Lá está, faz mais sentido melhorar as condições e a atractividade para quem quer lá estar, do que forçar quem não quer (e ainda por cima ter de gastar dinheiro com isso).
A questão das idades é, mais uma vez, demasiado óbvia para não ser falada. No Japão foi logo das primeiras coisas onde mexeram. Por cá, parece que para ter um gajo a conduzir um camião, para ser mecânico, para pilotar drones, para trabalhar na ciber-segurança, e tantas outras funções com menos exigência física, é preciso ter a malta no pico da forma com 25 anos. Até para jogar futebol, desporto de alta competição, a idade é um critério menos importante, do que para ser determinadas especialidades no EP.
Quanto à BrigMec, eu reparo que há sempre o 8 ou o 80 quando se debate o seu futuro: ou se extingue tudo, ou se investe forte e feio para ter uma Brigada Mecanizada independente. Podíamos fazer algo no meio, em que não se extingue, nem se fantasia com uma super Brigada Mecanizada com 300 ou 400 blindados. E isto passa por aceitar o EP como um todo, e não dividido em 3 grandes quintinhas, em que por alguma razão, cada uma delas tem que ser plenamente independente. Nós não temos capacidade no Exército todo, para que tudo somado, se consiga formar uma força de combate independente, quanto mais ter isso em cada uma das brigadas?

Dito isto, gostava sim que houvesse a humildade de aceitar que a
BrigMec nunca vai operar sozinha, e o mesmo poderá ser dito para a BrigInt em cenários de média/alta intensidade, sendo o futuro operações de armas combinadas. Com base nisto, podemos aceitar que fazia mais sentido ter uma espécie de Brigada Mista, com meios de rodas e lagartas ao seu dispor, em que o seu emprego será feito na medida do que for adequado face ao TO e ameaça. Assim sendo, é reduzir os meios de lagartas a 120 veículos, entre 50 MBT, 50 IFV, e os restantes 20 nas versões de engenharia e lança-pontes (e de limpeza de minas também), passando as restantes funções para meios de rodas (já existentes na BrigInt ou a adquirir).
Entretanto:
-porta-morteiros ficavam em Pandur (seja com a modificação de APC existentes, seja aquisição de Pandur extra, que seria o ideal)
-artilharia AP assentaria tudo em rodas, e porque não fazer como os dinamarqueses, optando por ATMOS (155mm) e PULS (MLRS) ao mesmo tempo?
-capacidade A/C também em Pandur, idealmente inseridos numa torre RWS, não se perdendo capacidade de transporte de pessoal (e permitindo aumentar bastante o número de plataformas anti-carro)
-SHORAD também em rodas*
Penso que não me esqueci de nada, mas se me esqueci, importa é que fica a ideia.
*aqui as opções são várias:
-VSHORAD montado em Pandur, tipo M-SHORAD ou ATLAS RC G1X
-SHORAD mais complexo e caro, como o IRIS-T SLX, montado noutro veículo 6x6
Idealmente a capacidade SHORAD, usaria o conceito de "letalidade distribuída", tendo um sistema mais completo (digamos o M-SHORAD) num número relativamente limitado de veículos, e complementando por um maior número de torres RWS (a mesma RWS que mencionei para a capacidade A/C) equipadas com 2 Stinger.
Isto tudo, teria de ser obviamente complementado por uma bateria de médio alcance (NASAMS com High Mobility Launchers, ou IRIS-T SLM caso se escolhesse o SLX para SHORAD).
Relembro que, isto tudo que disse acima, teria de ser feito praticamente 2 vezes, caso se mantivesse e tentasse equipar duas brigadas (Int e Mec).