A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !

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saabGripen

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #5385 em: Junho 26, 2024, 11:05:07 pm »

Pelo que sei, tanto a Lisnave como a West Sea estão a ser bem geridos e dão lucro.

É entregar o Arsenal do Alfeite a um deles.

Onde está a dúvida?

As OGMA não eram o "arsenal" da FAP?
Agora são bem geridas e devem dar lucro.
A FAP perdeu alguma coisa com a privatização?

Nos dias de hoje, há falta de estaleiros. Não se constroi um em qualquer pedaço de praia.
Não nos pudemos dar ao luxo de ter um e ele não funcionar.
 
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dc

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #5386 em: Junho 26, 2024, 11:28:09 pm »
A "cena" da privatização (parcial) do estaleiro, é que precisa de ter valor inerente, para alguém comprar aquilo. O actual AA, além de envelhecido, tem espaço limitado. Por outro lado, um AA renovado, e com a antiga Lisnave em condições e como parte deste estaleiro, teria muito mais valor para uma privatização de, por exemplo, 30%.

Privatizar totalmente, pode ser perigoso. De repente o custo da manutenção dos navios da Marinha pode disparar, não havendo grande concorrência para fazer baixar o preço. A solução adequada poderá passar por uma privatização a 30-50%.

Não esquecer que, o lucro, depende de encomendas de outros países ou empresas. O AA só não dá lucro, porque se limita quase na totalidade a realizar trabalhos para a Marinha, a qual tem sempre orçamentos curtos. Privatizar, e não haver uma evolução do estaleiro, nem clientes estrangeiros (seja na área da manutenção naval, seja na construção), não vai mudar grande coisa em termos do lucro. É preciso um plano, um que pense logo em colocar o estaleiro no mercado.
 

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saabGripen

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #5387 em: Junho 27, 2024, 12:04:45 am »
A "cena" da privatização (parcial) do estaleiro, é que precisa de ter valor inerente, para alguém comprar aquilo. O actual AA, além de envelhecido, tem espaço limitado. Por outro lado, um AA renovado, e com a antiga Lisnave em condições e como parte deste estaleiro, teria muito mais valor para uma privatização de, por exemplo, 30%.

Privatizar totalmente, pode ser perigoso. De repente o custo da manutenção dos navios da Marinha pode disparar, não havendo grande concorrência para fazer baixar o preço. A solução adequada poderá passar por uma privatização a 30-50%.

Não esquecer que, o lucro, depende de encomendas de outros países ou empresas. O AA só não dá lucro, porque se limita quase na totalidade a realizar trabalhos para a Marinha, a qual tem sempre orçamentos curtos. Privatizar, e não haver uma evolução do estaleiro, nem clientes estrangeiros (seja na área da manutenção naval, seja na construção), não vai mudar grande coisa em termos do lucro. É preciso um plano, um que pense logo em colocar o estaleiro no mercado.


O valor do AA é o terreno e o betão que já lá está. As docas.
E, claro, alguns técnicos e engenheiros (talvéz...) e alguns equipamentos.
Os contratos a West Sea arranja. O AA não está vocacionado para isso, tal como os ENVC não estavam.
Eram funcionário públicos.
A West Sea está a fazer uma doca nova. Mas depois dessa, se calhar já não consegue expandir mais.

É entregar o espaço do AA a quem o sabe rentabilizar.
 

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dc

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #5388 em: Junho 27, 2024, 01:07:02 am »
Quem quiser comprar o AA, seja total ou parcialmente, não o vai querer fazer sabendo que, além de comprar o estaleiro, terá que resolver todos os problemas e modernizar/expandir aquilo tudo. Os ENVC sempre estavam em melhores condições.
Com ou sem uma privatização, é preciso modernizar o AA, e "esticá-lo" até à antiga Lisnave, se queremos que seja um estaleiro aliciante para alguém comprar.
Se conseguíssemos enquanto país, meter o AA no bom caminho, sem precisar de privatizar, melhor ainda.

A WestSea fez um bom trabalho, mas não faz milagres. Para investirem no AA (investimento avultado pelo trabalho necessário), têm que vislumbrar um mercado para rentabilizar o estaleiro. Se esta empresa gastar dinheiro no AA, e não houver retorno para compensar o investimento, será um erro de cálculo e dará grande prejuízo.
Se não houverem contratos de construção de navios de guerra, dificilmente a WestSea terá encomendas (civis) que justifiquem e paguem o investimento no AA. Neste caso, para a WestSea compensava mais comprar outro estaleiro mais pequeno e barato, ou comprar a antiga Lisnave, não tendo que lidar com os problemas do AA, e tendo muito mais margem para expansão futura.

