Tenho uma ideia.
Vou pegar no dinheiro do PRR para adquirir um hidrográfico, ou quiçá dois.
Oh wait... vou demorar anos a redesenhar o conceito, para obter um único navio, que ultrapassa o orçamento.
Vou agora pedir ao Governo dinheiro extra, que se calhar fazia falta no meu ramo, mas que se lixe. "Por favor, mais 30 milhões para conseguir construir o Mega Hidrográfico!"
Obtido o orçamento suplementar, já vamos conseguir construir o navio. Ok, falta grande parte do equipamento, mas isso compra-se depois.
O navio é finalmente construído
Agora que já temos o navio, já podemos encostar todos os hidrográficos. Oh wait...
Este navio é só um, porque o orçamento não dava para mais. É também um navio mais complexo, logo cada paragem para manutenção será mais prolongada...
Vamos ter que manter pelo menos mais 1 ou 2 hidrográficos em operação até serem substituídos.
Felizmente é um navio hidrográfico dedicado, portanto quando está operacional pode dedicar 100% do tempo a essa missão. Oh wait...
É uma plataforma multifuncional, que vai ter 500 missões por fazer. Desde missões científicas, passando por teste de sistemas não tripulados, SAR, vigilância marítima, combate à pirataria, luta contra a poluição, desembarques anfíbios, transporte de material... Feitas as contas, é um hidrográfico 10% do tempo... São precisos mais navios...
Felizmente, o orçamento para a manutenção da MGP é bastante folgado, portanto podemos ter um dos maiores, mais caros e mais complexos navios hidrográficos do planeta sem qualquer problema. Oh wait...
Achei piada é à insinuação de que o PNM substitui sem problema todos os hidrográficos, só porque é multifunções (pelo preço devia!). No fim de contas, a regra "ter 1 é o mesmo que ter nenhum" ainda se aplica. E o que estava a ser debatido era como vai ser feita a rendição dos restantes hidrográficos.
Oxalá o PNM, por ser multifunções, tire da mira da Marinha o LPD puro, isso sim.