[Ghidra]

O PM acabou de afirmar que quer alcançar o patamar de 2% do PIB na Defesa ainda este ano. Quero ver isso.

Havendo uma previsão inicial de 1,5% para o orçamento da Defesa (aprox.), mais 0,5% não é complicado, afinal serão mais 1400MM de euros, mais coisa menos coisa.
Com tanta lacuna e necessidade, haverá que prioritizar quais os investimentos a realizar....

Curiosamente1400 x 3  (anos) corresponde a um total adicional de despesas com as FA's de 4.200 daqui até ao final de 2028, apenas por este acréscimo. Any ideas? 

* Compra de uns patrulhas para gnr
* novo hospital de Lisboa passar tb ser militar
* novo TGV passa ao pé de bases militares logo uma despesa militar
* novo aeroporto de Lisboa com um anexo para a FAP o custo total cai na defesa
* passar uma brigada para operações de proteção civil com a compra de respectivo equipamento

[Drecas]

É a gozar mas não estás errado

O ministro das infraestruturas referiu há um mês atrás que investimentos nos aeroportos, ferrovia e etc também são de duplo-uso

Devem ir para aqueles 1.5% de modo a chegar a 5% na defesa

[sivispacem]

Hoje, no DN:

https://www.dn.pt/pol%C3%ADtica/aumento-de-or%C3%A7amento-da-defesa-para-2-j%C3%A1-em-2025-melo-garante-rigor-e-retorno-para-a-economia-nacional

[dc]

Quando começam com o "retorno para a economia", é que é de torcer o nariz. Está-se a tornar o novo "duplo-uso", em que se vão ignorar as prioridades que possam não encaixar neste conceito, passando a fazer aquisições que não precisamos só porque por acaso encaixam.

As duas grandes prioridades do país na Defesa, para executar num prazo relativamente curto, são a capacidade AA e a compra de munições para os F-16. Portugal neste momento não produz nenhum dos dois, logo isto vai ser relegado para segundo plano?

Ao atingir os 2%, o incremento anual ultrapassa e bem os 1000M. A não ser que o grosso deste investimento vá para a capacidade de produção, nomeadamente o Alfeite e alguma fábrica de munições, não estou a ver onde iria, gastar tanto dinheiro. A não ser que seja mais uma negociata, como as que já conhecemos.

[JohnM]

Quando começam com o "retorno para a economia", é que é de torcer o nariz. Está-se a tornar o novo "duplo-uso", em que se vão ignorar as prioridades que possam não encaixar neste conceito, passando a fazer aquisições que não precisamos só porque por acaso encaixam.

As duas grandes prioridades do país na Defesa, para executar num prazo relativamente curto, são a capacidade AA e a compra de munições para os F-16. Portugal neste momento não produz nenhum dos dois, logo isto vai ser relegado para segundo plano?

Ao atingir os 2%, o incremento anual ultrapassa e bem os 1000M. A não ser que o grosso deste investimento vá para a capacidade de produção, nomeadamente o Alfeite e alguma fábrica de munições, não estou a ver onde iria, gastar tanto dinheiro. A não ser que seja mais uma negociata, como as que já conhecemos.

Em F-35, com envolvimento da indústria nacional, como a LM prometeu? 😎

[dc]

Isso nunca seria nestes primeiros 2 ou 3 anos. E é nestes primeiros anos que não estou a ver planeamento nenhum onde se vai gastar o suposto dinheiro extra que as FA vão poder usar.

[JohnM]

Isso nunca seria nestes primeiros 2 ou 3 anos. E é nestes primeiros anos que não estou a ver planeamento nenhum onde se vai gastar o suposto dinheiro extra que as FA vão poder usar.

Porque não? Se o contrato for assinado em 2025 ou 2026 podes ter que gastar uma parte significativa a cabeça, desde logo k preço de cada célula em si e das obras na infra-estrutural… consegues gastar 2-3 Bi€ dos famosos 5.5 até 2028 sem teres que fazer grande esforço…

[LM]

Decidir, negociar contrato e assinar 2025 /2026 para F35? Nem acredito em decidir no próximo par de anos...