O mercado civil não é infinito, e o mercado militar, de construção de navios novos e não apenas manutenção, é o que pode safar o Alfeite.
De uma forma simplificada, qualquer que seja o grau de privatização, quem gere o estaleiro, ou as medidas em vigor, essencial é modernizar e expandir o Alfeite, e construir navios para a Marinha (nomeadamente fragatas).
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #5389 em: Junho 27, 2024, 08:23:01 am »
Se a FAP perdeu alguma coisa com a privatização da OGMA? Perdeu e bastante.

Basta fazer uma pesquisa simples no Google sobre os atrasos da OGMA em relação à manutenção e/ou modernização de aeronaves da FAP desde que foi privatizada, e irão aparecer várias notícias a dar conta disso mesmo. Não foi o exemplo mais feliz para a apologia da entrega ao setor privado dos antigos Estabelecimentos Fabris das Forças Armadas.
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
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Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #5390 em: Junho 27, 2024, 08:50:37 am »
Se a FAP perdeu alguma coisa com a privatização da OGMA? Perdeu e bastante.

Basta fazer uma pesquisa simples no Google sobre os atrasos da OGMA em relação à manutenção e/ou modernização de aeronaves da FAP desde que foi privatizada, e irão aparecer várias notícias a dar conta disso mesmo. Não foi o exemplo mais feliz para a apologia da entrega ao setor privado dos antigos Estabelecimentos Fabris das Forças Armadas.

Basta estar presa a interesses externos, que nem num contexto europeu estão e mais interessados estão em se auto promover e ao seu País. Nem sequer é uma da Auto Europa ou da Airbus, fabricantes cá para exportação.
Temos sim interesses de venda de produtos a própria FAP. de forma "coerciva", nem que seja pelo assédio e pressão insistente e jogos influencias politicas e de alguns militares,
Ora a FAP mais que comprar precisa de manter e fazer os seus MLU.
Mas isto é a lógica. Não se adquire novos produtos todos os 10 anos. Tem é de se manter os existentes e ir fazendo melhorias , upgrades. E isso não não é feito como deveria. Ao contrário topa-se bem que os C130 ficaram para trás por causa dos interesses em justificar a compra dos KC na altura que estes precisavam desse empurrão de lançamento do modelo.
O KC português tem sido, a par do brasileiro e até mais no contexto europeu, o agente de propaganda da Embraer
 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #5391 em: Junho 27, 2024, 09:59:00 am »
Da lisnave atualmente só se aproveitam as docas e mm assim não sei

O investimento teria de ser gigantesco, aquilo até dá dó de ver para quem lá passou e viu aquele estaleiro a rebentar pelas costuras de petroleiros.

Agora parece um cenário do Mad Max.
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #5392 em: Junho 27, 2024, 10:15:20 am »
Da lisnave atualmente só se aproveitam as docas e mm assim não sei

O investimento teria de ser gigantesco, aquilo até dá dó de ver para quem lá passou e viu aquele estaleiro a rebentar pelas costuras de petroleiros.

Agora parece um cenário do Mad Max.

A esquerda e a maçonaria responsáveis por isso são agentes dos inimigos de Portugal.
Poderia dizer mais mas iria ser considerado discurso de ódio, pelo que me fico por 24/08/1572.
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #5393 em: Junho 27, 2024, 10:29:26 am »
Da lisnave atualmente só se aproveitam as docas e mm assim não sei

O investimento teria de ser gigantesco, aquilo até dá dó de ver para quem lá passou e viu aquele estaleiro a rebentar pelas costuras de petroleiros.

Agora parece um cenário do Mad Max.

A esquerda e a maçonaria responsáveis por isso são agentes dos inimigos de Portugal.
Poderia dizer mais mas iria ser considerado discurso de ódio, pelo que me fico por 24/08/1572.

Ora aqui está uma boa sugestão para um filme

La Reine Margot de 1994  ;)
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #5394 em: Junho 27, 2024, 11:19:23 am »

Parece-me uma solução muito interessante e relativamente "low-cost". Caía que nem ginjas nos nossos NPO´s.
Até nas BD e VdG, à falta de melhor neste momento.
 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #5395 em: Junho 27, 2024, 12:52:21 pm »
Uma espécie de " Vampire" aplicado ao meio naval.

