Charlie, quanto aos SH-2, sem dúvida que eram chaços e presentes envenenados. Quanto à escolha dos Lynx pelo Cavaco, foi adequada, mas no caso dele eu teria optado pelos SH-60 como, aliás, fizeram a maioria dos operadores das MEKO 200 -- são helis mais capazes e podia capitalizar-se a 'generosidade' americana da altura. Teria também aceite umas OHP que, naquela altura, tinham meia dúzia de anos de serviço e eram as fragatas mais bem equipadas do mundo ocidental.
Mas o Cavaco nunca foi conhecido por fazer as melhores escolhas estratégicas para o país. A sua visão foi sempre sacar fundos europeus para injectar em empresas de construção civil e cursos de formação, bem como seguir as ordens de Bruxelas e desmantelar os sectores secundário e terciário, para beneficio dos países maiores. Praticamente igual ao tão elogiado modelo irlandês 
O SH-60B Seahawk, tanto quanto sei, nunca entrou sequer em equação para as Meko 200. Se foi por razões de preço ou vetado por Washington isso já não te sei dizer. Para além da eventual venda dos Blackhawk para o Exército que estavam no "boneyard", a outra única vez que se falou em Blackhawk para as Forças Armadas foi aquando do concurso para o novo helicóptero SAR que substituísse o Puma.
A proposta da Sikorsky consistia primeiramente numa versão híbrida do Blackhawk que teria características comuns tanto ao então HH-60J Jayhawk da Guarda Costeira norte-americana, como do HH-60G PaveHawk da USAF, que foi rejeitada pela FAP por questões de tamanho interno da cabina e principalmente alcance. Depois a Sikorsky terá apresentado uma versão militar do novo S-92, o SuperHawk, mas que teve o mesmo caminho, tendo sido a competição decidida entre o vencedor EH-101 Merlin e o agora designado EC725 Caracal, à altura o Cougar Mk.II+.
Quanto ao resto: nunca me ouvirás falar bem de tal personagem, a maior nódoa dos últimos 30 anos de governação política em Portugal, mas que, quando chegar a sua altura, ainda irá ser lembrado como um grande homem, político e vidente.