[dc]

Bem, da última vez que reparei, não estamos limitados a operações NATO, nem existe qualquer garantia que tal superioridade aconteça (até porque num cenário hipotético em que os EUA tenham que se dividir numa frente no MO, outra nas Coreias, e outra contra a China, os países europeus vão ter que carregar o seu próprio peso). As nossas bases aéreas no continente e ilhas têm que ser defendidas de alguma forma, e não haverão sistemas AA suficientes na NATO para tudo.

No futuro, até uma "simples" missão da ONU pode ter como ameaça um drone armado, ou mísseis de cruzeiro baratos.

Desculpa lá, mas dizer que um SHORAD lida com um UCAV como o Bayraktar, é estar a fazer as pessoas passarem por parvas, porque qualquer pessoa percebe que se o alcance máximo do teu sistema VSHORAD é de uns 10km, e um Bayraktar pode lançar munições guiadas a distâncias superiores a isso, obviamente que o VSHORAD não chega. Mesmo um SHORAD de topo está limitado a alcances de 25km, algo que ainda assim é insuficiente.

[Drecas]

O único verdadeiro cenário de conflito em grande escala em que Portugal possa estar fortemente empenhado seria contra Rússia

Um adversário em que a Europa sozinha terá sempre superioridade, senão supremacia aérea

[dc]

Felizmente a malta é vidente, e sabe em 2024 tudo o que vai acontecer nos próximos 20 ou 30 anos! Variáveis não existem nenhumas, é tudo 100% previsível.

Se o imprevisível acontecer? Ora repetimos a dose da I Guerra Mundial, enviamos tropas para as trincheiras, porque não temos mais nenhuma forma de contribuir!

Realmente, num conflito de larga escala, porque raio haveríamos de querer garantir a defesa de unidades estratégicas em território nacional? Ou porque raio haveríamos de querer ter capacidade de reforçar os aliados com baterias AA modernas/render sistemas aliados que tenham sido destruídos entretanto? É muito melhor que a nossa contribuição se limite a carne para canhão!

Eu ainda podia entrar nos cenários hipotéticos de um conflito à escala mundial, onde podem acontecer todas as variáveis e mais algumas. Mas isto ia tornar-se chocante para muitos, que num cenário desses, poderíamos não estar a falar apenas da Rússia.

[NVF]

Quando a Espanha andava a adquirir baterias de Patriot ao preço da uva mijona, os grandes especialistas do fórum decretaram que as FFAA não necessitavam de SAM de médio e longo alcance… porque estamos muito longe de um eventual foco de conflito.

De facto, não possuindo meios militares de relevo diminui em muito a probabilidade das nossas instalações militares serem alvos de ataque, restando apenas portos, aeroportos, centrais eléctricas e, porventura, alguns centros industriais e logísticos que não fazem falta nenhuma. Na altura, os F-16, uns Stinger e uns “Chaparros” chegavam. No futuro, a reduzida frota de F-16 equipada com dúzia e meia de AMRAAM, mais meia-dúzia de Stinger e os três Starstreak também vai dar conta do recado.

[Lightning]

Misseis

Starstreak

LMM

E radar vêm algum?
https://www.thalesgroup.com/en/markets/defence-and-security/air-forces/advance-air-defence/forceshield

[LM]

Se há função que funciona por "níveis (ou camadas)" é a Defesa Aérea... "não ser preciso" é receita para desastre, haver menos probabilidades e termos de tomar opções face a recursos (muito) escassos é outra - daí eu dizer que o essencial é conseguir proteger uma força escalão batalhão (aí temos de ser autónomos e não há superioridade aérea que resolva C-RAM, os "omnipresentes" drones, etc), considerando que até forças ligeiras algures em África podem necessitar de protecção AA; a "camada" seguinte (algo tipo o "meu" Sky Sabre") tem a sua aplicação mesmo a nível de batalhão (ou defesa de estruturas importantes)... e por aí fora.

Repetindo o que disse: bem ou mal já escolhemos o sistema base - faltam uns manpads Piorun, arranjar uns canhões 30mm  (que a Thales já tem e em VAMTAC) e reforçar os números para (no mínimo) a unidade escalão batalhão... depois haja "vil metal" e vontade. Até chegarmos a "camadas" superiores ainda temos um longo caminho... 

[dc]

Os recursos são escassos, porque não se quer investir na Defesa. Respeitando as metas, é fácil fazer tal investimento. Também é necessário investir bem o dinheiro, ao invés de investir nas coisas erradas. Não precisamos de defesas aéreas de médio alcance, mas precisamos de 3 Brigadas? Algo de errado não está certo.

