Resumindo uma fragata GP é, para a Marinha Portuguesa, uma fragata com praticamente o mesmo equipamento que uma BD (que hoje já é uma fragata de segunda-linha), apenas com um radar e sonar mais modernos, mas que, ao contrário das BD, terá de aguentar até 2060/70. Usar as Nansen, que são fragatas primariamente ASW, e são algo limitadas para AAW (tendo apenas capacidade de defesa de ponto, e nem CIWS têm), como um exemplo de fragata GP, é muito mau. Depois usar as Iver, que têm foco em AAW, com uns meros 56 VLS (comparado com os 8 das Nansen), e com capacidade ASW básica, como outro exemplo de um navio GP. No fim, ninguém se entende.
Dá sim para perceber que a intenção é ter 5 fragatas minimalistas, com capacidade ofensiva e defensiva muito reduzida. Se este tipo de navio fazia sentido para complementar fragatas de topo dentro da mesma marinha, essa marinha não é a nossa, pois não existem fragatas de topo por cá. Mesmo que houvessem, o número é tão reduzido, que fazia mais sentido que as fragatas "low", fossem ASW, ao invés de GP, complementado na perfeição as "high" que seriam AAW.
Pondo em perspectiva, esta conversa das fragatas GP, é o mesmo que um caça Multirole sem capacidade BVR, com radar básico ao invés de um AESA moderno e que não pode lançar bombas guiadas nem mísseis ar-solo além do Maverick.
Quanto à US Navy, convém relembrar que os Spruance eram tão ou mais caros de operar que os AB, e a guarnição era igualmente grande. A US Navy ficou portanto a ganhar. Já as OHP, faziam número, mas a capacidade era algo limitada, no entanto, vão construir as Constellation, colmatando as lacunas ASW e ao mesmo tempo aumentando o número de navios de combate. E mesmo sendo ASW, não descuram da capacidade ASuW (tendo 16 mísseis anti-navio) e AAW, tendo 32 VLS para ESSM e SM-6. Agora comparar com as fragatas GP que se falam.