O PAN apoia: Concentração na Força Aérea de meios aéreos do Estado para o combate aos fogos e emergência médica. Colocou perguntas que nunca foram respondidas: http://app.parlamento.pt/webutils/docs/doc.pdf?path=6148523063446f764c3246795a5868774d546f334e7a67774c336470626e4a6c635639775a584a6e6457353059584d7657456c4a535339775a7a49354d6a4d7465476c70615330784c6e426b5a673d3d&fich=pg2923-xiii-1.pdf&Inline=true
O PAN apoia como grande parte dos portugueses também apoia, agora espero para bem da democracia que o Sr. Deputado do Pan apenas pretenda as questões respondidas formalmente e por escrito. É que se tem dúvidas reais é porque não percebe patavina do que anda a fazer relativamente a esta temática, nomeadamente ler e compilar informação que é pública e que deveria ir na carta, tal como:
1- Contrato denunciado pelo ex MAI Miguel MAcedo com a Heliportugal, a qual pede 143 milhões de euros em tribunal;
2 - Assinatura de novo contrato com a Everjets em 2015, até 2018 para o uso dos meios aéreos do estado, manutenção, pessoal e aluguer dos restantes meios aéreos de combate a incêndios;
3 - Contrato a ser investigado pela PJ por indícios de Fraude;
4 - Um dos Kamov caiu quando ainda na EMA e como não tinha seguro não foi substituído;
5 - Esquece os Ecureuil, um dos quais foi acidentado também sem seguro;
6 - Não contabiliza quando custaria ao contribuinte mais um contrato denunciado ou modificado, pois até 2018 altura em que a FAP estaria totalmente operacional no combate aos incêndios, alguém teria que o fazer em parceria ou em regime de totalidade até lá;
7 - Ignora ou não sabe que os meios aéreos alugados são praticamente os mesmos do ano passado (o tal contrato assim o diz) , não existindo um reforço dos KAMOV por motivos de verbas, já que o MAI anterior e actual dizem que o preço exigido pelo aluguer do aparelho "por fora" é muito alto;
8 - Nem refere que a FAP anteriormente chegou a realizar combate directo aos fogos e foi retirada deste papel pelos sucessivos governos PSD/PS e CDS;
9 - Reforço adicional de meios para FAP implica pessoal, formação e aparelhos: Quais? Bombardier Cl415. Fireboss, airtractor, mais KAMOV ou novos helicópteros para substituir os ALIII com capacidade de usar "bucket";
10 - Assinatura dos devidos contratos de manutenção dos KAMOV, com o fabricante, fornecedor de motores, peças, etc, uma situação nunca contratualizada e que é o principal problema dos gastos astronómicos e da pouca prontidão da frota. Se isto fosse feito duvido que a FAP dissesse algo contra.
É fazer bem o trabalho de casa, questões específicas e minimamente capazes, já que como deputado deve honrar o ordenado que ganha tem tempo para fazer pesquisa e não apenas mandar umas alambardas de ocasião, com base em noticias que querem responsabilizar apenas um dos vários partidos pois a bem das negociatas todos tem culpa no cartório. Aliás, já vi o sr. deputado fazer bem melhor na defesa dos animais e dos copos menstruais para as senhoras...

Ter casa ou outras infraestruturas no meio da floresta é muito bonito mas há riscos elevados e cumprir com as regras de ordenamento já impostas. Há que ter os matos limpos, asseiros criados e mantidos. O fogo é algo natural! Num território como o nosso, com este clima, não é possível combater fogos florestais como fogos em áreas urbanas.
Claro está que os problemas de ordenamento, cadastro e gestão da propriedade florestal são complexos pelas questões sentimentais ligadas à "terra" e falta de identificação dos limites cadastrais e dos proprietários e só com muita vontade política é que se consegue avançar com um projeto que trate destas situações. Actualmente não é passível o contínuo fraccionamento da propriedade, e como costumo dizer, não conheço ninguém que não seja dono de um pinheiro ou eucalipto. Já agora, como algumas almas já voltaram a escrever em colunas de jornais, a culpa não é dos eucaliptos. Vejam lá se as empresas com milhões de hectares de eucaliptos sofrem com incêndios.
As pessoas tem de compreender que quando recebem uma propriedade é um activo, é como herdar um negócio, uma fábrica ou até um carro. Ou vendemos ou usamos mas temos sempre de cumprir com os deveres e responsabilidades.
O Estado é dono de 82% da mata portuguesa, mas já agora a prevenção por exemplo no Parque da Arrábida faz-se como? Muitas das casas já lá estavam antes de ser parque, para fazer a limpeza só com autorização da direcção do parque, que nem sempre responde e quer saber. Se qualquer particular a ver a vida a andar para trás decide agir é multado com coimas que vão a milhares de euros. Muito menos o Estado cumpre a própria legislação e também em determinadas zonas não pode pois havia de ser bonito maquinaria a abrir carradas de acessos num parque natural a lixar espécies que só existem no mediterrâneo (tinham logo o PAN, Verdes, Quercus e toda essa cambada à perna, mas que pouco falam do facto de ter uma empresa a fabricar cimento e mais umas quantas a extrair pedra em pleno parque natural)). Já para não falar de escarpas e zonas de rocha onde só de helicóptero ou a escalar lá se chega. Não é a toa que o parque foi vítima de pelo menos dois grandes incêndios em 20 anos. No ultimo, ainda havia os MAFFS no Montijo a 10 minutos de voo. Os meios aéreos alugados chegaram ao final da tarde. Mais uma vez, temos legislação que aplica-se a 18% do território e quanto muito no citado caso à parte agrícola, o resto é deixar arder?Até porque o estado é o primeiro e principal incumpridor e quando existe uma lei que choca por exemplo com a dos parques naturais, não existe tanto a fazer como se julga a não ser patrulhar e instalar postos de vigia. Portugal é um pais assim: "Nem tudo o que reluz é ouro", algo que é uma grande verdade principalmente com os políticos que temos os quais adoram sacudir "agua do capote" .E por muita prevenção que exista, limpeza, etc, etc, existem sempre incêndios, quer por causas naturais mas também, se não a maioria, por mão criminosa, pelo que são necessários meios para combater um e outro flagelo.

Cumprimentos