Caro "mentiroso_compulsivo":
Quando defendi neste Forum a opção pelas Absalom, logo se levantou um coro de protestos em prol do Navpol. E compreendi porquê: é que este projecto ("O Desejado") tem uma doca inundável para lançar lanchas de desembarque directamente no mar; por outro lado, as Absalom apenas têm rampas "roll-on/roll-off", o que implica que têm de acostar a um cais para embarcar/desembarcar viaturas e outro material. Adianto que as capacidades destes navios são de mais de 300 homens cada um, além de poder instalar a bordo um hospital de campanha para missões humanitárias ou de catástrofe natural; e também podem operar pelo menos 2 EH-101.
Porém, em relação ao que fica dito, o que parece é já existir um consenso indestrutível na Armada portuguesa, no sentido de que é, de facto, o Navpol o navio adequado às suas necessidades de projecção de forças. Acontece é que, infelizmente, ainda estamos todos à espera que ele chegue "numa manhã de nevoeiro", e já há alguns anitos...
A minha ideia, ao falar nas Absalom, era tentar demonstrar que fazia sentido adquirir estes navios, que são relativamente baratos, para, depois, num futuro a médio/longo prazo, então tentar obter também fragatas daquelas dinamarquesas (baseadas no mesmo casco), mediante um contrato com os estaleiros Odense, para se reabilitar tecnologicamente os estaleiros nacionais.
Tanto esta possibilidade como a outra, que também defendi, que era comprar 2 Meko A-200 anti-aéreas, para fazer um contrato com os estaleiros alemães (que já estão a construir os submarinos), no sentido de futuramente substituirmos as nossas fragatas pelas Meko-Delta, por exemplo. Tudo isto tendo sempre em vista fazermos contratos pelos quais pudéssemos garantir a requalificação dos estaleiros nacionais, com a participação na construção de navios tecnologicamente avançados. Não esqueçamos que também o projecto e a construção de um LPD para a Armada passam (de algum modo) pelos estaleiros alemães...
Mas estas hipóteses significariam uma visão estratégica a longo prazo, que infelizmente não encontro na "inteligentzia" deste País!...