Não me fiz entender... para mim o CEMA disse que um sistema como a "Bimby" será o futuro mas não quando será; esse sistema não é o MPSS 9000, é algo para além disso - no fundo inspirado por mas que ainda não existe; na altura talvez se chame fragata, sendo que será uma com inúmeros drones (ainda a conceber); a "Bimby" será um inicio apenas. Neste momento e no futuro "próximo" o que se está a planear são fragatas como as que os Países Baixos (as encomendadas por Singapura, o Reino Unido, etc) estão a conceber - e será isso que o CEMA quer (quer mas, por este andar não vai ter que isso custa dinheiro e para isso não há).
Um futuro combatente baseado no PNM, terá que ser parecido (em design e filosofia) ao próprio PNM. Se um tiver convés de voo corrido e o outro não, então um não é baseado no outro.
A partir do momento em que futuras fragatas não têm convés corrido como o PNM, e apenas têm capacidade acrescida para drones quando comparado com fragatas convencionais, continuam a ser fragatas, não são nem PNMs nem porta-drones, são fragatas com capacidades acrescidas de drones.
De notar que o NPO tem capacidade para lançar drones variados, mas isto não faz dele um porta-drones.
Por outro lado, se as ditas "futuras fragatas" tiverem realmente um design idêntico ao PNM, incluindo o convés de voo e o perfil de missão principal for de "porta-drones", aí podemos dizer que se baseou no PNM. Mas, o navio não pode ser classificado de fragata, porque não possuirá o armamento, nem o design, nem a dimensão e o deslocamento típicos de uma fragata. A isto acresce que, um design deste tipo, levanta questões relativamente à sua real capacidade:
É que com convés de voo corrido, o navio terá armamento muito limitado (apenas auto-defesa, se tanto), porque o convés de voo ocupa a maioria do espaço disponível. E das duas uma:
-o navio vai para missão praticamente desarmado, para ser um porta-drones, ou;
-abdica da maior parte do espaço do convés de voo, para ter módulos contentorizados para armamento.
Quando uma Marinha tem poucos navios, e os navios têm que escolher ser a escolta ou o escoltado (não esquecer, substituíram fragatas por isto!), isto torna-se um problema.
Expliquei-me mal - a "Bimby" vai ser o futuro quando outras Marinhas (holandesa no meu exemplo) considerarem que é o futuro... até lá é (apenas) uma previsão, uma possibilidade sem data definida.
A Marinha de Singapura contratou no ano passado a construção de seis navios que desconfio são algo muito semelhante ao que o Gouveia Melo idealiza.
Agora nem quero saber quanto é que custa cada um daqueles navios.
https://www.shephardmedia.com/news/naval-warfare/imdex-2023-embargoed-singapore-shares-mrcv-design-details/
https://www.navalnews.com/naval-news/2024/03/singapore-cuts-steel-on-its-first-multirole-combat-vessel-mrcv/
É impressionante como é que vocês conseguem olhar para os desenhos disponíveis do PNM, do MRCV, e convencer-se de que são idênticos.

Realmente era muito difícil perceber que o MRCV é mais parecido (e baseado) com os Absalon dinamarqueses do que com o nosso PNM, tal como deve ser difícil ler o que está lá escrito, que aqueles 6 navios não vão substituir fragatas, vão substituir "corvetas" (na verdade Missile Boats), que são mais pequenos que os NPOs.
https://en.wikipedia.org/wiki/Victory-class_corvetteJá agora, os MRCV terão um deslocamento estimado de 10000 toneladas, e mais armamento que as nossas fragatas. Mas sim, é o mesmo conceito que o do CEMA, excepto que é 99.9% diferente, desde o convés, ao design, ao armamento, à dimensão, missão principal, etc. A isto acresce que estes navios, vão operar em conjunto com fragatas, não substituí-las, como o CEMA fala.