Atenção que os 30 e tal/40 milhões que vão sair da LPM para financiar 1/4 do PNM, só são necessários, porque se "abusou" no desenho e conceito do navio, já que o plano original era sair dali com um navio hidrográfico.
A opção não foi má, de ficarmos com um PNM, que permite desenrascar algumas valências e testar drones variados. Mas não podemos é:
-fingir que este navio é o suprassumo da tecnologia militar, e que com este navio, não é necessário investir em fragatas porque "no futuro será tudo drones";
-nem continuar a querer um NAVPOL, mesmo depois de se avançar com o programa do PNM + 2 AORs.
O que tem sido dito é desde logo isso, com 3 novos navios logísticos, estar com pressa para ter um NAVPOL é claramente um exagero para a nossa realidade, e para o estado da restante frota.
- Em todo o lado que ouço é dito que é um navio que vai servir de teste e experimentação de conceitos patra futuros navios... em lado nenhum está escrito ou ouvi dizer que é um supra-sumo...
O futuro NRP D. João II será um navio cientifico onde serão testadas novos conceitos/drones/TTP. Há coisas no navio que nos remete directamente para um navio cientifico/hidrográfico, outras que não fazem qualquer sentido num navio desse género, como por exemplo poder receber um número muito superior de pessoas para além dos tripulantes e cientistas, tendo sido acautelado casas de banho, capacidade de purificar água para esse possível acréscimo de pessoas, transportar 18 viaturas, 10 embarcações extra, etc).
Ainda hoje vi um responsável da Marinha dizer que era preferível trocar uma fragata de 1MM€ por duas de 100M€. Não vejo como, se ainda fosse por duas Tier 2 de 600M€...
O pessoal do fórum parece que deixou de saber entender o sentido do que está escrito, em vez de apenas saber o que está escrito.
O que o dito Oficial queria explicar é que não se pode colocar todos os ovos no mesmo cesto. É preferível ter vários meios, que apesar de não terem os equipamentos/armamentos de topo, mesmo assim conseguem realizar a missão. Isso foi dito em oposição de termos um único meio que se falhar ou ficar por alguma razão inop, a Marinha fica sem qualquer capacidade de realizar a missão.
É por isso que eles estão a apostar em 2 navios reabastecedores de pequena dimensão em vez de apostar num único navio com maior capacidade.
Mas existem coisas que não são responsabilidade da marinha, mas sim dos governantes. Não é porque o Almirante diz que tem navios capazes que os políticos não sabem exatamente o que têm, e escolhem ignorar.
Não há um único responsável militar que diga:
- Nós estamos muito bem!
O que dizem por norma é:
- Nós precisamos de mais meios, mas conseguimos realizar a missão. Isso é inerente a qualquer serviço público.