Caro AVIA, não me leve a mal, mas a maior parte dos foristas aqui estão a falar de caças a sério, verdadeiras opções para a substituição do F-16. Aeronaves que existem e estão verdadeiramente testadas (muitas em combate real) e outras em fase final de projecto com encomendas asseguradas.
Você, caro AVIA, está a falar de um avião "de papel" algo que não existe nem há qualquer possibilidade realista neste momento de vir a existir, e por favor esqueça o que foi feito nos anos 50, por muito avançado que fosse naquela altura hoje teria de ser feito tudo do zero. Como o Avro há muitas aeronaves na história da aviação que eram excelentes projectos mas que por alguma razão nunca passaram disso, o seu tempo passou e hoje são apenas uma referência histórica. E mesmo que fosse construído (que não vai ser) não há garantia nenhuma que se adaptasse à realidade portuguesa.
Quem garante nesta fase que a aeronave iria cumprir as performances requeridas, que se adapta à realidade portuguesa, que não é demasiado caro na compra ou demasiado caro na operação? Aviões de papel são aviões de papel e nada mais, não fazem parte da mesma realidade das aeronaves reais, regem-se por outras regras, e por isso não são comparáveis.
O F-35 antes de serem construídos os primeiros protótipos (quando se regia pelas leis dos aviões de papel) era uma aeronave com um custo de 50 milhões de dollars, mais manobrável que o F-16, com superior velocidade e aceleração, stealth, capaz de se superiorizar também ao A-10 nas missões de apoio aéreo próximo e magicamente sem grandes alterações ser também um perfeito substituto do Harrier e dos F-18 nos porta-aviões.
Agora eu pergunto-lhe, quando o F-35 deixou de se reger pelas regras do aviões de papel e passou a ser um avião real foi capaz de cumprir tudo o que prometia? A resposta é clara. Hoje o F-35 é uma aeronave com baixa manobrabilidade quando comparado com o F-16, a sua capacidade stealth é duvidosa e difícil de manter a longo prazo, como substituto do A-10 é lixo e o preço anda à volta dos 200 milhões, 4 vezes o prometido e 10 vezes mais caro que um F-16 (dos primeiros).
O F-35 é o melhor exemplo do preço a pagar quando se passa de um avião de papel para um avião real, quem lhe garante que o mesmo não acontece-se com o Avro Mk3?
Deixe-mos portanto os aviões de papel de lado e olhemos para aeronaves reais.