Na entrevista falou em apenas 200 milhões para a FAP...
O SAFE para a FAP rondará os 180M€, concretamente para satélites, drones, radares e também sistemas de defesa aérea, nomeadamente sistemas de mísseis terra-ar, incluindo capacidades de médio alcance.
É de facto uma boa entrevista, com muito "sumo". 
Mesmo muito sumo, do qual dou um exemplo
em infra sobre o SAFE e a nova dimensão especial da Força Àrea, mas tem muito mais desde os F16, aos helis, a necessidade defesa das nossas fronteiras que desde a "oeste das flores até Espanha, é de o mesma distância de Lisboa a Ucrânia"
PE em termos de negociação de contrapartidas, como funciona este programa?
Neste programa, propriamente dito, não existem contrapartidas no sentido tradicional. Essa é, aliás, uma das características interessantes do SAFE. Trata-se de um programa mutualista, cuja função principal é estimular as capacidades de defesa da Europa, integrando as suas indústrias.
Aqui não se trata apenas de comprar equipamentos. Para que um projeto seja elegível, é necessário que pelo menos dois países tenham necessidade da mesma capacidade mínima. No caso do espaço, por exemplo, trata-se de um programa fundamental para Portugal que é desenvolvido em conjunto com a Finlândia.
Portugal e a Finlândia vão adquirir o mesmo tipo de satélites. No nosso caso, vamos adquirir quatro satélites, num investimento de cerca de 90 milhões de euros apenas nesta área. Isto vai conferir-nos uma grande resiliência operacional. Tanto os satélites portugueses como os finlandeses vão ser montados em Portugal e exportados a partir de Portugal.
Isto acontece porque o programa espacial que a Força Aérea lançou em 2024 prevê a criação de infraestruturas de construção e integração. Quando iniciámos esta capacidade com a empresa finlandesa, ficou desde logo estabelecida a transferência de tecnologia e a formação de pessoal — não apenas engenheiros da Força Aérea, mas também de universidades portuguesas.
Em Alverca, estamos a transformar a base num verdadeiro Space Technological Hub nacional, onde vamos acolher esta empresa e todo o ecossistema espacial nacional. Vamos ser um dos poucos locais na Europa com capacidade para integrar até 16 satélites em simultâneo. Estes satélites serão totalmente construídos e integrados em Portugal, o que nos dá uma resiliência enorme