Uma coisa é certa - o que a LPM tem de investimentos "decentes" para os próximos 10 anos? MLU aos Pandur (e não muito completo)? Se fechamos "em 2024 em 1,58 do PIB, correspondente a 4.481,50 mil milhões de Euros" isso que dizer que, se formos para 2%, será mais uns 1200 milhões/ ano? Se considerarmos que 1/3 desses irão para "habilidades e custos gerais" (ie estrada que serve quartel, "Messe de Lagos e Tavira", melhoria de vencimentos e pensões, equipamento duplo-uso para incêndios, etc) sobram 800 milhões por ano... vamos considerar menos F35 e que gastamos 350 milhões por ano (a 10 anos) nesse programa, logo temos 450 milhões para o resto da FAP, para a Marinha e o Exercito? E como cada fragata decente custa uns 1000 milhões e 10 anos é demasiado para termos 2...  e que temos graves problemas de manutenção e stock de munições por falta de financiamento em todos os ramos...    

PS - Mt sinceramente espero ter feito mal as contas, que foram algo "em cima do joelho"

[dc]

Porque não? Se o contrato for assinado em 2025 ou 2026 podes ter que gastar uma parte significativa a cabeça, desde logo k preço de cada célula em si e das obras na infra-estrutural… consegues gastar 2-3 Bi€ dos famosos 5.5 até 2028 sem teres que fazer grande esforço…

Tendo em conta que a primeira entrega de F-35 demoraria aproximadamente 5 anos, e que o trabalho em infraestruturas não deveria demorar mais que 2 anos, não faria grande sentido "pagar em adiantado".

Se suposermos que o contrato seria assinado em 2026, e a primeira entrega em 2031, poderíamos ter de 2025 a 2028 sem pagar nada do programa F-35, que é um prazo de 3 anos em que o Governo dizia que queria adiantar a chegada aos 2%. E é nestes anos que me estou a focar, e que era importante perceber onde se poderia investir antes de começar a fazer pagamentos pelo F-35.

Isto é um 2 em 1, avanças com a substituição de caças mais cedo do que se esperava, e nos anos antecedentes resolves algumas lacunas primárias.

Decidir, negociar contrato e assinar 2025 /2026 para F35? Nem acredito em decidir no próximo par de anos...

Uma coisa é certa - o que a LPM tem de investimentos "decentes" para os próximos 10 anos? MLU aos Pandur (e não muito completo)? Se fechamos "em 2024 em 1,58 do PIB, correspondente a 4.481,50 mil milhões de Euros" isso que dizer que, se formos para 2%, será mais uns 1200 milhões/ ano? Se considerarmos que 1/3 desses irão para "habilidades e custos gerais" (ie estrada que serve quartel, "Messe de Lagos e Tavira", melhoria de vencimentos e pensões, equipamento duplo-uso para incêndios, etc) sobram 800 milhões por ano... vamos considerar menos F35 e que gastamos 350 milhões por ano (a 10 anos) nesse programa, logo temos 450 milhões para o resto da FAP, para a Marinha e o Exercito? E como cada fragata decente custa uns 1000 milhões e 10 anos é demasiado para termos 2...  e que temos graves problemas de manutenção e stock de munições por falta de financiamento em todos os ramos...    

PS - Mt sinceramente espero ter feito mal as contas, que foram algo "em cima do joelho"

Investimentos decentes "orçamentados", só mesmo o MLU Pandur e os Caesar. Houve/ia haver um aumento para as reservas de guerra, mas não se sabe muito bem como e onde é que vai ser gasto, e creio que nem orçamento se sabe.

A questão é mesmo perceber onde é que era necessário investir esses 1200M/ano (mais coisa menos coisa), sem truques nem invenções.

Seriam 3600M extra até 2028, se começasse já a ser gasto este ano, 4800M se incluirmos 2028. Isto (3600M) dava para 3 fragatas de 700-800M para substituir as VdG, para algumas munições para os F-16, mais sistemas VSHORAD e eventualmente 1 ou 2 baterias MRAD.

Também vai depender dos prazos de pagamento e entregas.

Por exemplo no caso de fragatas, se encomendadas em 2025, não receberíamos a primeira antes de 2028, portanto não faz sentido pagar as 3 nestes primeiros 3 anos.

O fazia sentido era comprar 3 fragatas de 800M, com primeira entregue em 2028-29, e o primeiro navio ser pago em 2 anos (2027-2028, 400M cada), o segundo navio pago nos 2 anos seguintes (2029-2030) e o terceiro 2 anos depois (2031-2032).
O pagamento dos F-35 decorreria paralelamente, com 550M/ano durante 10 anos (assumindo aquele valor de 5500M para a totalidade da frota), a começar em 2028.