Cada vez mais se apresentam soluções que lixam os dronezinhos do Picas e claque. Além dos NPO, nas Fragatas sem duvida também tem lá espaço e cabimento para isto

Aqui o artigo. E são da "Sentinel" como os RWS de .30mm e .50 já falados anteriormente
https://armyrecognition.com/news/army-news/army-news-2024/escribano-and-thales-collaborate-on-sentinel-rocket-weapon-system-to-counter-drone-threats

"The Sentinel Rocket system integrates Escribano's gyrostabilized remote stations, equipped with an electro-optical system, and Thales' rocket launchers, which have high propulsion speed, a range of up to 3 kilometers, and can deploy over 8,000 steel balls, creating a steel cloud."

Extermina os drones do picas em massa
« Última modificação: Junho 27, 2024, 01:00:15 pm por Pescador »
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #5396 em: Junho 27, 2024, 02:13:21 pm »
Da lisnave atualmente só se aproveitam as docas e mm assim não sei

O investimento teria de ser gigantesco, aquilo até dá dó de ver para quem lá passou e viu aquele estaleiro a rebentar pelas costuras de petroleiros.

Agora parece um cenário do Mad Max.

O investimento teria de ser avultado, é certo. No entanto já é um excelente ponto de partida, quando comparado com o início de um estaleiro daquela dimensão do zero. A isto acresce que podes fazer um chorozinho à UE para ajudar financeiramente, com a "desculpa" de que permite aumentar a capacidade de produção naval da UE, e ainda oferece à UE/NATO um estaleiro adicional para a manutenção dos seus navios (importante em caso de conflito, sabendo que os estaleiros noutros países mais centralizados e a Norte da Europa serão alvos primários).

Para render o investimento, era logo encomendar fragatas. Dá-se uso ao estaleiro remodelado, dá-se trabalho à mão de obra contratada, e coloca-se o estaleiro no mapa (mercado). Um Alfeite maior, e com docas maiores, permitirá realizar trabalhos em navios muito maiores do que actualmente consegue fazer, além do claro aumento de nº de docas disponíveis, em que, desde que haja mão de obra, permite a realização de trabalhos em mais navios em simultâneo.
 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #5397 em: Junho 27, 2024, 03:07:28 pm »
Da lisnave atualmente só se aproveitam as docas e mm assim não sei

O investimento teria de ser gigantesco, aquilo até dá dó de ver para quem lá passou e viu aquele estaleiro a rebentar pelas costuras de petroleiros.

Agora parece um cenário do Mad Max.

O investimento teria de ser avultado, é certo. No entanto já é um excelente ponto de partida, quando comparado com o início de um estaleiro daquela dimensão do zero. A isto acresce que podes fazer um chorozinho à UE para ajudar financeiramente, com a "desculpa" de que permite aumentar a capacidade de produção naval da UE, e ainda oferece à UE/NATO um estaleiro adicional para a manutenção dos seus navios (importante em caso de conflito, sabendo que os estaleiros noutros países mais centralizados e a Norte da Europa serão alvos primários).

Para render o investimento, era logo encomendar fragatas. Dá-se uso ao estaleiro remodelado, dá-se trabalho à mão de obra contratada, e coloca-se o estaleiro no mapa (mercado). Um Alfeite maior, e com docas maiores, permitirá realizar trabalhos em navios muito maiores do que actualmente consegue fazer, além do claro aumento de nº de docas disponíveis, em que, desde que haja mão de obra, permite a realização de trabalhos em mais navios em simultâneo.

Com o cenário recente de aumento construção naval militar, que se multiplicada de ano para ano, era sem dúvida uma boa aposta com verbas da UE a recuperação do espaço, mas a ter gente séria na frente. Nem que fosse numa conjuntura de alianças a outros estaleiros navais europeus, como a Damen, ou Navantia, etc . Aliás o próprio conceito de "exército Europeu" devia conter também certas infraestruturas assim, que facilitassem a construção e manutenção dos meios
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #5398 em: Junho 27, 2024, 04:36:11 pm »
Eu desisto.
Com o sistema actual e por vontade dos eleitos, ou melhor da "classe elegível", não há volta a dar.
A ocorrer alguma mudança será por alguma PEIDA (Política Europeia de Indústria de Defesa e Aeroespacial) que trará incentivos financeiros para desenvolver industriais nacionais e fomentar os "consumos" e penalizar a "frugalidade" nas aquisições militares.
A "classe elegível" é globalista e oportunista. Serem portugueses é para eles apenas uma maldição, curiosidade e/ou irrelevância.
Não são gente como nós e não existem para nós.
Desisto porque já não tenho pachorra para esta III República, apátrida e maçónica.
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #5399 em: Junho 27, 2024, 08:16:58 pm »
Altos cargos em Instituições a pertencer a Maçonaria e conheço alguns, nomeadamente dois bem conhecidos do publico em geral, só andam a toque do maestro.
E são colocados a gosto