Decadência total de Portugal em 2010 (Saída do Euro)

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latino

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Re: Decadência total de Portugal em 2010 (Saída do Euro)
« Responder #285 em: Fevereiro 13, 2012, 06:35:18 pm »
Vamos a ver  “optimistas” que sois unos “optimistas”  (esto es  un  chiste)
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Los que tenéis que salvar  a  Portugal, sois únicamente “vosotros” (no esperéis que nadie más la salve).

¿Qué influirá en vuestra  salvación lo que piensen los demás? (nadie quiere a nadie; simplemente  “tiene intereses”)
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Os recuerdo todo lo que se ha dicho (malo malísimo)  en Portugal, Inglaterra , Francia , USA …..  Sobre nosotros  …….la  “malvada  España “ y…..  !a pesar de ello! ……….  si nos hundimos o salvamos …depende .... !únicamente de  “NOSOTROS”!.
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Lo único  para lo que vale  flagelarse así  como lo hacéis vosotros  es:
 
para bajar la autoestima del país  (ya de por sí baja, bajiiiiiisima ) .

http://www.youtube.com/watch?v=paccyHqIAoo

-------------------
Mi consejo “amigo”  (por cariño  e interés)   es que hagáis esto:

-Reconocer que  habéis  hecho muchas cosas  mal  (primer paso)
-Puede que algunos se estén riendo  pero  …..  ¡a quien le importa! …..gilipollas hay en todos lados
-Pero….. ¿Queréis seguir así?
-Pues….. los únicos que os pueden sacar de allí (del pozo )  sois “ vosotros mismos”…. Que mas dará lo que opinen los demás; pero….. martirizándonos ….. no vais a lograr nada  más que empeorarlo deprimiéndoos  aún más (necesitáis alegría).
--------
(En mi opinión  el político alemán tiene razón  y el político portugués hizo lo que debía hacer en Angola).

Pero las cosas hay que decirlas aunque “duelan”  porque  “demasiada educación y tacto”  es mala   a veces  porque ……oculta la “mierda “….(con perdón)  .
---------
Y la situación y solución para Portugal  es:

-Reconocer  y  constatar que habéis   sido gilipollas (como todos)
-No vais   de  olvidar , ni perdonar  “nada”  a futuro  de los errores cometidos (en democracia somos responsables )
-Impedir mediante “leyes” que vuelva a suceder estas   locuras  (que todos países tienen)
- Debéis de   empezar a analizar  cómo podéis  salir de esta (Portugal merece la pena)

- Y …….. ¡A trabajar!....  En ello  

¡Animo Portugal!
 

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PereiraMarques

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latino

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Re: Decadência total de Portugal em 2010 (Saída do Euro)
« Responder #287 em: Fevereiro 14, 2012, 08:05:11 am »
No lo veis :

Hasta la critica ..... ! con alegria! .....  es mejor.

Ja,ja,ja

 reconozco que tienes razón , me llaman .... !Latino el breve! y....... gracias por leerme .

!Animo Portugal!
 

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Cabeça de Martelo

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latino

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Re: Decadência total de Portugal em 2010 (Saída do Euro)
« Responder #289 em: Fevereiro 16, 2012, 11:05:30 am »
Yo, tengo que reconocer  que los ingleses no son santos de mi devoción; también que he estado  allí recientemente y….. ¡ vi lo que vi ¡  (el futuro también creo que para ellos será muuuuuuuy triste)   y que aunque puede que  estén por encima de Portugal

http://www.economicshelp.org/blog/334/u ... onal-debt/

 Tampoco es para que echen cohetes  y  encima  tienen   un  ¡gravísimo!  Problema ( están solos y hace mucho frio ) porque :

 Si Londres y NY … no  son capaces de  acabar con el euro ( como parece que no van a poder,  gracias a Froilán Merkel  y los chinos )  El futuro de la  Libra (Paund ) no es que sea negro … ¡es que es negríiiiiiiiiisimo ¡…… sencillamente porque:

 ¡están solos!

 USA se olvidará de ellos en ese caso ,   pues el negocio está en China  y como tontos útiles ya no son necesarios  para el Imperio (recordar lo de “Roma no paga traidores “)

  encima …..¡adiós a la Citty!.....   que se olviden…..  pues el alma económica de Europa… si sobrevivimos  a las trampas de Londres y NY ….. es  FRANFURT .


Algo insoportable para la economía y  la “superioridad”  inglesa.