Com este formato, e com um hipotético aumento de 1200M/ano consistentes, conseguias:
2025 - 1200M em munições, VSHORAD e outros programas de rápida execução, compras de oportunidade?
2026 - 1200M no seguimento de 2025?
2027 - 400M 1ªfragata + ?
2028 - 400M 1ªfragata + 550M F-35 + 250M  para outros programas
2029 - 400M 2ªfragata + 550M F-35 + 250M
2030 - 400M 2ªfragata + 550M F-35 + 250M
E por ai em diante.

Isto num cenário em que se compram 2 esquadras de F-35. Num caso em que se comprasse 1 e modernizasse parte dos F-16, os valores e prazos mudavam, mas seguia a mesma lógica.

Os primeiros 3 anos é que são críticos.
Provavelmente dependeria de reforços de verba de programas existentes, tipo VSHORAD e MLU Pandur, passando pela obrigatória compra de munições para os 3 ramos, inclusive munições "estratégicas", eventualmente tocando no MLU aos Tridente, compras de oportunidade (Patriot por exemplo?), shelters nas bases aéreas, remodelação do Alfeite, melhorias aos 4 NPOs originais...

[JohnM]

Porque não? Se o contrato for assinado em 2025 ou 2026 podes ter que gastar uma parte significativa a cabeça, desde logo k preço de cada célula em si e das obras na infra-estrutural… consegues gastar 2-3 Bi€ dos famosos 5.5 até 2028 sem teres que fazer grande esforço…

Tendo em conta que a primeira entrega de F-35 demoraria aproximadamente 5 anos, e que o trabalho em infraestruturas não deveria demorar mais que 2 anos, não faria grande sentido "pagar em adiantado".

Se suposermos que o contrato seria assinado em 2026, e a primeira entrega em 2031, poderíamos ter de 2025 a 2028 sem pagar nada do programa F-35, que é um prazo de 3 anos em que o Governo dizia que queria adiantar a chegada aos 2%. E é nestes anos que me estou a focar, e que era importante perceber onde se poderia investir antes de começar a fazer pagamentos pelo F-35.

Isto é um 2 em 1, avanças com a substituição de caças mais cedo do que se esperava, e nos anos antecedentes resolves algumas lacunas primárias.

Decidir, negociar contrato e assinar 2025 /2026 para F35? Nem acredito em decidir no próximo par de anos...

Uma coisa é certa - o que a LPM tem de investimentos "decentes" para os próximos 10 anos? MLU aos Pandur (e não muito completo)? Se fechamos "em 2024 em 1,58 do PIB, correspondente a 4.481,50 mil milhões de Euros" isso que dizer que, se formos para 2%, será mais uns 1200 milhões/ ano? Se considerarmos que 1/3 desses irão para "habilidades e custos gerais" (ie estrada que serve quartel, "Messe de Lagos e Tavira", melhoria de vencimentos e pensões, equipamento duplo-uso para incêndios, etc) sobram 800 milhões por ano... vamos considerar menos F35 e que gastamos 350 milhões por ano (a 10 anos) nesse programa, logo temos 450 milhões para o resto da FAP, para a Marinha e o Exercito? E como cada fragata decente custa uns 1000 milhões e 10 anos é demasiado para termos 2...  e que temos graves problemas de manutenção e stock de munições por falta de financiamento em todos os ramos...    

PS - Mt sinceramente espero ter feito mal as contas, que foram algo "em cima do joelho"

Investimentos decentes "orçamentados", só mesmo o MLU Pandur e os Caesar. Houve/ia haver um aumento para as reservas de guerra, mas não se sabe muito bem como e onde é que vai ser gasto, e creio que nem orçamento se sabe.

A questão é mesmo perceber onde é que era necessário investir esses 1200M/ano (mais coisa menos coisa), sem truques nem invenções.

Seriam 3600M extra até 2028, se começasse já a ser gasto este ano, 4800M se incluirmos 2028. Isto (3600M) dava para 3 fragatas de 700-800M para substituir as VdG, para algumas munições para os F-16, mais sistemas VSHORAD e eventualmente 1 ou 2 baterias MRAD.

Também vai depender dos prazos de pagamento e entregas.

Por exemplo no caso de fragatas, se encomendadas em 2025, não receberíamos a primeira antes de 2028, portanto não faz sentido pagar as 3 nestes primeiros 3 anos.

O fazia sentido era comprar 3 fragatas de 800M, com primeira entregue em 2028-29, e o primeiro navio ser pago em 2 anos (2027-2028, 400M cada), o segundo navio pago nos 2 anos seguintes (2029-2030) e o terceiro 2 anos depois (2031-2032).
O pagamento dos F-35 decorreria paralelamente, com 550M/ano durante 10 anos (assumindo aquele valor de 5500M para a totalidade da frota), a começar em 2028.

