Depois tentem encontrar os 4mil milhões necessários para reforçar a defesa, a cada ano durante os próximos 4 anos, de forma a chegar aos 3%.
No nosso caso, já seria um passo de gigante chegar aos 2% verdadeiramente gastos na Defesa. Os 3% ainda estão longínquos.
Agora, nós pura e simplesmente temos que aumentar a receita. Temos que reduzir as importações, nomeadamente a nível de combustíveis fósseis, e temos que exportar muito mais.
Temos que acabar com ideias megalómanas de "aeroportos distritais", ou de converter estaleiros em portos para iates, e outro despesismo que vemos com N obras públicas que normalmente acabam por dar prejuízo.
Temos que pensar em ter uma indústria de Defesa a sério, nos nichos de mercado que fazem sentido. A maneira mais fácil de justificar investimentos na Defesa, é ter postos de trabalho e exportações associadas ao sector.
Devíamos procurar exportar os NPO3S. Devíamos procurar privatizar (pelo menos uma percentagem) o Alfeite, e incluir no negócio a antiga Lisnave, para ter mais margem de expansão e tornar mais apelativo o negócio.
Devíamos produzir determinados tipos de munições, inclusive munições guiadas.
Gostava que um dia conseguíssemos exportar um pacote com NPO3S + UAVs VTOL nacionais + LAUV (UUVs nacionais) + mísseis LMM (que devíamos produzir cá, e que teriam lançadores nos navios) e outros módulos de missão que eventualmente sejam desenvolvidos.
Gostava de ver o Alfeite + antiga Lisnave, a fazer algo semelhante ao que o estaleiro romeno da Damen faz - produzir vários modelos de navio do estaleiro que adquirisse parte do AA, para exportação.