Os produtos suecos raramente sofreram embargos para venda a países NATO. O Gripen não vende na NATO, pura e simplesmente porque há concorrentes de peso. O próprio concurso para a FAB só ganhou, porque foi o fabricante que mais se abriu para a transferência de tecnologia. O Rafale já tinha sido escolhido pela FAB no concurso anterior, que acabou por ser cancelado e reformulado.
O facto da Suécia vir a entrar na NATO, não vai fazer com que os países que querem adquirir F-35, ou os países que participaram no programa do Typhoon, ou os que já vão começar a avançar para os programas FCAS ou GCAP, comecem de repente a comprar Gripens.
Na Europa, nem os países neutros escolheram o Gripen. Pura e simplesmente não acharam que fazia sentido tal escolha. E a realidade é, queres capacidade dissuasora, e portanto soberania, então escolhes o caça mais avançado que o dinheiro pode comprar.
Não devia ser necessário repetir, mas gastar 4 ou 5 mil milhões em caças de geração 4.5, não tem qualquer lógica, visto que o modelo escolhido, tem que aguentar até 2065/2070.
Todos queremos uma indústria de Defesa melhor, mas existem formas de atingir tal objectivo, com a produção de meios em maior quantidade e com um potencial de mercado muito maior, do que caças. Produzir pecinhas para o Gripen durante 10 anos, não nos traz nada que não pudesse já ser feito com drones mais avançados.