Os meus argumentos são simples:
-a nível de defesa AA, temos de nos focar no conceito de "stand-off", e perceber que quanto mais curto o alcance das nossas defesas, mais curta é a distância "stand-off" para o adversário.
-a nível da NATO, eu defendo uma participação qualitativa, e não quantitativa (carne para canhão). Defesas AA modernas é uma parte da equação, existem outras.
-a nível do tal "foco em África" da Estratégia de Defesa Nacional, em que, tendo esse como um objectivo traçado, vai ser preciso investir em muita coisa, para que tenhamos a mínima autonomia para lidar com possíveis variáveis.

Mas também posso oferecer alternativas!
Não querem AA de médio alcance (de longo alcance já dou de barato que é impossível ter, e que mais vale investir um pouco mais nesse capítulo em futuras fragatas), tudo bem. Então é preciso comprar mais caças (total mínimo de 36), capacidade de aviso antecipado (2/3 AWACS) e/ou aumento do número de fragatas, com metade delas mais capacitadas para AAW (6/7 fragatas no total).

[sivispacem]

Aleluia, 20 anos (ou coisa que o valha) depois de iniciados os 'estudos' e não sei quantos concursos para a aquisição de um novo VSHORAD!!!

https://x.com/Defence360/status/1858449020386988513

[Lightning]

Se for o Forceshield deve incluir radar certo?

https://www.thalesgroup.com/en/markets/defence-and-security/air-forces/advance-air-defence/forceshield

[sivispacem]

Se for o Forceshield deve incluir radar certo?

https://www.thalesgroup.com/en/markets/defence-and-security/air-forces/advance-air-defence/forceshield

https://x.com/Defence360/status/1858449774665453867

[dc]

O ForceShield tem aspectos interessantes, como a possibilidade de várias versões entre VSHORAD, SHORAD e MRAD. Também é interessante que além do RapidRanger, existe a opção de um VSHORAD mais barato e compacto, LML-NG presente no Land Rover da foto, e o RapidFire que possui versão terrestre.

Agora,com o GM200... parece-me estranho optar-se por um sistema VSHORAD tão leve e móvel montado em ST5, e depois ter um radar gigante montado num camião, com mobilidade limitada.

Compreendo o conceito de emprego, de ter um radar mais poderoso capaz de vigiar uma área maior, onde operam os VSHORAD, mas quando é só um radar, não só se torna um alvo fácil, como estará limitado devido aos obstáculos naturais, como dificilmente conseguirá detectar pequenos drones a distâncias superiores a 50km da sua localização, que estejam a atacar forças nacionais na linha da frente, estando os VSHORAD efectivamente "cegos".

Claramente fica a faltar um radar mais móvel, compacto, que acompanhe unidades móveis e na linha da frente, e complemente o GM200. Tipo Giraffe 1X em ST5 por exemplo.

[yuwanko]

O ForceShield tem aspectos interessantes, como a possibilidade de várias versões entre VSHORAD, SHORAD e MRAD. Também é interessante que além do RapidRanger, existe a opção de um VSHORAD mais barato e compacto, LML-NG presente no Land Rover da foto, e o RapidFire que possui versão terrestre.

Agora,com o GM200... parece-me estranho optar-se por um sistema VSHORAD tão leve e móvel montado em ST5, e depois ter um radar gigante montado num camião, com mobilidade limitada.

Compreendo o conceito de emprego, de ter um radar mais poderoso capaz de vigiar uma área maior, onde operam os VSHORAD, mas quando é só um radar, não só se torna um alvo fácil, como estará limitado devido aos obstáculos naturais, como dificilmente conseguirá detectar pequenos drones a distâncias superiores a 50km da sua localização, que estejam a atacar forças nacionais na linha da frente, estando os VSHORAD efectivamente "cegos".

Claramente fica a faltar um radar mais móvel, compacto, que acompanhe unidades móveis e na linha da frente, e complemente o GM200. Tipo Giraffe 1X em ST5 por exemplo.

O objectivo não será aproveitar estes radares para futuros sistemas de médio alcance?

[Drecas]

"estes radares" ou o radar 

[Drecas]

Aleluia, 20 anos (ou coisa que o valha) depois de iniciados os 'estudos' e não sei quantos concursos para a aquisição de um novo VSHORAD!!!

https://x.com/Defence360/status/1858449020386988513

https://defensearchives.com/news/portugal-signs-contract-for-thales-forceshield/

[Drecas]

Muito engraçado que embora num post do Exército já tenham mencionado o RapidRanger, depois na CMTV o CEME diz que o contrato está assinado, 2 semanas depois vem a Thales com este anúncio

E quem ainda não disse nada oficialmente? O próprio Exército/FAs/MDN, tudo bastante caladinho, ninguém diz valores, ninguém lista o que foi contratado (que tipo de radar, munição, etc etc)

A transparência/comunicação destas FAs é tão má