Com este formato, e com um hipotético aumento de 1200M/ano consistentes, conseguias:
2025 - 1200M em munições, VSHORAD e outros programas de rápida execução, compras de oportunidade?
2026 - 1200M no seguimento de 2025?
2027 - 400M 1ªfragata + ?
2028 - 400M 1ªfragata + 550M F-35 + 250M  para outros programas
2029 - 400M 2ªfragata + 550M F-35 + 250M
2030 - 400M 2ªfragata + 550M F-35 + 250M
E por ai em diante.

Isto num cenário em que se compram 2 esquadras de F-35. Num caso em que se comprasse 1 e modernizasse parte dos F-16, os valores e prazos mudavam, mas seguia a mesma lógica.

Os primeiros 3 anos é que são críticos.
Provavelmente dependeria de reforços de verba de programas existentes, tipo VSHORAD e MLU Pandur, passando pela obrigatória compra de munições para os 3 ramos, inclusive munições "estratégicas", eventualmente tocando no MLU aos Tridente, compras de oportunidade (Patriot por exemplo?), shelters nas bases aéreas, remodelação do Alfeite, melhorias aos 4 NPOs originais...

Desculpa, não entendo a lógica (a sério, não estou a ser sarcástico). Em qualquer contrato existe um pagamento de entrada, pelo que espero que no nosso caso seria o mesmo… um dos problemas dos canadianos com a cancelamento do F-35 é que já pagaram os primeiros 16 (cerca de 20% do total), e só vão vê-los lá para 2030, ou coisa parecida. Claro que Portugal vai pagar algo de entrada… se forem 15-20% do total, só aí são logo uns 1000 milhões à cabeça. Se as obras de infraestrutura começarem em 2027, consegues gastar mais uns 500 milhões até 2028 sem te “chateares” nada. Podes desde logo comprar aramas que tanto so F-16 como o F-35 utilizem…estes são apenas alguns exemplos de como podes gastar uma quantidade significativa de Euros até2028 com o programa F-35.

[Ghidra]

Para quem acha que algum dia vamos chegar aos 3,5 % do PIB

Presidente da República sugere que Portugal mude critérios de contabilização do orçamento da Defesa

"Para atingir os 2% [do PIB], vários países fazem uma coisa que é considerar despesas militares uma série de despesas que têm utilização militar, mas têm também, por exemplo, proteção civil ou infraestruturas. São despesas militares mas são igualmente para efeitos civis", apontou como exemplos.

https://sicnoticias.pt/pais/2025-06-09-video-presidente-da-republica-sugere-que-portugal-mude-criterios-de-contabilizacao-do-orcamento-da-defesa-3f942e8b

[Viajante]

Para quem acha que algum dia vamos chegar aos 3,5 % do PIB

Presidente da República sugere que Portugal mude critérios de contabilização do orçamento da Defesa

"Para atingir os 2% [do PIB], vários países fazem uma coisa que é considerar despesas militares uma série de despesas que têm utilização militar, mas têm também, por exemplo, proteção civil ou infraestruturas. São despesas militares mas são igualmente para efeitos civis", apontou como exemplos.

https://sicnoticias.pt/pais/2025-06-09-video-presidente-da-republica-sugere-que-portugal-mude-criterios-de-contabilizacao-do-orcamento-da-defesa-3f942e8b

Resumindo, o Chefe Supremo das Forças Armadas está a sugerir ao Rural para aldrabar o investimento na Defesa!!!!!
Temos Presidente!

[P44]

Que amostra de presidente miserável

[Charlie Jaguar]

O próprio Comandante Supremo das Forças Armadas a querer arranjar ainda mais subterfúgios para não se cumprir realmente com a meta acordada, é algo absolutamente surreal. Só não é ainda mais por vir de quem se trata.

Sem dúvida o pior Presidente da República dos tempos democráticos.

[sivispacem]

Que amostra de presidente miserável

Um cata-vento esclerosado que tanto diz uma coisa hoje como o seu contrário amanhã. Às segunda-feiras diz que é preciso reforçar as FA's, etc, etc, etc; às terças diz alarvidades destas....
Além de se estar a imiscuir na espera das políticas orçamentais que são responsabilidade do Governo é de um xico-espertismo  bacoco. Nem falo sobre a questão das aldrabice já praticadas, com os custos com a GNR, rendas de instalações militares, etc  Mas os nossos parceiros europeus devem ter registado o brilhante exmeplo de solidariedade português......