Obrigado, vou ver...
Já vi, não é um video da Damem mas sim um video de uma entrevista de youtuber da Naval News.
(Ele efetivamente afirma a substituição das fragatas por navios daquele tipo. 1
Não exatamente o atual PNM mas algo do tipo.
Dai falarem deste navio como um navio de teste de conceitos.
Isso não significa que eu concorde com ele, significa que ele defende navios com múltiplas capacidades, e ao que parece pelo que temos visto com os exemplos do Fearless-class, não é o único. 2
1- Eu avisei. As ideias variam quase diariamente, e no fim continuamos sem saber como é que é em termos de capacidade de combate.
2- A grande diferença, é que os outros países desenvolvem conceitos desses, para substituir LPDs ou LHDs, e para complementar navios combatentes, não para substituí-los.
O pessoal do fórum parece que deixou de saber entender o sentido do que está escrito, em vez de apenas saber o que está escrito.
O que o dito Oficial queria explicar é que não se pode colocar todos os ovos no mesmo cesto. É preferível ter vários meios, que apesar de não terem os equipamentos/armamentos de topo, mesmo assim conseguem realizar a missão. Isso foi dito em oposição de termos um único meio que se falhar ou ficar por alguma razão inop, a Marinha fica sem qualquer capacidade de realizar a missão.
É por isso que eles estão a apostar em 2 navios reabastecedores de pequena dimensão em vez de apostar num único navio com maior capacidade.
O dito Oficial diz que não se pode colocar todos os ovos no mesmo cesto, portanto, a MGP planeia substituir fragatas por "coisas" multimissão, que têm capacidades de vários tipos de navio, numa plataforma, podendo considerar-se "colocar os ovos todos no mesmo cesto". A ironia.
Depois, usam-se inúmeras falácias para justificar esse ponto de vista.
Primeiro, letalidade distribuída requer que a letalidade seja uma constante, e que esteja apenas distribuída por diferentes plataformas.
Ou seja, queres gastar 5000 milhões em capacidades de combate X, e tens a opção optar por 5 fragatas de 1000 milhões (X a dividir por 5 navios) ou optar por 10 fragatas leves de 500 milhões (X a dividir por 10). No fim, o custo é aproximadamente o mesmo, a letalidade X manteve-se, apenas dividiste por um maior número de plataformas mais baratas.
-Isto é diferente de usar a conversa de "letalidade distribuída", para no fim em vez de teres 5 fragatas de 1000 milhões, ficares com 5 fragatas de 500 milhões (metade de X, apenas com o objectivo de poupar dinheiro), ou ficares com 5 navios multimissão cuja capacidade de combate equivale à de fragatas de 500 milhões.
Outra falácia, é o "cumprir a missão". Muitas missões exigem o equipamento de topo para que sejam cumpridas com eficácia. Tu não consegues fazer BMD com "material que não é de topo". Não consegues atacar alvos a 1500km de distância em terra e com alguma rapidez, sem material de topo, nem consegues afundar uma frota opositora sem armamento adequado. Não consegues abater uma aeronaves a voar a grande altitude sem sistemas AA de topo, nem defender a tua frota de um ataque de saturação de mísseis.
Existe um padrão mínimo que tens de atingir, que exige sempre material de topo. Não é à toa que os países que encaram de forma séria a letalidade distribuída, optam por
complementar meios convencionais, maiores e mais caros (que geralmente transportam equipamento de topo que embarcações pequenas não conseguem),
com meios mais pequenos e baratos.
Portugal é o único país que quer fazer diferente, achando que consegue em navios pequenos e baratos, aquilo que fragatas de topo e contratorpedeiros fazem.