“A Tekever é altamente descentralizada: há decisões de milhões que são tomadas pelos engenheiros, não pelo CEO”Ricardo Mendes veio à “Liga dos Inovadores” falar dos drones que a Tekever, empresa da qual é fundador e presidente, fornece à Ucrânia para vigilância e explicou que a empresa trabalha neste momento num novo modelo de drone ainda sem data para lançamento, com mais capacidade do que os anteriores. Elege três gestores que admira e antevê para muito breve a chegada ao mercado de robôs humanoides para fazerem as tarefas em casaPara a Tekever, há um antes e um depois da guerra da Ucrânia. A empresa fundada em 2001 por ex-alunos de engenharia informática, do Instituto Superior Técnico, em Lisboa, começou por se dedicar ao software, trabalhando para muitos clientes em Portugal, e depois internacionalizou-se passando a fornecer soluções para clientes de peso como a Agência Espacial Europeia.
Foi por volta de 2008 que começou a apostar nos drones, também conhecidos na empresa como “computadores com asas”. "Os primeiros serviços para o mercado do ponto de vista comercial e já com algum volume foram a partir de 2017/18. E temos vindo a crescer exponencialmente desde aí. Mas nunca tínhamos estado envolvidos numa guerra até 2022", explica Ricardo Mendes, presidente, fundador e um dos maiores acionistas da Tekever.
"Estamos envolvidos na guerra da Ucrânia praticamente desde o seu início", acrescenta o líder da Tekever. A empresa tem dois modelos de drones em ação naquele país, o AR3, para vigilância em terra e os AR5 para vigilância no Mar Negro. Ricardo Mendes assume sem qualquer reserva o apoio à Ucrânia porque não tem dúvidas de qual “o lado certo” neste conflito. Mas adianta que há conflitos para os quais a Tekever não fornece drones, como o do Médio Oriente, onde “não é claro qual é o lado certo. E aquilo que nós fazemos exige a total entrega de todos nós. Nós trabalhamos todos muito, deixamos de ver as nossas famílias e não é por dinheiro, é porque estamos a ter um impacto na vida das pessoas”, adianta.
Algumas ideias que pode ouvir ao longo da conversa:
Segurança Social e defesa não são incompatíveis: “Defesa não se faz com mais dinheiro, faz-se com mais inteligência”
“Portugal tem fabuloso talento, precisa é de empresas que tenham visão e tirem partido dele”
“Vamos ter a chegar ao mercado em 2025, 2026 e 2027 robôs humanoides para as tarefas em casa
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