Luego esto se reduce para cada país en apostar,    pelear   y acertar … porque las consecuencias como siempre vendrán  duras  y son las de siempre … el……. ¡ahí de los vencidos!  ( desde la época de los romanos)

¡Animo Portugal! ( y suerte en la elección)
 

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latino

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Re: Decadência total de Portugal em 2010 (Saída do Euro)
« Responder #290 em: Fevereiro 16, 2012, 03:15:57 pm »
Perdón , corrijo según normas extrictas

donde decía:

Luego esto se reduce para cada país en apostar, pelear y acertar … porque las consecuencias como siempre vendrán duras y son las de siempre … el……. ¡ahí de los vencidos! ( desde la época de los romanos)

Quise decir

Luego esto se reduce para cada país en apostar, pelear y acertar … porque las consecuencias como siempre vendrán duras y son las de siempre el……. ¡AY de los vencidos! ( desde la época de los romanos)

!Perdón!
 

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Lusitano89

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Re: Decadência total de Portugal em 2010 (Saída do Euro)
« Responder #291 em: Fevereiro 21, 2012, 05:35:44 pm »
"Portugal precisa de mais dinheiro para se manter à tona" segundo o Der Spiegel


Apesar dos sacrifícios bem vistos pela 'troika', Portugal vai precisar de mais dinheiro, escreve hoje a revista alemã Der Spiegel.

O alemão Der Spiegel escreve hoje na sua edição online que Portugal vai necessitar de mais dinheiro para dar a volta a crise e destaca que o país, apesar de se ter tornado num exemplo para a ‘troika', continua preso a uma recessão profunda.

"Com as suas medidas de austeridade em massa, Portugal tornou-se o exemplo da troika. Mas o país ainda está preso a uma recessão profunda e não é claro como vai voltar a crescer. E pode ter de confiar em empréstimos europeus para os próximos anos", refere a publicação alemã.

O Der Spiegel escreve que a Comissão Europeia, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE) vê com bons olhos a disponibilidade de Portugal em fazer sacrifícios para obter a assistência financeira e lembra que algumas das medidas de austeridade tomadas foram além do exigido pela ‘troika'. "Nos últimos meses, o Governo Português tem implementado aumentos brutais de impostos e cortou pensões e subsídios de desemprego", exemplifica.

Como resultado dos seus esforços perante o exigido pelos parceiros internacionais, Portugal é visto como um exemplo, diz a revista germância, recordando a possibilidade de o País vir a beneficiar de um reajustamento ao programa acordado no ano passado, conforme expressou o ministro das Finanças alemão a Vítor Gaspar.

"O Ministro das Finanças alemão Wolfgang Schäuble foi longe demais na semana passada ao prometer seu homólogo português, Vítor Gaspar, uma ajuda adicional. ‘Se houvesse uma necessidade de um ajuste a (ao programa) Portugal, que estaria pronto para fazer isso', disse Schäuble a Gaspar, que obedientemente expressou seu agradecimento. Em troca, a conversa foi captada por uma equipa de filmagem, rapidamente se tornou um vídeo popular no YouTube", diz o Der Spiegel.

No entanto, apesar dos esforços de Portugal, o Der Spiegel questiona: "Mas será que Portugal tem mais hipóteses de evitar a falência do que a Grécia? Ou é simplesmente a próxima peça de dominó destinada a cair no decorrer da crise do euro?"

"Os 78 mil milhões de euros da ajuda são suficientes até Setembro de 2013, uma vez que Portugal também conseguiu, graças ao resgate europeu, para colocar alguns títulos de curto prazo no mercado. Ainda assim, o momento da verdade não vai demorar muito a chegar", acrescenta o Der Spiegel.

Diário Económico
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Decadência total de Portugal em 2010 (Saída do Euro)
« Responder #292 em: Março 01, 2012, 12:49:27 pm »
"Se a solução for cortes e mais cortes não vai funcionar"

Em entrevista exclusiva ao Negócios, o novo chefe de missão do FMI para Portugal admite que o desemprego está em níveis inaceitáveis. E lembra que o apoio do PS ao programa de ajustamento "é crucial".

