Não é uma coisa incomum, serem colocados online trechos de notícias que inadvertidamente são de dias antes, gerando depois confusão.
Houve realmente um navio de bandeira britânica atingido, mas foi um navio civil.
Quando aos NPO, evidentemente que os problemas são claríssimos e não inesperados.
Como já disse muitas vezes, o problema não são NPO's quase desarmados (ou mesmo desarmados) o problema é a absoluta falta de meios de superfície que permitam a Portugal fazer o que quer que seja.
Noto que, mesmo que os NPO tivessem todos recebido uma peça de 30mm moderna, e um ou dois postos remotos de 12.7mm mesmo assim, não estariam adequadamente armados para uma qualquer operação no mar vermelho.
Infelizmente, nos dias de hoje, provavelmente só a única fragata operacional da marinha teria capacidade para não fazer figuras tristes.
Mas neste momento, a nossa preocupação nem deveria ser esta, há uma muito mais grave.
A Russia, continua a vender petróleo, circundando as sanções europeias e americanas, com uma frota fantasma de navios que fazem transvazes em alto mar.
Esta transferência de crude de um navio para o outro, representa um terrível risco, porque pode resultar em perdas de petróleo e num desastre ambiental.
A Europa ainda não cortou completamente as relações economicas com a Russia e ainda continua a comprar petróleo russo. Por isso, não fez nada ainda contra este tipo de tráfico.
Quando começar o outono de 2024, por volta de Setembro ou Outubro, o único país que vai estar dependente do petroleo russo será a Hungria, porque quis ficar nessa dependência.
Nessa altura, se a situação se continuar a degradar, pode ser levada a cabo uma operação naval por parte dos países da NATO, com o objetivo de controlar este tipo de trafico.
Não será uma operação militar, porque os perigos ecológicos que decorrem destes transvases, só por si já mereciam uma vistoria por parte dos países que controlam a ZEE.
Nós não podemos impedir que navios de outros países atravessem as águas da ZEE. A ZEE funciona como se fossem águas internacionais para o transito.
A questão, é que um transvase, e os perigos ecológicos que dele decorrem, entra dentro do ambito das responsabilidades da potência que administra a Zona Economica Exclusiva em que os transvases decorram.
Isto implica por exemplo, que navios gregos ou italianos, podem entrar dentro dos petroleiros que fazem transvases fora das águas territoriais.
A mesma coisa pode acontecer com transvases na nossa ZEE.
Aqui, vamos ver, como não viamos há muito tempo, o custo de termos deixado a marinha chegar ao ponto a que chegou.