O pessoal está a subestimar em MUITO as dificuldades em construir fragatas em Portugal.. só o investimento necessário em adaptar os estaleiros, incluindo treinar os operários, seriam enormes e demorariam anos. Vejam a inflação de custos que as AH140 polacas tiveram, e estamos a falar de um país com mão de obra ainda mais barata que a portuguesa. A única opção realista seria construir blocos de casco e Portugal e depois leva-los para o país de origem, onde a montagem final é integração de todos os sistemas seria feita.
Quanto à questão das Mogami, estamos novamente a falar de um navio que sendo barato quando integrado numa linha de montagem já existente (ver acima), teria custos adicionais brutais para substituir equipamento japonês com equipamento NATO interoperacional com os nossos parceiros europeus. Fora o tempo que demoraria a certificar toda a integração (estamos a falar de anos) , o estado português teria que pagar essa mesma integração… todos aqueles meses de trabalho dos técnicos da Thales, por exemplo, seriam pagos pelo estado português de uma maneira de outra… contas feitas no final, duvido que não houvesse um atraso de no mínimo 2-3 anos e um aumento de custo de mais de 200 milhões por navio…
Para mim, a solução é óbvia… um modelo de navio NATO, preferencialmente com a parte mais low tech, I.e., o casco, construída em Portugal. Pode manter os custos mais ou menos similares a navios feitos no Reino Unido, Holanda ou Alemanha, com a vantagem de trazer investimento para a indústria naval portuguesa e tornar mais fácil convencer a opinião pública… e, já que estamos no tema, todos aqui sabem da minha preferência pelas AH140, devido ao seu custo e potencial para upgrade futuro, mas não sou anti Melo A210 ou ASWF…