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... 41563&pn=1

O Governo tem insistido na ideia de que não vê sinais de uma espiral recessiva na economia, mas os especialistas do Parlamento em matéria orçamental admitem que já há sinais do impacto que a política de austeridade está a ter nas receitas fiscais e nas próprias contas da Segurança Social. E deixam um aviso:a recessão e o desemprego podem pôr em causa as metas do défice acordadas com a troika.

http://economia.publico.pt/Noticia/rece ... ao-1535878

A crise que hoje vivemos é, acima de tudo, uma crise de ideias e de valores, de reflexão e de debate. Sem se perceber bem porquê, a política deixou o nosso destino coletivo cada vez mais entregue ao improviso, ao imediatismo e ao marketing, cavando um imenso vazio estratégico que nos deixa paralisados.

http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interio ... 0Em%20Foco

Diogo Feio, eurodeputado do CDS, é um bom intérprete dessa estratégia. Ao "Público" diz que "Portugal é bem visto por ter uma maioria de governo sólida" e uma situação social "pacificada". O único problema, parece, é haver (ainda) direito à greve: "Nós somos observados ao mais pequeno pormenor e cada greve que é feita mancha a imagem de Portugal".
Não mancham "a imagem de Portugal" o empobrecimento generalizado que em tempos o primeiro-ministro anunciou como objectivo político do Governo, o desastre social, os afrontosos números do desemprego, mas o facto de os trabalhadores serem mal comportados e lutarem pelos seus direitos. A sra Merkel deve ter gostado de ouvir, afinal sempre há portugueses "mais alemães do que os alemães".

http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?c ... nio%20Pina
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Re: Decadência total de Portugal em 2010 (Saída do Euro)
« Responder #293 em: Março 23, 2012, 12:54:35 pm »
boas,

Apesar de não gostar do titulo deste topico, relativamente a "decadencia total de Portugal", a falta de outro topico,
deixo aqui este artigo de opinião que para mim merece ser lido.

" Os portugueses iludiram-se culturalmente: julgaram que o dinheiro fácil que chegou durante três décadas comprava a solidez da educação e o espírito da invenção e inovação. E do risco. É uma tónica portuguesa: prefere-se a renda ao risco. O resultado está à vista.
Os portugueses iludiram-se culturalmente: julgaram que o dinheiro fácil que chegou durante três décadas comprava a solidez da educação e o espírito da invenção e inovação. E do risco. É uma tónica portuguesa: prefere-se a renda ao risco. O resultado está à vista.

Em 1962, António Oliveira Salazar sintetizou de forma clara a visão que tinha do seu Portugal: "Um país, um povo que tiverem a coragem de ser pobres são invencíveis". Este mundo pobre, ou remediado, acabou após a entrada na União Europeia. Em cima da nossa pobreza caíram toneladas de dinheiro. O país ficou sulcado por auto-estradas e rotundas. As mercearias de bairro fecharam e nasceram hipermercados. Os portugueses passaram a preferir ir passear para os centros comerciais do que para os jardins. A democracia de consumo chegou como se fosse um milagre redentor.

Todos acharam que faziam parte da classe média, alimentada pelo crédito fácil. O paraíso tinha também construído na sombra o purgatório, feito de cumplicidades: do BPN à Parque Escolar foi um mundo de oportunidades de "negócio" para muitos. Deixando de ter a coragem de ser remediado o povo português tornou-se uma presa fácil de uma crise que não percebesse.

Destruída a base industrial, agrícola e piscatória do país, com fundos comunitários para abater tudo isso e trazer a "modernidade", Portugal ficou indefeso quando chegou a grande crise de 2008. Já antes era visível mas todos se recusavam a ver: o Estado continuava a ser a mãe de todas as batalhas e de todas as rendas. A própria sociedade civil e iniciativa privada viviam de bem com o Estado, fosse ele guiado pelo PS ou pelo PSD. A mais breve nota de suicídio da história portuguesa foi escrita por José Sócrates, o último da linhagem de destruidores de um país que poderia ser remediado mas inteligente.

Todo se desvaneceu no ar. O crédito fácil foi substituído pela amarga austeridade. António de Oliveira Salazar, em 1963, dizia: "Quero este país pobre, se for necessário, mas independente - e não o quero colonizado pelo capital americano". A colonização é hoje exercida pela Comissão Europeia e pela troika, numa Europa que parece cada vez mais dividida cultural e moralmente, entre um norte protestante e um sul católico. A moral calvinista é uma forma demolidora de salvação (salvamo-nos pelo trabalho), face à forma como se perdoam os pecados, no confessionário, a sul.

