Só vou dizer uma coisa, e fazendo previamente a ressalva que veria sempre com bons olhos a vinda de aparelhos da família Sikorsky S-70 para as Forças Armadas Portuguesas: cuidado com o material reacondicionado e com o embuste de comprar células baratas para depois ter de abrir bem os cordões à bolsa para as colocar operacionais. Já vimos essa novela, que teve a sua expressão máxima com os A-7P, e não teve uma história e desfecho bonitos. A não ser que fosse possível fazer um "zero hour" estrutural a essas células, há sempre a grande hipótese disso se poder tornar num presente envenenado a dada altura.
Concordo em absoluto. Como já aqui tinha referido o recondicionamento que têm feito inclui motores novos de fábrica e MGB nova e todas as inspeções feitas, a questão da célula depende da versão: a "L" não tem limite de vida mas a "A" tem. Como disseram em posts anteriores, mesmo que os UH-60A venham quase dados, há que acrescentar o upgrade de "A" para "L" e de "L" para "V", mais as execução de todas as inspeções, motores novos, etc...
Pelos zuns-zuns que me têm chegado, está tudo neste momento na expectativa para ver quem oferece o melhor pacote, se a Leonardo, Lockheed Sikorsky ou mesmo Airbus. No entanto há já um problema identificado, e que nada tem a ver com as aeronaves, que é o facto da Esq. 552 ter alertado por mais de uma vez que não tem nem terá eventualmente tão cedo pilotos para esses aparelhos, uma vez que o que a FAP parece pretender é aliená-los aos Zangões sob a forma duma 2ª esquadrilha. A ver vamos como isto se desenrola, no entanto é quase certo que este ano dificilmente haverão grandes desenvolvimentos.
Há duas correntes sobre este assunto na FAP. Uma é que referiu e que poderia ser a solução caso se adquirisse um helicoptero Light Twin (tipo AW169M ou H145M). Nesta opção seria mais fácil quer do ponto de vista da formação de pilotos como ao nível da manutenção uma vez que se tratam de helicópteros com manutenção baseada em conceitos civis.
A outra corrente é a favor de uma nova esquadra, independentemente da tipologia do helicóptero, e esta assenta essencialmente na tipologia da operação e todas as exigências associadas em termos de treino específico e doutrina. Mas uma vez mais há a questão da falta de pilotos... uma esquadra, 5 helicópteros, considerando destacamentos e FNDs... muita gente.
Togus, uma ESQ a cinco helis é só mesmo para rir, vejam-se os exemplos da 552, e da EHM.
Esse numero de aeronaves será quanto o necessário para formar uma Esquadrilha, o numero mínimo de qq modelo de heli que venha a ser adquirido de modo a constituir uma nova ESQ deve ser de oito unidades, sejam elas quais forem.
Se forem adquiridos cinco helis, na minha opinião deverão ser colocados na 552.
Actualmente a ESQ possui se tanto, apenas pessoal de voo e MNT, para as cinco aeronaves, mas o que acontece se os helis forem alocados a uma nova ESQ ?
A FAP tem de destacar e ou formar pessoal para a nova ESQ, correcto ??
Então, se a FAP tem falta de pessoal para colocar os cinco/seis helis na 552 não vai ter a mesma ou maior falta de pessoal se criar uma nova ESQ ??
Claro que vai e até será mais penalizante pois vai necessitar de formar toda uma estrutura de CMD para a nova ESQ, situação dispensável se os novos helis forem colocados na 552.
Agora quanto ao modelo de heli a adquirir, eu penso que, como a FAP tem a limitação de meios humanos que tem, a decisão já estará tomada e ou teremos os 169M ou os 139M na FAP, pois se for um destes dois modelos a ser adquirido será muito menos oneroso e mais rápido formar os pilotos e pessoal de terra devido a FAP já ter experiencia de voo e MNT dos 119Civis que partilham muitos componentes dos dois modelos acima referidos.
Estarei engano neste meu raciocínio, provavelmente não.
Abraços