Crise
Empresários portugueses já avaliam impacto da saída do euroElisabete Felismino e Mónica Silvares
02/12/11 00:05
A Sonae, liderada por Paulo Azevedo, pediu um estudo para medir os efeitos de uma eventual saída do País do euro.A Sonae encomendou um estudo para perceber que impacto teria uma eventual saída de Portugal do euro, já que se multiplicam os sinais de que os líderes europeus podem não conseguir travar o alastrar da crise da dívida soberana. O estudo foi apresentado aos colaboradores da empresa, na reunião de quadros, há cerca de um mês.
Fonte oficial da Sonae adiantou ao Diário Económico que "a empresa não tem um plano B delineado, mas está a avaliar essa possibilidade e, nesse sentido, pediu a um reputado professor da Universidade Católica um estudo sobre os eventuais cenários e consequências de uma possível, mas não desejada, saída do euro".
O estudo realizado pelo professor universitário Ricardo Cruz enumera, entre outras coisas, as barreiras que países como Portugal e a Grécia teriam de enfrentar ao abandonar a moeda única. E quantifica os impactos que tal medida teria no ano da ruptura. No caso de Portugal, esse custo, estima a UBS, poderia variar entre 101,1 e 122,3 mil milhões de euros, ou seja, 60,1 a 72,8% do PIB, sendo o impacto ‘per capita' variável entre 9.500 e 11.500 euros ‘per capita'.
Mas o estudo vai mais longe e avança também com a possibilidade da própria Alemanha voltar a utilizar o marco alemão, um cenário que acarretaria custos elevados para o país de Angela Merkel. Assim, no ano de ruptura, a economia alemã teria de enfrentar um custo entre 490,8 mil milhões e 654,4 mil milhões de euros, cerca de 20,5 a 27,3% do PIB - o que significa que cada alemão teria um custo variável entre seis e oito mil euros.
http://economico.sapo.pt/noticias/empre ... 32792.html.........................
Economia
Voltar ao escudo pode custar 10 mil euros a cada portuguêsEmpresários nacionais avaliam impacto da saída de Portugal do euro. Mas regresso à moeda antiga pode custar a Portugal até 122 mil milhões [Notícia actualizada às 14h50]
Sair do euro pode custar cerca de 10 mil euros a cada português, de acordo com um estudo que a Sonae encomendou para perceber o que representa o abandono da moeda única.
Perante os sinais de que a Europa pode não conseguir travar o alastrar da crise, os empresários nacionais mostram a sua preocupação em avaliar o impacto da saída de Portugal voltar ao escudo.
Segundo o «Diário económico», o estudo avalia também a possibilidade de a própria Alemanha voltar a utilizar o marco.
A análise - realizada por um professor da universidade Católica - mostra que o regresso à moeda antiga, pode custar a Portugal até 122 mil milhões de euros só no ano da saída, ou seja, entre 9.500 a 11.500 euros por cada português.
Já à Alemanha, ema eventual saída do euro custaria até 654 mil milhões só no primeiro ano, o que significa que custaria a cada alemão entre seis e oito mil euros.
Os estudos, sobre uma possível saída do euro, sucedem-se e a UBS já contabilizou quanto custaria a um país abandonar a moeda única. Para o banco suíço, só há uma palavra para o resultado, quer esse país fosse a Grécia ou Portugal:
desastre.
A saída de um pequeno país do euro podia custar entre 9.500 e 11.500 euros por pessoa nesse país no primeiro ano, estima o UBS, que alertou para possibilidades de guerra nesse caso.
«O custo de um país fraco sair do euro é significativo. As consequências incluem incumprimento soberano, incumprimento de empresas, o colapso do sistema bancário e o colapso do comércio internacional», escreveu o banco suíço num documento com o título «A separação do euro - As consequências».
Nos anos a seguir à saída do euro, as pessoas de um país nessa situação teriam de pagar entre três a quatro mil euros anualmente, com «poucas perspectivas de a desvalorização [da moeda] oferecer muita ajuda», alertou a instituição, que fez a ressalva de que as probabilidades do desaparecimento do euro são perto de zero.
Pensemos agora nos contratos assinados e denominados em euros. Não só os contratos do Estado e das empresas, com parceiros externos, mas os contratos de crédito de particulares com os bancos, por exemplo.
Com a saída do euro e o regresso à moeda antiga, fortemente desvalorizada, surgiria outro problema: o credor haveria de continuar a querer receber em euros. Mas o devedor passaria a ter uma dívida em euros e activos (salários, bens patrimoniáis, etc) em moeda antiga, com valor muito baixo. Ou seja, precisaria do dobro ou triplo do esforço na sua nova moeda para pagar a dívida em euros.http://www.agenciafinanceira.iol.pt/eco ... -1730.html