Tudo nos divide. A forma como os protestantes criaram o capitalismo moderno enquanto nós víamos as naus carregadas de pimenta e ouro irem directas para Amesterdão e Londres para pagar os nossos prazeres ao sol diz muito do que são formas diferentes de olhar para a civilização.

Mas, ainda assim, os portugueses iludiram-se culturalmente: julgaram que o dinheiro fácil que chegou durante três décadas comprava a solidez da educação e o espírito da invenção e inovação. E do risco. É uma tónica portuguesa: prefere-se a renda ao risco. O regime atolou-se e o BPN representa-o perfeitamente nas suas ligações pouco transparentes a tudo e a todos. Se quisermos estudar este regime estudemos o BPN. Antes e depois da nacionalização. Está lá tudo o que se andou a fazer desde a entrada na União Europeia.

Maquilhou-se a pobreza com um falso riquismo que só encheu os bolsos e a estima de alguns. Que hoje vivem acima dos dramas dos comuns portugueses que só acreditaram no cartão de crédito, na casa acima das suas possibilidades, nas férias nos "resorts" mais aprazíveis, no carro do último modelo e no telemóvel 3G. Esse mundo ruiu para a maioria. Mas na sombra da crise há quem continue a viver de rendas, escudado nos invencíveis contratos com que o Estado prometeu dar tudo sem receber nada. Voltamos assim aos anos de 1960, como se tudo não tivesse passado de uma ilusão. Com uma diferença. Em Agosto de 1968, Oliveira Salazar dizia: "no dia em que eu abandonar o poder, quem voltar os meus bolsos do avesso, só encontrará pó". Hoje, nos bolsos de alguns que nasceram, cresceram e singraram com este regime, só se encontrará ouro"
 

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Re: Decadência total de Portugal em 2010 (Saída do Euro)
« Responder #294 em: Abril 07, 2012, 05:35:13 pm »
este tem um discurso para consumo interno e outro para consumo externo...

Citar
Passos Coelho admite que Portugal pode não regressar aos mercados em 2013
Por Agência Lusa, publicado em 7 Abr 2012 - 16:23 | Actualizado há 1 hora 5 minutos

O primeiro-ministro admitiu numa entrevista ao jornal alemão Die Welt que Portugal pode não regressar aos mercados em 2013 e lembrou que se for necessário está garantida a ajuda financeira do FMI e da UE.

“Eu não sei se Portugal regressará aos mercados em setembro de 2013 ou mais tarde. Naturalmente que eu quero isso mas, se por qualquer razão que não tenha a ver com a aplicação do programa, isso não funcionar, então o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a União Europeia (UE) manterão a ajuda a Portugal. Já deram garantias disso”, disse Pedro Passos Coelho.

Na entrevista publicada hoje, o chefe do Governo português defendeu que “não é claro que isso possa significar um segundo plano de ajudas”.

“Eu não vejo motivos para que isso aconteça, mas é claro que desde a cimeira europeia de julho de 2011 há uma garantia de ajuda desde que os programas sejam implementados com sucesso”, afirmou.
http://www.ionline.pt/portugal/passos-c ... cados-2013

e já veio a "eminência-parda" pôr água na fervura...

Citar
Entrevista de Passos Coelho a jornal alemão
Relvas nega dúvidas e assegura regresso aos mercados em 2013

07.04.2012 - 17:07 Por Sofia Rodrigues

O ministro-Adjunto dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, garantiu que “Portugal está e vai conseguir cumprir o programa” da troika e que “em Setembro de 2013 voltará aos mercados”.

Numa declaração aos jornalistas na Presidência do Conselho de Ministros, Relvas disse esta tarde que as palavras de Passos Coelho numa entrevista publicada hoje por um jornal alemão não trazem “nada de novo” e reiterou que a data de regresso aos mercados se mantém “em circunstâncias normais”.

O ministro não se referiu a qualquer má tradução da entrevista, depois de questionado pelos jornalistas sobre essa possibilidade. Só admitiu que Portugal apenas não cumprirá o previsto “em circunstâncias extraordinárias”.

O primeiro-ministro, em entrevista ao Die Welt, não foi taxativo sobre o regresso aos mercados na data prevista. “Eu não sei se Portugal regressará aos mercados em Setembro de 2013 ou mais tarde. Naturalmente que eu quero isso, mas, se por qualquer razão que não tenha a ver com a aplicação do programa, isso não funcionar então o FMI e a União Europeia manterão a ajuda a Portugal. Já deram garantias disso”, afirmou.

