Não me choca desde que a canibalização tenha sido em sistema de armamento. Agora, se forem investir em motores novos ou algo assim do género é por dinheiro fora. Vai ficar se calhar com o CIWS e a peça de 76mm e o resto será "limpo". Talvez contentorizem o hangar.
Peça de 100mm*
Assim de cabeça (e sem acesso a informação nenhuma, apenas especulando), devem remover os Harpoon e Sea Sparrow (e os respectivos lançadores, como é óbvio). Provavelmente abdicarão de um dos radares (provavelmente o DA08), senão mesmo dos dois, substituindo por um radar civil baratucho (como foi feito com as corvetas). Talvez até um dos STIR sejam retirados. Sonar e torpedos não teria a certeza, mas não chocava que também eles "caíssem".
Questão, se vivessemos num outro país e quisessem realmente fazer um MLU às VdG para as deixar realmentepreparadas para cenáriosde alta intensidade, e tendo em conta a antiguidade dos equipamentos e a necessidade provavel de ter que mudar quase tudo, o custo do MLU não seria próximo ou até superior a comprar/construir novo?
Depende do que seria considerado "alta intensidade". Por exemplo seria teoricamente possível transformar estes navios para algo mais a capaz, sem que se modernizasse/substituísse tudo. Na prática, fazer do navio quase um mono-missão, canalizando o grosso do investimento para uma capacidade em concreto (AAW, ASW, ASuW...), fazendo um upgrade ligeiro, ou mesmo nenhum, nas restantes vertentes.
Por exemplo uma configuração mais AAW, substituindo o Phalanx por RAM, o Mk-29 por Mk-41 de 16 células para ESSM, no espaço vazio entre a ponte e a arma principal colocar CIWS/RAM ou VLS de 8/16 células, e substituindo o radar DA08 por algo tipo NS200 ou similar.
Ou uma configuração ASuW, em que se incluísse a modernização/substituição dos Harpoon, instalação de outros 8 ASM entre a ponte e a arma principal, substituição do radar de busca combinada por algo como o SMART-T Mk2 ou equivalente, uma frota de drones capaz de designar alvos para os ASM para lá do horizonte da fragata.
E por aí fora.
Modernizações assim, ainda que o orçamento actual não chegue, não seriam estupidamente caras, e permitiam os navios complementarem uma unidade naval completa em operações de alta intensidade. Sozinhos não seriam grande coisa, pois é só uma modernização a parte das capacidades, estando as restantes capacidades dependentes de outros navios. Mas a modernização real, não será nada disto, será mais na ordem de "de tudo um pouco, e pouco de tudo".