Arrisco mesmo a dizer que, caso sejam chamadas a entrar em combate, estarão apenas um pouco melhor preparadas e equipadas do que estava o pobre CEP na 1ª Guerra Mundial.
Tomaramos nós estar preparados como estava o CEP em 1917.
O exército no inicio da 2ª década do século XX não estava exactamente depauperado. O principal problema que se nos deparou, foi que as tropas portuguesas estavam equipadas com material alemão.
A Mauser tiveram que ser substituidas por exemplo.
Depois houve o pedido francês, porque nós tinhamos artilharia de calibres franceses e portanto tinhamos pessoal que podia operar peças de artilharia francesa. O CAPI (Corpo de Artilharia Pesada Independente) estava sob comando francês e chegou a receber obuses de grande calibre.
O desastre de La Lys, que normalmente associamos à I guerra mundial, não resultou de falta de armas ou de equipamento ou munições, foi falta de comando, falta de oficiais que estavam no quartel general em Paris, enquando sargentos e praças estavam metidos na lama nas trincheiras.
O que falhou foi todo o país, que em 1917 foi para a guerra, mas que em 1918 já tinha a maior parte da população a querer sair.
A única comparação, é realmente o poder politico, que em 1918 tinha como que virado o bico ao prego. Não havia rotação de tropas e optou-se por deixar os que lá estavam, morrer, adoecer, ou serem feitos prisioneiros. As duas divisões estavam abandonadas (mas tinham armas). Os ingleses tinham finalmente entendido a necessidade de retirar as duas divisões portuguesas, e o ataque alemão deu-se na pior das alturas (durante a substituição).
Os alemães sabiam da situação, e o ataque contra o setor português, foi propositadamente ali, porque era ali que estava o elo mais fraco.
O que temos agora é uma catástrofe quando comparado com o exército de 1917...
Esta catástrofe, é um dos resultados ocultos do governo da geringonça.
Se não fosse a guerra da Ucrânia, a catástrofe passava despercebida. O governo da gerningonça não serviu praticamente para nada, e em termos de defesa, foi um desastre.
Os governos de Costa acharam que, bastava formação na área tecnológica e pronto. Os meios pesados, os aviões os barcos as balas, isso é para quem precisa, nos ficamos na retaguarda a ver, a dar ideias e a dar força psicológica.