A oposição criticou prontamente as declarações de Passos Coelho. O PS considerou-as um “sinal de descontrolo”, o PCP adiantou que mostram um “rumo de desastre” e o BE interpretou-as como o reconhecimento de “um segundo resgate” financeiro.

http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/rel ... 13-1541160
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: Decadência total de Portugal em 2010 (Saída do Euro)
« Responder #295 em: Julho 11, 2012, 03:26:19 pm »
Citar
Histórias da carochinha para graúdos
João Pinto e Castro

Os portugueses estão habituadosa esperar que alguém, de preferênciao Estado, lhes arranje emprego.Falta-lhes capacidade de ir à luta.
Os portugueses estão habituados a esperar que alguém, de preferência o Estado, lhes arranje emprego. Falta-lhes capacidade de ir à luta, criar o seu próprio posto de trabalho e produzir riqueza. Vivem demasiado acomodados à sombra de direitos adquiridos. Esperam que alguém lhes resolva os problemas, enfronhados numa atitude resignada e fatalista.

Alguém se atreve a duvidar da justeza deste diagnóstico quotidianamente repetido "ad nauseam" por empresários, professores universitários, consultores e jornalistas?

Ora vamos, por um instante, fazer de conta que a realidade existe – pode ser? Consultando as estatísticas, constata-se que temos já uma brutalidade de gente a trabalhar por conta própria ou em empresas familiares – nada menos que 42% de activos empregados em empresas com 9 ou menos trabalhadores. Por comparação, apenas 19% dos trabalhadores alemães e 11% dos americanos laboram em empresas dessa dimensão. Aparentemente, atitude empreendedora é coisa que não falta por cá.

Nada há de estranho, note-se, neste fenómeno, dado que, ao contrário do que se diz, os níveis mais elevados de iniciativa empresarial são registados nos países mais atrasados. O auto-emprego abrange 67% dos activos no Gana e 75% no Bangladesh, mas apenas 7% na Noruega, 8% nos EUA e 9% na França. Mesmo excluindo os camponeses, a probabilidade de alguém ser empresário é duas vezes maior nos países atrasados do que nos desenvolvidos.

A esmagadora maioria das pessoas dos países ricos emprega-se em organizações que agrupam centenas ou milhares de trabalhadores e jamais sonha criar a sua própria empresa. Isso é excelente, porque pouquíssimos dispõem de vocação ou competência para fazê-lo. Em contrapartida, nos países pobres muitos são forçados a criar o seu próprio negócio para fugirem ao desemprego.

O facto indesmentível é que, entre nós, o sector propriamente capitalista da economia jamais conseguiu criar postos de trabalho em quantidade (e, já agora, em qualidade) capaz de dar ocupação a uma parte substancial da força de trabalho nacional. Seja qual for a explicação, podemos estar certos de que esta proliferação de empresas anãs – que, espantosamente, se acentuou nas últimas décadas e, ainda mais espantosamente, alguns querem consolidar – é uma receita infalível para a improdutividade e a pobreza.

A promoção do empreendedorismo heróico individual é um anacronismo, que serve apenas para culpar os desempregados da sua própria infelicidade. O empreendedorismo relevante, que gera inovações úteis e desenvolvimento, é, no mundo contemporâneo, um fenómeno essencialmente colectivo. Steve Jobs nunca passaria de um amável biscateiro se não beneficiasse das invenções do Centro de Palo Alto da Xerox, se não dispusesse de uma plêiade de engenheiros formados por grandes universidades, se não houvesse um mercado de milhões de pessoas cultas e qualificadas ansiosas por utilizar os seus produtos e se não tivesse acesso a fontes de financiamento adequadas às necessidades de uma "start-up".

Por outras palavras, o que distingue as sociedades progressivas é a sua capacidade de orientar os instintos criativos dos cidadãos para actividades socialmente úteis e economicamente valiosas, pondo ao seu alcance um acervo de recursos humanos, tecnológicos e financeiros de grande nível.

Acresce que o empreendedorismo de maior sucesso tem origem em grandes empresas, usualmente em cooperação com outras. O sistema operativo da Microsoft foi um subproduto de um projecto da IBM. Em Portugal, as mais marcantes inovações das últimas décadas – o telemóvel pré-pago e a portagem electrónica – resultaram de iniciativas de grandes empresas (ainda por cima, públicas).

