Mas afinal querem helis ligeiros ou médios? Tanta variedade que fica-se sem perceber que helis querem.
Isto calha no heli semi-médio, entre o ligeiro pesado e o médio ligeiro, ou seja, continuamos quase na mesma.
Para isto mais valia reabilitar e preparar os 4 AW-101 CSAR e usa-los. Tanto é que o 169M carrega supostamente 10 militares armados e o A-119 7...
A FAP precisava de um héli-médio (AW-149, NH-90, EC-225,UH-60M) e ponto final.
A confirmar-se, a CEiiA terá mais peso nas decisões que o EMFA, o que é vergonhoso.
Para CSAR e transporte não tem os Merlin? Para que vai comprar mais helis?
Para heli ligeiro serve um MH-6 Little Bird ou similar não vale a pena estar a inventar muito.
Continuo sem entender esta necessidade de ter tanta variedade de helis para depois não lhe fazer uso. Parece que ninguém sabe o que quer e é comprar porque sim e porque alguém num poleiro quer.
Do ponto de vista da gestão isto tem que primeiro ter uma reviravolta e só depois comprar equipamentos não podemos continuar a comprar equipamentos tendo por base a ideia de que temos uma FA's tradicionais.
O problema do Merlin é que nunca, ou muito raramente, há disponíveis para missões militares por estarem todos ocupados com a missão de SAR ou em manutenção. Com o problema dos contratos de manutenção resolvidos, há um pouco de esperança que a situação melhore, mas ainda é cedo para saber se vai fazer diferença.
Por isso precisas de algo que faça aquilo que o Merlin não pode fazer por já estar ocupado com outras missões. Daí se falar num heli médio. Depois também precisas de um heli ligeiro para fazer tudo aquilo que o Koala não pode, por ser civil e monomotor.
Precisamente por não termos umas FA convencionais, que no nosso caso opera helis civis (Koala), helis sem FLIR (Lynx), helis sem armamento adequado (todos), sem equipamento de autodefesa (todos excepto os 4 Merlin CSAR), que nos vemos obrigados a ter uma mistela de modelos.
O ideal era termos um heli ligeiro militar, que faça treino e também escolta, CAS, inserção de forças especiais, etc. Um heli médio, para fazer de tudo um pouco e de preferência com versão naval. E o heli pesado que já possuímos.
Afinal quantos Merlin há em manutenção e em uso? Trata-se de um heli médio e não pesado, se é demasiado caro para manter é preparar já aquisição de próximos e vender estes Merlin.
Eu continuo a defender que o grave problema é mesmo a falta de visão e a mania das grandezas.
Não faltam opções para helis, nem que sejam Kamov ou Changhe.
Alguém mais dentro do assunto certamente será mais capaz que eu de dar números exactos. Mas o que sempre se falou, é que os Merlin disponíveis estavam todos alocados ao dispositivo SAR. Fica a questão se, com a resolução do contrato de manutenção destas aeronaves, assinado no início deste ano se não me engano, os Merlin passarão a ter uma maior taxa de disponibilidade, podendo ser finalmente utilizados para fins militares.
E isto nada tem a ver com tamanho ou custo de operação da aeronave.
Tecnicamente é um heli médio-pesado, estando no segmento acima dos médios como os NH-90, EC-725, etc. Para nós, para todos os efeitos, é o heli pesado da força. Tem como principal vantagem o raio de acção, e claro, a sua dimensão permite que num único sejam resgatadas muito mais pessoas.
E vender os Merlin para comprar Kamovs e helis chineses?? Então resolvemos problemas de manutenção dos Merlin, para ganharmos novos problemas de sobressalentes? Os Merlin estão cá muito bem, está-se aqui a complicar uma temática de resolução fácil.