvel.

O RI10 ganhava reforço de investimento, havia melhor aproveitamento da unidade, criava-se uma grande interoperabilidade entre duas unidades de 2 ramos distintos, os Fuzos ganhavam uma nova área de treino ideal para operações anfíbias, e acesso a um maior "pool" de recrutamento.

Relativamente à forças de elite da BRR. Eu antes de me preocupar com uma BI Aeromóvel, preferia ter mais Comandos. Preferencialmente noutra zona do país (pool de recrutamento diferente do actual), inseridos numa unidade existente (provavelmente no Norte).

Ainda na BRR, eu antes de me preocipar com um BI Aerocoiso, preocupava-me com a criação de uma unidade de infantaria da BRR em Faro. O RI1 está num sítio péssimo em termos de recrutamento, e ainda por cima compete por candidatos com a BA11. Um RI em Faro estaria muito melhor localizado (maior densidade populacional e menor competição com outro ramo), e permitia ter uma unidade de combate numa zona que hoje está praticamente desprotegida.
 

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« Responder #340 em: Outubro 09, 2025, 02:45:20 pm »
É preciso diminuir o número de regimentos!

O pessoal do fórum:
- Vamos fundir todas as tropas Especiais, as duas brigadas (BrigMec e BrigInt), as Policias Militares de cada Ramo, as Academias e tudo o resto!

Vamos aumentar o número de militares!
O pessoal do fórum:
-Vamos distribuir Tropas que já são poucas por não sei quantos Regimentos, vamos criar novas unidades Especiais, ....

Este fórum sempre deu asas à bipolaridade.

Ou é uma coisa ou é a outra.

No sul, especialmente no Algarve o pessoal não vai para a tropa e quando vai, não fica lá muito tempo (pelo menos era assim no meu tempo).

Antes de criar seja o que for, vejam de onde vêm grande parte do pessoal que ingressa.

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Re: Documentos e Doutrina
« Responder #341 em: Outubro 09, 2025, 02:56:06 pm »
Nós já temos forças de capacitação mais 3 brigadas

São as Forças de Apoio Geral
 
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Cabeça de Martelo

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Re: Documentos e Doutrina
« Responder #342 em: Outubro 09, 2025, 03:03:01 pm »
Nós já temos forças de capacitação mais "3 brigadas"

São as Forças de Apoio Geral

Faltava-te as aspas. ;)
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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dc

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Re: Documentos e Doutrina
« Responder #343 em: Outubro 09, 2025, 04:09:56 pm »
É preciso diminuir o número de regimentos!

O pessoal do fórum:
- Vamos fundir todas as tropas Especiais, as duas brigadas (BrigMec e BrigInt), as Policias Militares de cada Ramo, as Academias e tudo o resto!

Vamos aumentar o número de militares!
O pessoal do fórum:
-Vamos distribuir Tropas que já são poucas por não sei quantos Regimentos, vamos criar novas unidades Especiais, ....

Este fórum sempre deu asas à bipolaridade.

Ou é uma coisa ou é a outra.

No sul, especialmente no Algarve o pessoal não vai para a tropa e quando vai, não fica lá muito tempo (pelo menos era assim no meu tempo).

Antes de criar seja o que for, vejam de onde vêm grande parte do pessoal que ingressa.

Já te foi explicado antes, mas gostas de te fazer desentendido.

Ninguém está a falar de criar mais regimentos (salvo uma excepção em Faro, porque lá não há nada tirando umas Messes, e o RI1 está demasiado longe para ser visto como opção para possíveis candidatos). Mesmo no caso de Faro, podias despachar o RI1 Beja, que nunca vai ter o devido aproveitamento, e transferiras suas funções para o novo RI de Faro.

Neste exemplo, não estás a aumentar o número de regimentos, estás a eliminar um que tem pouca utilidade e falta de pessoal, para elevar outro num local onde o nível de recrutamento seja maior.

Depois, ninguém falou em distribuir tropas existentes por outras unidades. Falou-se sim em aproveitar Regimentos existentes, que têm espaço, e abrir uma especialidade (Comandos por exemplo) que até então não estava disponível na região.
O objectivo não é transferir Comandos para outro sítio, é tornar os Comandos uma opção viável para os residentes de outra região do país. Com sorte, conseguias ganhar uma nova Companhia de Comandos desta forma.

O CdM continua sem perceber a importância do factor proximidade a casa na hora de recrutar pessoal. Aliás, isto é comum a todos os empregos, mas na cabeça do Cabeça, nas FA não é.

A razão da malta do Algarve não ingressar nas FA, ou quando ingressa é durante pouco tempo, é porque não tens uma unidade militar no Algarve e a distância até casa do RI1 e o salário baixo não compensam quando comparado com uma caixa de supermercado.

A densidade populacional diz-te que o RI1 fazia mais sentido em Faro do que em Beja.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Documentos e Doutrina
« Responder #344 em: Outubro 09, 2025, 04:31:07 pm »
Quem vai para os Comandos sabe muito bem para onde vai e não deixa de ir porque não há uma unidade dessas ao pé de casa, idem para os Paraquedistas ou Fuzileiros. No caso das Operações Especiais é diferente porque ficam longe de tudo e não estão propriamente numa zona central do país.

Tirar uma Companhia de Comandos ao RCdms, quando há tão poucos vai trazer que benefícios? Tu consegues recrutar pessoal do norte ao sul e até das ilhas sem qualquer problema.

O pior que aconteceu aos Paraquedistas foi exactamente isso e o número de efectivos é bastante superior, imagina nos Comandos ou outra tropa em que são umas poucas centenas.

Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...