Não precisamos de exortações ao espírito empreendedor da população, meras histórias da carochinha para adultos. Não precisamos de mais empresas sem escala nem competências. Precisamos de melhores empresas e, sobretudo, de melhor empreendedorismo orientado para o desenvolvimento de actividades inovadoras e geradoras de emprego qualificado.

Padecemos de um excesso de empreendedorismo do tipo errado. Em contrapartida, o empreendedorismo do tipo certo não floresce em Portugal porque as empresas que dispõem dos indispensáveis recursos se dedicam a actividades de extracção de rendas económicas, enquanto as restantes não têm acesso ao financiamento de que necessitam para poderem expandir-se com a necessária rapidez. Cuide-se dessa deformidade, que o empreendedorismo cuidará de si próprio.



Director Geral da Ology e docente universitário
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... 55265&pn=1
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Re: Decadência total de Portugal em 2010 (Saída do Euro)
« Responder #296 em: Julho 12, 2012, 04:43:20 pm »
"Portugal não tem qualquer grau de liberdade na Zona Euro"

"Não penso que Portugal tenha qualquer grau de liberdade dentro da Zona Euro", dispara Martin Wolf. Para que Portugal possa voltar a ter crescimento económico "tem de haver mudanças no centro" da Europa.

Outro artigo, este com video:

 :roll:
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Re: Decadência total de Portugal em 2010 (Saída do Euro)
« Responder #297 em: Setembro 01, 2012, 11:59:16 am »
Financial Times diz que Portugal tem feito uma recuperação 'nas sombras'

Portugal tem feito uma recuperação económica «nas sombras», ao contrário da Grécia, que tem merecido «apupos», e da Irlanda, mais aplaudida, nota o Financial Times (FT) num artigo publicado hoje na sua edição online.
De acordo com o título, existem «algumas razões para um optimismo cauteloso» sobre a situação económica portuguesa, embora existam ainda diversos desafios pela frente.

O FT cita uma declaração de Peter Weiss, da direcção-geral de Assuntos Económicos e Monetários da Comissão Europeia, aquando da terceira avaliação da 'troika' ao programa de ajustamento português: «O Governo não pode fazer mais».

Uma delegação da 'troika' começou hoje a quinta revisão do programa de assistência a Portugal, cujos principais temas serão o défice de 2012 e a preparação da proposta de Orçamento do Estado para 2013.

Isso mesmo indicou na segunda-feira à Lusa a Comissão Europeia ao revelar que a equipa da 'troika' «será centrada nos desenvolvimentos orçamentais em 2012 e na preparação do orçamento de 2013», escusando-se a comentar cenários «especulativos».

Questionado sobre uma eventual flexibilização do programa português, face à situação das finanças públicas, o serviço de imprensa do comissário dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, indicou que a Comissão «nada tem a dizer sobre 'flexibilização' ou qualquer outra especulação em torno do desfecho da missão da 'troika'», limitando-se a indicar que as discussões incluirão «as medidas necessárias para alcançar as metas do programa».

Um desvio persistente nas receitas fiscais levou o Governo a reconhecer que não será possível cumprir a meta orçamental para este ano (4,5 por cento do PIB).

A equipa da 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) deverá debater com o Governo formas de resolver o problema: aumentando a meta para o défice ou aplicando medidas adicionais (a 'troika' rejeita o recurso a receitas extraordinárias).

A transferência de cada 'tranche' do pacote de ajuda está dependente de um resultado positivo do processo de revisão. Segundo o programa, a próxima 'tranche' deverá ascender a 4.300 milhões de euros.

Para além dos problemas orçamentais deste ano, a ‘troika’ deverá ainda discutir com o Governo a proposta de Orçamento para o próximo ano, que será apresentado à Assembleia da República a 15 de Outubro.

Este processo de revisão é trimestral e está previsto no programa de assistência económica e financeira, através do qual a ‘troika’ disponibilizou 78 mil milhões de euros para Portugal.

Em todas as quatro revisões anteriores, a equipa da ‘troika’ manifestou-se satisfeita com os progressos feitos por Portugal na aplicação do programa.

