A única área em que as Type 31 têm uma enorme falta de capacidade será na luta anti-submarina, já que só vão ter um pequeno sonar rebocado que só consegue detectar torpedos e não os próprios submarinos e também não vão ter lança torpedos.
Continuo a dizer que a única área em que têm falta de equipamentos/armamentos é na luta anti-submarina, já que nas restantes podem perfeitamente cumprir.
Capacidade ASW, AAW, ASuW, defesa de ponto...
O canhão de 57mm é considerado inferior ao de 76mm.
Em termos de CIWS é algo fraca, quando estamos a comparar navios com 2 canhões de 40mm, vs navios que vêm de raiz equipados com RAM.
Não tem mísseis anti-navio de origem.
Tem um número bastante limitado de VLS, e consequentemente capacidade anti-aérea limitada.
Nem sequer vai levar o melhor radar da família "NS" da Thales, ficando-se pelo NS110 ao invés do NS200.
Portanto, cumpre o quê? As missões de uma corveta? É que existem corvetas melhor armadas que as Type 31, e a própria RN considera-as "fragatas de patrulha", e serão as fragatas de 3ª linha na RN.
Na MGP, se fossem as únicas fragatas em serviço, com aquela configuração, precisavas de 10.
Tu tens as F110 espanholas com 6,100 t e 145 m e só terão 16 células Mk41. As F126 com 10,550 t e 166 m e só terão 16 células Mk41.
Tudo depende do que se quer fazer com os navios de guerra e não do tamanho. Eu não faço menor ideia de quantas células a Marinha Portuguesa quer equipar estas "Fragatas" e muito menos com o que realmente levarão, mas presumo que seja pelo menos com 16 células Mk41 visto eles quererem armar estes navios com misseis de médio e longo alcance.
E mesmo nesses navios é considerado pouco, sendo um problema generalizado na Europa. A diferença, é que esses navios nessas marinhas, não serão os únicos combatentes, e serão
sempre complementados/apoiados por fragatas de defesa-aérea, e isto aplica-se tanto para o caso holandês, espanhol e alemão. Tanto as F110 como as F126, precisam apenas de capacidade de auto-defesa, já que a defesa aérea de área fica a cargo das fragatas de defesa-aérea.
No entanto é um sucesso e com os contratos mais recentes (Espanha, Roménia, RU, etc) é um míssil cada vez mais preponderante no seio da OTAN. Dito isto, os Noruegueses e Alemães estão numa joint venture para produzir o 3SM (um missil super sónico que irá complementar o NSM.
https://www.kongsberg.com/kda/news/news-archive/2023/kongsberg-norway-and-germany-to-develop-new-super-missile/
Ninguém está a dizer que o míssil é mau.

A questão é que já não é de "longo-alcance", face à concorrência. O LRASM por exemplo, acrescenta mais de 100km de alcance (~370km), o Tomahawk na versão Block V capaz de ser usado contra navios, tem um alcance de quê, >1000km? É aqui que é importante perceber o que é "longo-alcance".
Para mísseis AA é igual, o "longo-alcance" pode ser 70-100km, tal como pode ser 250.
O aço é barato, o caro são os sistemas.
E tu não entendes que, se queres um navio
com capacidade de combate X, seja ele um Crossover, um MPSS militar, ou uma fragata convencional,
o custo para o armamento e sensores que proporcional essa capacidade de combate é uma constante.Se isto é uma constante, e se qualquer dos navios for fabricado com padrão militar (outra constante), o diferencial dos custos resumir-se-á ao design do navio, dimensão, funcionalidades e equipamento próprio, como as gruas, rampas de lançamento, doca alagável, etc.
Pegando nas constantes de armamento/sensores e padrão de construção (e o estaleiro ser o mesmo), como é que acreditas que um navio maior e com um design mais complicado (doca alagável e convés corrido, logo à cabeça), é mais barato que um navio mais pequeno e sem essas invenções todas?
A única forma de tornares o navio que falas mais barato, é cortando no armamento e sensores. E mesmo assim, tinhas de cortar forte, para se tornar ligeiramente mais barato que a fragata da comparação. Se compactuas com um desarmamento ainda maior da Marinha, isso é contigo.
Se veres a lista que coloquei acima não parece-me que os equipamentos sejam do outro mundo e ter o coberta corrida não custa assim tanto dinheiro, afinal o D. João II não chegará aos 140 milhões de euros mesmo tendo 7000 ton. O KV Hopen tem 10,400 t e custou 210 milhões de euros.