Lusa/SOL

 :arrow: http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Inte ... t_id=57857
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Re: Decadência total de Portugal em 2010 (Saída do Euro)
« Responder #298 em: Setembro 05, 2012, 11:27:57 am »
   Azerbeijão e Panamá são mais competitivos do que um Portugal “demasiado rígido”

Autor: João Miguel Ribeiro
Quarta, 05 Setembro 2012 10:44

A competitividade portuguesa caiu quatro posições na lista do “World Economic Fórum” e está atrás de países como Azerbeijão, Panamá e Porto Rico. A culpa é da “deterioração do ambiente macroeconómico” em todo o Sul da Europa, penalizando um país “demasiado rígido”.

De um 45.º lugar na lista dos países mais competitivos em termos económicos, elaborado pelo “World Economic Fórum”, caímos para o 49.º posto. Portugal é penalizado pela “deterioração do ambiente macroeconómico” em todo o Sul da Europa, provocado pela crise das dívidas públicas, com a agravante de ter um mercado de trabalho “demasiado rígido” que dificulta a recuperação.

“Portugal continua a sofrer da deterioração do ambiente macroeconómico – apesar do recente progresso no combate ao défice público – e um preocupante sistema bancário que fechou o acesso ao financiamento barato, afetando a capacidade das empresas locais para obter empréstimos para os seus projetos de investimento”, lê-se no relatório.

A queda de quatro lugares colocou Portugal atrás de países como Azerbeijão, Estónia, Malásia, Panamá e Porto Rico, embora continue à frente de potências emergentes, como África do Sul, Rússia e Argentina, e, naturalmente, da Grécia, a lidar com uma crise financeira e social muito pior. A Suíça lidera este ranking, seguida por Singapura, Finlândia, Suécia, Holanda, Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido, Hong Kong e Japão.

No relatório hoje divulgado, o “World Economic Fórum” critica o nível de concorrência “baixo” entre as empresas e a “falta de liberalização de alguns serviços”, manifestando a preocupação com eventuais cortes nos setores de investigação e desenvolvimento, os quais “podem continuar a afetar a capacidade das empresas de inovar e, portanto, a capacidade do país para transformar sua economia e mover-se em direção a atividades de maior valor acrescentado”.

“As várias reformas estruturais recentemente implementadas estão direcionadas para abordar estas fraquezas”, prossegue o documento, salientando a importância de “garantir a correta aplicação para aumentar vantagem competitiva de Portugal e alavancar seus pontos fortes, como infraestruturas de alta qualidade e uma população altamente qualificada”.

http://www.ptjornal.com/2012090510602/g ... igido.html
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Lusitano89

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Re: Decadência total de Portugal em 2010 (Saída do Euro)
« Responder #299 em: Setembro 24, 2012, 07:11:14 pm »
Financial Times: cada vez mais Portugal combina elementos do pior da Grécia e da Irlanda


A coluna de opinião Lex do Financial Times referiu hoje que, ainda que os indicadores nacionais demonstrem optimismo, um olhar próximo revela que Portugal cada vez mais combina alguns dos piores aspectos da Grécia e da Irlanda. Sob o título de "Falhando na manutenção do rumo", os comentadores daquele espaço do jornal britânico escreveram que a reacção ao anúncio das alterações à Taxa Social Única mostram «o quão polarizado Portugal se tornou enquanto a atenção tem estado sobre a Espanha».

«Estranhamente, os indicadores parecem sugerir que está tudo bem. Os juros nos títulos a 10, cinco e dois anos estão bem abaixo dos máximos de 2012. Mas um olhar mais próximo revela que o país combina, crescentemente, alguns dos piores aspectos da Grécia e da Irlanda – uma tendência para falhar metas acordadas com credores e um sector financeiro desgastado», indicaram os autores do texto.

Os colunistas do Financial Times acrescentaram, ainda, que a decisão de abandonar as mudanças anunciadas para a Taxa Social Única, que incluíam uma redução de 23,75 para 18 por cento para as empresas e um aumento de 11 para 18 por cento para os trabalhadores, mostraram que o Governo ficou «tímido face à pressão pública».

O jornal recordou que o PSI20 teve um comportamento em um quinto abaixo dos restantes mercados europeus e que quase 70 por cento da sua capitalização de mercado se deve a quatro empresas.

«O resgate a Portugal sempre conteve Europa a mais e Fundo Monetário Internacional a menos. O fundo precisa de manter Lisboa em curso para evitar que se torne noutra Grécia», terminam os colunistas.

A coluna Lex do Financial Times foi criada em 1945 e autoclassifica-se como a «mais antiga e, discutivelmente, a coluna de negócios e financeira mais influente do seu género em todo o mundo».

Lusa