A lista que colocaste acima, para servir para tirar ilações de preços em comparação a uma fragata, teria que ser feita com uma fragata exactamente com o mesmo equipamento, e feita exactamente no mesmo estaleiro. Com esse equipamento a ser uma constante entre os dois tipos de navio, o que for mais pequeno e convencional, será sempre mais barato.
O PNM, é um navio civil. O OPV norueguês é um navio de patrulha, não foi feito com padrão militar, e o armamento e sensores que possui são relativamente baratos. Adicionas ao PNM um canhão, um CIWS, e um radar militar, e o custo duplica. Adicionas construção militar, e protecção balística, e tudo o que é ligações para armamento, sensores, sistemas defensivos, e o custo duplica. O PNM base, sem armamento (FFBNW) e sem sensores militares (FFBNW), mas com construção militar, facilmente ultrapassa os 300 milhões.
E atenção, nós nem sequer sabemos se não vai haver nenhuma derrapagem financeira no nosso navio...
Os Constellation são uma versão extremamente modificada dos Fremm. São mais pesados, com radares mais capazes, terão muito mais VLS do que as versões Francesas ou Italianas, etc. As mesmas vão sair nos 1200 milhões de dólares, estando programado a descida de preços com o evoluir do programa.
Os custos reais das Constellation já se estimam a rondar os 1000 milhões/unidade (1005 para o segundo navio), havendo margem para que ao fim de 10 unidades, o preço baixe mais. Dada a configuração do navio, até diria que compensam mais que as FDI, ASWF ou F110, quando olhamos a preços, sendo que eu só substituía o canhão por um de 76mm.
Há Fragatas para todos os preços, na verdade se olhares para as várias versões das Fremm verás um a custar menos de 500 milhões de euros e outros a custar mais do dobro. Não se pode estar a pensar em Fragatas de 500 milhões de euros e ao mesmo tempo esperar que as mesmas tenham AN/SPY-6(V)3, no máximo dos máximos os AN/SPY-6(V)2, nem se pode esperar ter 32 células MK41 que podem levar no máximo 128 ESSM, mas talvez apenas 16 células para levar no máximo 64 ESSM. Se misturares misseis de longo alcance, o número de ESSM diminui, mas também o número de misseis no total.
Sim, há. Tu é que assumes que uma fragata
com capacidade de combate X não pode custar 500 milhões, mas um MPSS muito maior e mais complicado, com capacidade de combate igual, já pode custar esse valor. Só se o MPSS "militar" fosse fabricado com padrões comerciais.
Eu antes prefiro ter fragatas de 500 milhões, com 16 VLS e sensores/armamento que não são topo de gama, mas que desenrascam, do que ter MPSS de 700/800 milhões, com o mesmo armamento/sensores das fragatas, mas que custam muito mais por serem navios bem mais complexos.
As Constellation são demasiado caras, já as Crossover ou as MRCV seriam algo mais realista.
Eu pessoalmente também prefiro esta opção, já que o dito navio descrito acima só seria relevante se opera-se drones bastante caros e sendo várias Fragatas o número também seria bastante elevado.
Não sabes. As Constellation sabes mais ou menos o preço com que viriam, e sabes mais ou menos a capacidade de combate das ditas. A única forma dos Crossover/MRCV serem mais baratos, é se vierem consideravelmente pior equipados.
Tendo em conta as variantes "conhecidas" dos Crossover e do que se estima dos MRCV, a diferença de preços entre estes dois tipos de navios será grande, dado que a maior versão dos Crossover terá apenas 5600 toneladas,e armamento relativamente limitado, e os MRCV de Singapura terão por volta de 8000t e mais armamento, nomeadamente o nº de VLS e inclusão de Aster 30 Block 1 NT.
O preço dos MRCV vai ser provavelmente mais baixo que uma fragata europeia, por ser fabricado em Singapura. O mesmo navio na Europa teria custos a rondar, ou mesmo superior, as ASWF ou F110.
Se me dissesses que a intenção da Marinha, passasse por ter maior número de fragatas mais baratas (8 ou 9 Sigmas), ok.
Se passasse por ter 6/7 Crossover, em versões ASW (3/4x 131C) e AAW (3x 139CF modificadas), ok.
Se passasse por ter 3 fragatas convencionais de 1000 milhões, e 3 Crossover 131C ASW, ok.
Agora substituir fragatas, e ter como únicos combatentes na Marinha bestas de 9000/10000 toneladas, caríssimos (facilmente 1000 milhões cada) apesar do armamento limitado, e em quantidade reduzida (4/5) então a minha resposta é um redondo não.
E já agora, aquela pista de 80m não dá para drones aéreos avançados e relevantes. Para isso precisas da pista de um LHD.